Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Maurício Kataya Revisor São Paulo, Brasil 11K

Qual é a forma correta: «Como poderiam chover flores?», ou «Como poderia chover flores?»? São ambas corretas? Posso considerar como sujeito, no primeiro caso, «flores», e, no segundo, um sujeito oracional?

Kátia de Azevedo Pimentel Professora Jacareí, Brasil 79K

Algum autor considera o substantivo milharal como substantivo coletivo?

Sofia Silva Estudante Leiria, Portugal 3K

Gostaria de saber como se pronunciam correctamente as palavras opinião, organização e oportunidade. A minha dúvida está no início: deve dizer-se "ópinião", ou "ôpinião"?

Obrigada.

Luís Afonso Investigador reformado Lisboa, Portugal 5K

Porque será que Rogério Alves (ex-bastonário da Ordem dos Advogados) costuma pronunciar "proce(é)ssual", e eu com [e] átono mudo (ver v. resposta 10 822 quanto à pronúncia das vogais em português)?

Pronunciará, por razão semelhante, "unive(é)rsal", ou será que, pelo contrário, sou eu revelando-me esdrúxulo, isto é, esquisito, exótico?

Giana Constantina Tradutora Bucareste, Roménia 3K

Venho pedir o favor de me ajudar a resolver duas dúvidas.

1. O sentido da palavra surriada, na seguinte frase: «Todos sonhámos alguma vez salvar alguém de morrer nas águas, e eu, após ter esbracejado o melhor que sabia, tinha nos braços um boneco de plástico com uma careta de troça e o mecanismo interior duma surriada.» (J. Saramago, Manual de Pintura e Caligrafia)

2. O que quer dizer homem de um trabalho, na seguinte frase: «Mas eu não quis dar a volta ao Mundo, nem esta caligrafia seria capaz de levar-me tão longe, só projectei (homem de um trabalho) dar ao meu trabalho uma razão para continuar a ser.» (idem)

Agradeço desde já a vossa atenção e ajuda.

Arnaldo Buzack Tradutor/músico Nova Iorque, EUA 7K

Uma pequena dúvida: sempre pensei que a palavra hediondo se escrevia assim, com agá na frente. Recentemente, ao ler um comentário num certo portal virtual onde um auto-intitulado professor de Língua Portuguesa criticava erros dos colegas contribuintes, me deparo com: «Estamos fazendo um verdadeiro crime mais ediondo do que o assassinato da menina Isabela.»

Bem, embora a qualidade da frase fale por si mesma (crime não se faz, se comete), resolvi de qualquer jeito pesquisar a grafia "ediondo" no Google Brasil, na improvável possibilidade de essa variante existir. E, para minha surpresa, encontro várias referências a "ediondo" em mais de um portal de jurisprudência brasileiro.

Mas não em meus dicionários.

Portanto, é "ediondo" um neologismo aceitável, ou hediondo erro de português mesmo?

Grato.

Jean Miranda Revisor de filmes Rio de Janeiro, Brasil 46K

O pai chega para a filha e diz: «Que bom que você está a salvo.»

Não seria: «Que bom que você está a salva»?

Desde já agradeço!

Abílio Tavares Tradutor Lisboa, Portugal 6K

«Mesmo que a função ECON HOLD esteja seleccionada, para arrancar em modo ECON, o último modo de condução seleccionado terá de ter sido ECON.»

Isto soa-vos correcto? A expressão «terá de ter sido»?

Não me soa bem, mas acho que é o correcto. Opiniões. Obrigado.

Maria T. M. Silva Professora Cerquilho, Brasil 21K

Como se escreve:

«Os pontos não serão "cumulativos"», ou «os pontos não serão "acumulativos"»?

Obrigada.

Sara Pereira Professora Braga, Portugal 38K

Estou a fazer a revisão de um artigo para uma revista científica e tenho uma dúvida em relação ao uso da contracção de + um, dum. Consultei o Ciberdúvidas e, apesar de ter confirmado a aceitação da contracção referida, parece-me que a mesma deve ser evitada em linguagem formal. Não encontrei nada que sustente esta minha opinião, por isso, pergunto: é aceitável esta contracção na escrita académica formal? Eis alguns exemplos retirados do artigo:

«(...) numa fase pré-universitária, e num contexto de capitalismo hedonista, vêem e utilizam o seu tempo livre como evasão, predominando uma dimensão de diversão, em detrimento duma mais relacionada com a procura de informação.»

«Possibilitadoras duma infinita acessibilidade, as tecnologias fazem com que os seus utilizadores se transformem através do seu uso.»

«O facto de a construção de sentidos se realizar a partir duma linguagem múltipla, desde sons a gráficos visuais, significa que o navegante do ciberespaço tem de contar com uma série de conhecimentos (...).»