Não percebo por que motivo não se grafa o e com acento [na palavra pletora], mas que se grafa, grafa.
Antes do Acordo Ortográfico de 1945, escrevia-se indevidamente com c (plectora), quando o étimo (plēthōra) o não reconhecia.
Podeis explicar-me por que esta proparoxítona não é acentuada?
Por tradição ou por outra insondável razão?
Mais uma vez, parabéns pelo excelente serviço público que prestam.
Peço e agradeço o significado de "surrebeque". Deriva de surrar («curtir pele»)?
Sou da região de Castelo Branco e ouço, quando se fala em tecidos (roupa), que os homens usavam calças de "surrebeque".
Não sei se a palavra se escreve com u ou o. Todavia, antes de vos contactar, também não a encontrei no dicionário Porto Editora.
O estrangeirismo post é muito usado entre nós para designar o objecto da publicação num blogue. Para o evitar, já se sugeriu aqui, no Ciberdúvidas, a utilização dos termos entrada ou artigo. Mas não será muitíssimo mais provável que venha a vingar o termo "poste", aportuguesamento do estrangeirismo post, hoje utilizado por quase toda a gente? Tal como blogue foi o aportuguesamento de blog?
O blogue, originariamente, era uma espécie de "diário da Internet". O termo entrada, aplicado a um diário, adequa-se bem. Mas actualmente um blogue é muito mais do que um diário e em muitos casos nada tem que ver com um diário.
Por outro lado, o termo artigo ajusta-se melhor a um jornal/revista ou a um blogue com características próximas das de um jornal/revista, adequando-se mal a outros casos.
Será mesmo incorrecto o uso do termo "poste"?
Ainda relativamente aos blogues, é correcta a utilização dos termos "postar" e "postado", a par dos termos "publicar" e "publicado"?
Obrigada.
Gostava de saber se as palavras formadas pela junção de duas outras palavras, como exemplo: Gaianima (Gaia + Anima), são consideradas palavras formadas por amálgama ou se existe alguma outra forma de as classificar. Que nome damos à transformação de duas letras iguais numa só para juntarmos as palavras?
Obrigada.
Bem sei que a questão «senão/se não» já foi muitas vezes aqui respondida. No entanto, procurando em todas as vossas respostas, continuo sem ter a certeza de qual a forma adequada nesta frase: «Não sei se o leitor já reparou, mas a História é um bocado machista. Senão, veja: neste mês celebram-se os vinte anos da queda do Muro de Berlim.»
Deveria ser «se não», estando o verbo reparar subentendido? «Se não reparou, veja». Ou pode ser senão, significando «de contrário»?
Peço desculpa por vos maçar com uma questão já tantas vezes colocada. Aproveito para dar os parabéns pelo vosso trabalho e também para vos agradecer as tantas dúvidas que me tiram.
Obrigado.
Qual é o grau aumentativo de olho?
Obrigada.
Gostaria de saber em que momento se devem utilizar as palavras carente e carecente.
Na literatura científica referente a ensaios clínicos, utiliza-se com frequência uma terminologia que deriva directamente do inglês, muitas vezes com uma tradução demasiado literal, mas que se tornou normal e geralmente aceite pela comunidade científica. Traduzo frequentemente este tipo de documentos, e ainda hoje tenho dúvidas sobre a utilização destes termos — devo utilizar os termos geralmente aceites e largamente utilizados, ou aplicar um critério que considero mais correcto do ponto de vista linguístico? A título de exemplo, cito a expressão "duplo cego" e as suas variantes ("duplamente cego", "de duplo-cego", "com duplo cego", etc). A expressão é a tradução de "double blind trial", que consiste num ensaio clínico em que nem o doente nem o médico responsável sabem a priori se o tratamento administrado é o que está a ser avaliado ou o controlo (placebo ou não). Suponho que a tradução correcta seria «ensaio clínico com dupla ocultação».
Agradeço o vosso esclarecimento e também que me possam indicar alguma publicação ou site de referência em português para o léxico próprio dos ensaios clínicos e publicações científicas da área da saúde.
Mais uma vez gostava de congratular a equipa do Ciberdúvidas pelo vosso desempenho. Não me canso em enaltecer o quão agradecida estou pelo serviço que é prestado à língua portuguesa.
Desta vez a minha dúvida reside na regência do verbo lembrar. Li um comentário que fizeram a respeito duma personalidade brasileira: «Lembramos e prestamos várias homenagens a este grande brasileiro.»
A minha dúvida é a seguinte, esta frase está correcta no português europeu? Sei que o verbo lembrar requer o uso da preposição de. Mas pergunto-me se admite excepções e se a frase transcrita é uma delas.
Agradeço desde já a atenção dada à minha questão. Infelizmente, não encontrei nenhuma resposta no vosso repertório de perguntas e respostas que me consiga esclarecer.
Obrigada.
Existe tradução em português para a palavra inglesa spork? Um spork é uma combinação de colher (spoon) e garfo (fork). Podem ver um exemplo aqui.
Qual seria uma tradução possível? Será que, quando traduzida para português, adoptará o mesmo método de formação de palavra que em inglês, e.g. "colharfo"?
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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