Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Dulce Cruz Designer Lisboa, Portugal 4K

Existe a palavra entediante?

Não a encontro nos dicionários.

Carlos Carvalho Gestor Vila Nova de Famalicão, Portugal 12K

Aterrar significa tocar na terra, e amarar, no mar, tal como alunar significa pousar na lua. E num rio? Existe "arriar", ou utiliza-se "amarar"?

Paulo Aimoré Funcionário público Garanhuns, Brasil 7K

O gramático Napoleão Mendes de Almeida, na sua sempre indispensável Gramática Metódica da Língua Portuguesa, afirma que o pronome indefinido qualquer não pode ser empregado, com o sentido de nenhum, em orações negativas, uma vez que tal maneira constitui um dos anglicismos que mais infunicam a nossa linguagem. Ora, em respostas vossas tenho observado esse uso nebuloso do supramencionado pronome. Que me podeis dizer?

Tiago Esteves Gestor Braga, Portugal 5K

Para efeitos de certificação de empresas, a norma fala na obrigatoriedade de definir uma «Política da qualidade». Essa política, embora englobe aspectos padronizados, não é única e igual para todas as organizações. Por esse motivo, julgo que será mais correcto falar em «política de qualidade». No entanto, desta última forma, a palavra qualidade parece qualificar a política.

Francisco Pires Estudante Jyväskylä, Finlândia 6K

A planta conhecida como Cannabis sativa tem em português os nomes mais conhecidos, julgo eu, como: cânabis, cânhamo-da-índia, ganja, maconha e marijuana, sendo estes nomes referentes ao produto que se usa para fumar, injectar, e "snifar". Agora, o nome conhecido como linho-cânhamo, o que eu julgo ser uma subespécie da Cannabis sativa, é utilizado para fazer roupa, papel, medicamentos etc., etc. Esta segunda excelente qualidade desta planta é desconhecida pelo povo devido a enormes interesses monetários. A questão é: é conhecido da vossa parte o nome da subespécie desta planta cannabis sativa?

Obrigado.

Válter da Silva Pinto Oficial de justiça Mogi das Cruzes, Brasil 13K

Gostaria de que me elucidassem a dúvida quanto à melhor forma de se identificar o plural em casos como os que seguem:

1) O João administra diferentes/várias clínicas de recuperação. (ou recuperações);

2) O João, drogado e alcoólatra, já ficou internado em clínicas de recuperações diferentes. ( ou em diferentes clínicas de recuperação;

3) Adamastor é proprietário de diversos parques de diversão. (ou diversões);

4) O padre construiu muitos templos de oração (ou orações).

5) A seguradora indicou diversas oficinas de manutenção para o cliente.»

Nesses casos, e em outros semelhantes, qual a forma mais simples (se é que exista) de se identificar que o substantivo é não-contável? Geralmente, os substantivos derivados de verbos (como comunicação = comunicar), quando usados nesses contextos, ficam invariáveis?. Ex: Os meios de comunicação; os parques de diversão (= divertir); os templos de oração (= orar); as clínicas de recuperação (= recuperar); as peças de reposição (= repor). Outro consulente perguntou qual a forma correta: «Eu compro peças de reposição» ou «Eu compro peças de reposições», mas o consultor disse que faltavam dados para responder. Sendo assim, nesse caso específico, as duas possibilidades são viáveis? Gostaria de exemplos para a segunda opção (peças de reposições).

Como de hábito tenho sido esclarecido pelos prezados consultores, mais uma vez aproveito o momento para apresentar os meus sinceros elogios ao excelente trabalho desenvolvido.

Ryo Yamada Engenheiro Itu, São Paulo, Brasil 35K

Estou redigindo um manual e gostaria de fazê-lo já com a nova ortografia vigente, seguem abaixo algumas palavras em que estou com dúvidas:

– alto-falante ou altofalante

– matéria-prima ou matériaprima

– auto-atarrachante ou autoatarrachante

Desde já contando com a atenção dos senhores,

Isabel Branco Assistente técnica Montijo, Portugal 2K

Pode se dizer «vamos arrancar com uma obra»?

E qual é a diferença (se existe) entre adulto e idoso?

Roberta Castro Estudante de Direito Rio de Janeiro, Brasil 38K

Estou estudando para concursos públicos e, ao estudar Direito Administrativo, a respeito do assunto Teoria dos Motivos Determinantes, deparei-me com a seguinte oração em uma questão de simulado enviada por colegas:

«Ocorre a aplicação da teoria dos motivos determinantes, quando o administrador declina os motivos que levaram à prática do ato administrativo, vinculando, dessa forma, os motivos à efetiva existência fática dos mesmos.»

Busquei no meu Aurélio de bolso a definição do verbo declinar e encontrei:

«Recusar, baixar, desviar-se do rumo, descer, descair, enunciar as flexões (de nomes e pronomes)» e surgiu a dúvida: Será que o uso nesta frase está correto?

Não, seguramente, como sinônimo de «declarar, mencionar, expressar», que é como se encaixaria na oração.

Possuo um livro que usa o verbo declarar em frase muito semelhante:

«Segundo a Teoria dos Motivos Determinantes, quando a Administração declara o motivo que determinou a prática de um ato discricionário que, em princípio, prescindiria de motivação expressa, fica vinculada à existência do motivo por ela, Administração, declarado.»

(Direito Administrativo Descomplicado).

Esta oração com o verbo declinar é muito comum na web — Achei várias entradas no Google, por isso surgiu a dúvida. Será que estou enganada, ou é possível que um erro de digitação ou ortografia tenha se espalhado mesmo na Internet?

Antecipadamente agradeço pelo esclarecimento.

João Piedade Professor universitário Almada, Portugal 5K

Deve escrever-se "citoesqueleto", ou "citosqueleto"?