DÚVIDAS

Pronome "solto" entre os verbos (Brasil)
Gostaria de tirar mais duas dúvidas (ambas sobre o português brasileiro). 1. José Maria da Costa, na coluna Gramatigalhas, ao tratar da posição do pronome átono em locuções verbais, faz uma extensa defesa, baseada na opinião de gramáticos, de que é incorreto deixar aquele solto entre os verbos. O que acham disso? Imagino que haja uma diferença entre o que a norma-padrão e a norma culta admitem. Se eu estiver certo, fica a seguinte questão: qual devo seguir? 2. Ainda que me digam ser, no fim, desaconselhável a próclise ao verbo principal, quando uma locução verbal é interrompida por uma preposição, poderia considerar-se que esta torna adequada tal colocação? Por exemplo, em vez de «ele acabou por cansar-se» e «ela teve de esforçar-se», é aceitável escrever «ele acabou por se cansar» e «ela teve de se esforçar»? Muito obrigado!
Prazo e as preposições de, durante e por
A forma correcta de indicar o período temporal é durante ou por? No exemplo, «acordaram o prazo durante oito anos», ou «acordaram o prazo por oito anos»? Constato, há cerca de seis meses, em algumas rádios em Portugal, que há uma substituição da palavra durante pela palavra por quando querem referir-se a um determinado período temporal nos noticiários. Grato pelo esclarecimento que possam fornecer. [N. E. – Manteve-se a ortografia de 1945, seguida pelo consulente.]
A escrita de Internet
Sempre tive um pouco de inclinação em escrever Internet com "e" no fim, assim: "Internete" (ou "internete", com a inicial minúscula). O que me ocorre é que o aportuguesamento de algumas palavras não é uma prática incoerente ou condenável na língua. No Brasil, a pronúncia se dá com fonema /i/, já que a sílaba tônica é a penúltima. Há alguma restrição para essa forma de ortografia do termo tão usado hoje em dia para representar a instância digital de comunicação em massa? Obrigado.
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