Sou francesa e ando a estudar português.
Não sei bem como pronunciar a terminação "ie" em palavras como superfície, calvície, cárie, lingerie.
É a mesma pronúncia que a terminação "i" nas palavras aqui, javali, táxi, álibi?
Devemos ouvir um pouco a letra e? Ou a pronúncia do i em ie é mais longa por causa do e final?
Ou a pronúncia do i e do e em ie são diferentes se o i for tónico ou átono?
Muito obrigada pela sua resposta e disponibilidade.
«Por mais bondoso que seja, ele não dá a camisa» pode-se dizer também assim «por mais bondoso, não dá a camisa»?
O site da Inteligência Artificial da Google (Gemini) diz que se pode "informalmente" e aparece na literatura. Que exemplos ?
Obrigado
São várias as páginas do Brasil que apontam a utilização pronominal de «o mesmo» como sendo errada, conforme acontece em frases do género:
«O rapaz faltou à escola, porque o mesmo está doente.»
ou em posição final na frase, substituindo algum sintagma antecedente.
Ora, pelas diversas respostas disponíveis na vossa página, não há menção clara de que este tipo de construção seja errada.
Gostaria de perceber o que está errado: a explicação do Brasil ou aquela fornecida em Portugal?
Grata pela vossa ajuda.
De uma forma muito resumida, costuma-se dizer que a forma simples do gerúndio indica uma ação em curso e a forma composta, por sua vez, indica uma ação concluída antes da ação expressa na oração principal.
No entanto nestas duas frases, as duas formas do gerúndio parecem indicar o mesmo tempo, posterioridade à ação expressa na oração principal:
Gerúndio simples: «Lendo o livro, podes sair.»
Gerúndio composto: «Tendo lido o livro, podes sair.»
Na minha leitura, as duas têm o valor de futuro. Está certa a leitura?
É uma particularidade das orações que exprimem a ideia de condição? Poderia dar-me outros exemplos de frases em que as duas formas têm o mesmo valor?
Obrigada.
Votos de bom trabalho para toda a equipa do Ciberdúvidas, que tanto nos ajudam!
Tenho uma dúvida quanto ao verbo sair. Procurei se o mesmo se rege por alguma preposição, porém, não encontrei.
Na frase:
«Ao chegar a Campanhã, Carla pegou na maleta e saiu ao exterior /ao cais.» (referindo-se a uma passageira de um comboio).
O uso desta contração a+o está correto? Ou deveria ter-se empregado a preposição para?
«Ao chegar a Campanhã, Carla pegou na maleta e saiu para o exterior/ para o cais.»
Para mim, que não sou portuguesa nativa, muitas normas gramaticais deste tão bonito idioma geram-me imensas dúvidas.
Agradeço a vossa resposta.
Venho por este meio tirar uma dúvida quanto à forma correta de escrever o verbo "dar" numa frase escrita que encontrei:
«Se tiveres que dar os passos certos, DÁ-OS convictamente.»
Nesta frase, "DÁ-OS" está bem escrito ou deveria ser "DÁ-LOS"?
Agradeço desde já, o vosso esclarecimento a esta questão com a respetiva explicação para o uso correto do verbo dar nesta frase!
Tenho encontrado em vários registos escritos, nomeadamente na imprensa, a expressão «deu aval positivo».
Pergunto-me se não será uma redundância evitável, na medida em que «dar o aval» já pressupõe autorizar ou concordar e ninguém dá aval negativo.
Agradeço, desde já, o esclarecimento.
Aproveito essa oportunidade para agradecer a toda a equipa do Ciberdúvidas o trabalho que têm desenvolvido incessantemente ao longo dos anos. A plataforma tornou-se um recurso mais que valioso para muitos seguidores da lusofonia e, sobretudo, permitam-me aqui uma nota, um meio de preservação e pesquisa de particularidades que destacam precisamente o português de Portugal, bastante e imerecidamente preterido hoje em dia em materiais didáticos estrangeiros e pela Internet fora.
Ao assunto.
1. Apareceu-me uma frase:
«[O sobrinho]… respondeu-me com o braço por cima dos meus ombros, cresceu quase meio metro a mais do que eu e tem gosto em sentir que nos protege (...)» (P., 18/08/24, por B.W.).
Embora eu tenha visto tal uso diversas vezes em edições precolendas portuguesas (Público, etc.), ouvido estar em plena circulação no português do Brasil e tenha sido o fenómeno registado em:
e 2. Infopedia – nos exemplos não verificados pelos editores e na descrição do verbete, sempre me deixa em dúvida a "convivência" das duas expressões, a meu ver, distintas: «qualquer coisa mais (do) que qualquer coisa» e «qualquer coisa a mais».
Na maioria esmagadora dos resultados que obtive ao pesquisar, a preposição a surgia na formação «a mais do que qualquer coisa», enquanto a regência verbal («... corresponde a mais do que metade...») ou nominal («referência/algo referente a mais do que...»), e não como parte da locução comparativa única. Ou, se ocorria «a mais», era seguida de um ponto final: «tantas vezes a mais»; «uns anos a mais»; «ficou com moedas a mais», etc. O mesmo acontecia a «a menos».
Se bem que isto não pareça apresentar uma agramaticalidade, se tanto, será que se precisa de a em «a mais do que» do exemplo exposto?
Em tese, podia (ou devia?) ser algo como: «...cresceu mais alto (do) que eu, ficou com meio metro a mais [ponto final]»?
Haverá cambiantes de acepção ou estilo tanto no contexto do português de Portugal como no âmbito brasileiro?
Obrigado.
Como não encontrei no Ciberdúvidas um esclarecimento cabal e, noutras fontes via internet, há registos contraditórios, pergunto: há alguma diferença entre assertivo (afirmativo) e «acertivo» (correto, preciso), ou a última grafia e repetivo significado estão erradamente usados?
Muito obrigada.
Para pessoas nascidas em cidades com nome composto iniciando por Santa, como por exemplo Santa Branca, Santa Cecília, Santa Helena, etc. qual a forma correta de escrever o gentílico correspondente?
Com hífen? Ou sem hífen?
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