«Ante os factos narrados...»
Gostaria que me esclarecessem a forma correta:
1) «Ante os fatos narrados anteriormente...»;
2) «Ante dos fatos narrados anteriormente...»;
3) «Ante aos fatos narrados anteriormente...»
Aproveito o ensejo para apresentar meus agradecimentos aos mestres pelos relevantes esclarecimentos e pelo ótimo nível das respostas.
O advérbio meio em «manteiga meio gorda»
Deparei-me recentemente com uma embalagem de manteiga de uma marca muito conhecida, e diz na embalagem:
«Manteiga meia gorda.»
Houve qualquer alteração à gramática, ou isto é um erro?
«Não abrimos mão (...) mesmo que tal fosse possível...»
Gostaria de saber se a concordância entre os tempos dos verbos das seguintes orações é aceitável:
«Não abrimos mão, porém, assim sem mais nem menos, mesmo que tal fosse possível, de semelhante honra.»
O «ser possível» é, na frase em questão, uma impossibilidade definitiva. Ora, se substituíssemos, seguindo as regras de concordância, «mesmo que tal fosse possível» por «mesmo que tal seja possível», já estaríamos a abrir uma hipótese de «vir a ser possível», certo?
Por outro lado, o «não abrimos mão» é um facto consumado, que está mesmo a acontecer, logo substituí-lo por um «não abriríamos mão» desvirtuaria o sentido da frase...
Mas a frase fica correcta, contudo, tal como a escrevi em cima?
Muito obrigada!
O termo avaliando
Está correcto utilizar o termo avaliando com o significado de «aquele que está a ser objecto de avaliação»?
A pronúncia de INEM
Agradecia a vossa opinião sobre a pronúncia correcta do acrónimo INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica).Tem-se vindo a impor a pronúncia deste acrónimo como palavra grave, com E tónico por efeito de desnasalização do M lido como ÈME, o que implica considerar a palavra como trissílabo em vez de dissílabo. Ora, em português, a desinência -m, antecedida de vogal, constitui com esta consoante um ditongo nasal átono, salvo se a vogal for i, u ou e, reclamando para esta última vogal acento gráfico.Seguindo os acrónimos as regras da pronúncia das restantes palavras da língua portuguesa, a abreviatura INEM, sendo um dissílabo (I-NEM), por efeito do ditongo nasal N(EM) e nada justificando a sua tonicidade, a sua correcta pronúncia deveria ser ÍNEM, com o I tónico ou, em todo o caso, INEM (como palavra grave, embora neste caso necessitasse do acento gráfico, que nada o justifica).
A utilização de sustentabilizar e sustentabilização
Gostaria de saber se consideram correcta a utilização do verbo sustentabilizar e do nome sustentabilização. Nos dicionários que consultei, eles não existem...
Muito obrigado.
Os parênteses e o texto citado dentro de aspas
Ao citar passagens de uma obra poética, quando devo utilizar o texto citado entre aspas incluído em discurso parentético?
Devo por exemplo dizer que Caeiro considera que pensar é «estar doente dos olhos»? Se assim for, quando devo incluir os parênteses e o texto citado dentro de aspas?
As vírgulas em estrofe
Examine-se a estrofe seguinte:
«E seguem ambos a passo inteiro:
Um, sentindo o fardo aliviado,
O outro, vergado ao peso do madeiro»
Estão corretas as vírgulas após «Um» e «O outro». São elas de rigor?
Obrigado.
Dize-me, traze-me, faze-me
A dúvida apresentada por Alberto Medeiros e esclarecida por Carlos Rocha em 20/06/2008 mostra que no Brasil ainda se usa "Dize-me" na 2.ª pessoa do sing. do imperativo. "Traze-me" e "Faze-me" também são correctas no Brasil? O Acordo 1990 não prevê a uniformização? É claro que não é apenas uma questão de grafia, mas...
Obrigado.
«Aficionado de/por histórias»
«Aficionado de histórias», ou «aficionado por histórias»?
Obrigada!
