DÚVIDAS

Infinitivo de sentido passivo ou construção de elevação?
Na frase «O silêncio é um dos argumentos mais difíceis de se rebater» (Josh Billings), por que o infinitivo «rebater» não está flexionado? O se é pronome apassivador, podendo a frase escrever-se «O silêncio é um dos argumentos mais difíceis de serem rebatidos»? Ou o se é partícula expletiva podendo, portanto, ser retirado da frase, que ficaria com a redação «O silêncio é um dos argumentos mais difícies de rebater»? Antecipadamente grato.
A grafia e o significado de guaiuba
Só para tentar entender. Se na grafia Paraguai há um tritongo, por que na grafia guaiuba não tem? Se tem por que compará-la com baiuca para informar a perda do acento gráfico após um ditongo decrescente. É vasto o território de minha ignorância, mas, no meu entender, guaiuba, como peixe, não deveria nunca ser acentuada graficamente, já que o u é após um tritongo. Perdão, se falei bobagem.
A pronúncia de dezoito: história e variação
Sei que 18 tanto se pode ler "dezôito" como "dezóito" e que ambas estão corretas, fiz várias pesquisas e em tempos encontrei uma justificação diferente que já não consigo encontrar. É mesmo só por motivos regionais, ou há mais alguma justificação? Porque em piada é bastante comum ouvir dizer «então porque não se diz "biscóito" em vez de "biscoito"?» Foi só porque alguém não se "lembrou" de começar a dizer dessa forma e não de outra? Fica a questão... Obrigada.
O uso de «haver de ser» e será
A forma «há de ser» é uma forma arcaica, ou, ao contrário, moderna, em comparação com a construção que usa o verbo no futuro do presente? Exemplo: «Ela há de ser feliz» e «Ela será feliz». Há diferenças entre elas além da diferença estilística? Pode-se dizer que uma seja mais ou menos formal que outra? A depender do contexto, torna-se preferível uma, ou outra? Verifica-se desuso? Contentar-me-ia muito uma resposta competente como as vossas respostas, do excelente Ciberdúvidas. Desde já, obrigado.
Conjuntivo: tempos simples vs. tempos compostos
Ao trabalhar os tempos compostos e simples do conjuntivo, deparei-me com uma dúvida quanto à hipótese/concretização da ação expressa em cada um dos casos. O tempo composto do conjuntivo, tanto no futuro, como no mais-que-perfeito, expressa menos possibilidade de concretização da ação do que o seu correspondente tempo simples (futuro e imperfeito do conjuntivo)? Entendo que ambos remetem para a conclusão da ação, mas terá uma duração mais prolongada (a concretização da mesma) num caso do que no outro? «Quando tiveres lido o livro, devolve-mo.» «Quando leres o livro, devolve-mo.» «Caso tivesse lido o livro, devolver-to-ia.» «Caso lesse o livro, devolver-to-ia.» Muito obrigada, mais uma vez, pela vossa ajuda e maravilhoso apoio dado a todos os que, como eu, temos na língua portuguesa a nossa ferramenta de trabalho. Com os melhores cumprimentos.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa