O que a nova ortografia prevê é a supressão do hífen depois de certos prefixos e radicais gregos e latinos. Assim:
1. Não há exemplos do uso do antepositivo alto- no texto do novo acordo. A sua associação com o adjectivo falante, que etimologicamente é um particípio presente, indica valor adverbial (alto, como em «falar alto»). Por conseguinte, alto-falante é uma expressão morfossintáctica que funciona como uma unidade lexical composta, ou seja, é um substantivo composto. Julgo, portanto, que se mantém o hífen em alto-falante.
2.Trata-se de um composto constituído por substantivo e adjectivo; não perde, portanto, o hífen: matéria-prima.
3. Autoatarrachante, porque o prefixo auto- passa a ser usado com hífen só quando seguido por palavra começada por o- (ex.: auto-ónibus).