Como se deve dizer?
O meu filho faz-me lembrar a mim.
O meu filho faz-me lembrar eu.
O meu filho faz-me lembrar de mim próprio.
Minha dúvida é acerca da transitividade dos seguintes verbos: pesquisar, consultar (consultor/consultoria) e assessorar (assessor/assessoria). Por exemplo, em frases como estas:
1. O rapaz pesquisou sobre direito constitucional.
A preposição sobre introduz objeto indireto, ou adjunto adverbial? É correto usar a preposição sobre?
E agora os verbos consultar e assessorar, quando utilizados com relação à profissão de assessor e consultor, em frases como:
2. A profissional consultou a empresa X sobre as suas finanças.
3. A profissional assessorou a empresa X sobre as suas finanças.
Nessas frases 2 e 3, a preposição sobre introduz um objeto indireto, ou um adjunto adverbial?
Muito obrigado.
Há certo tempo, enquanto editava na Wikipédia, me deparei com um problema bem espinhoso no que diz respeito ao nome de determinados reis escandinavos. Dado que é comum ao português, de ambas as partes do Atlântico, aportuguesar os nomes de nobres, ao menos anteriores ao século XIX, pensei que deveria haver fontes para todos eles, ou sua grande maioria. Daí que queria saber a respeito destes:
Halsten – havia sugerido "Alsteno", ou até quem sabe "Halsteno";
Haakon – para os inúmeros monarcas deste nome achei a forma adaptada "Haquino", que, pelo que entendi, advém do latim Haquinus, no entanto, dado o número restrito de resultados, seria necessário algo mais sólido para afirmar;
Ragnvald – um editor sugeriu Reginaldo;
Birger – vi um editor sugerir "Brigério", provavelmente em associação com o caso similar do Berenguer, que se torna Berengário em português;
Gorm – aqui havia sugerido "Gormo";
Eystein – achei referências à forma Agostinho, porém, por também serem poucas, seria necessário algo mais sólido.
Estas formas estão corretas? Se não, qual seria o aconselhável?
1. calças vermelho-metálicas
2. placas amarelo-transparentes
3. mesas branco-foscas
4. garrafas azul-claras transparentes
5. mesas marrom-escuras foscas
6. latarias verde-claras metálicas
Qual a forma correta: «São inúmeras as vezes em que», ou «são inúmeras as vezes que»?
Existem muitas normas sobre como escrever as unidades por extenso e o confuso plural que o SI tanto gosta de pôr apenas a partir do dois, mas, quanto à pronúncia de certas unidades, nada têm. A unidade coulomb, C, unidade de carga elétrica, provém do nome do físico francês Charles Coulomb, que se pronuncia [kulõ]. Mas a unidade é por si uma palavra traduzível portuguesa. Em disciplinas como o Eletromagnetismo, as pessoas pronunciam o nome tal e qual como em francês, mas não se deveria ler «à portuguesa» como [kulõb]?
Outra regra sobre os plurais é que, nas unidades em homenagem a pessoas, o plural deve ser construído de acordo com as regras da língua de origem do nome. Neste caso, ler-se-ia «dois [kulõ]», «dois [kulõbs]» ou «dois [kulõʃ]»?
Gostava de insistir numa questão já aqui colocada há uns anos: como dizer «pessoa que anda à boleia»?
Viajar à boleia é um fenómeno antiquíssimo em Portugal, tal como a palavra. Haverá alguma expressão antiga, algum regionalismo para isto? Na maioria das línguas a palavra existia ou foi criada e generalizada:
– caroneiro em português brasileiro, autostoppeur em francês, hitchhiker em inglês, tramper em alemão...
– mochileiro, a adaptação no Brasil para backpacker, não tem de todo o mesmo significado.
– boleeiro será o que dá boleia, historicamente o cocheiro.
– boleiante tem sido usado nos últimos anos pela Internet.
Estou à procura da palavra que passarei a usar e, sem supor que cabe aos linguistas a criação de palavras, aceitaria agradecido eventuais sugestões vossas, por menor rigor académico que esse desafio envolva.
Obrigado e um abraço!
Qual é a diferença entre corrigir e emendar?
A palavra prorrogamento existe?
Porque se diz «cento e um» e não «cem um»? Porque muda a palavra?
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