Tenho ouvido a expressão «ir a penantes», no sentido de «ir a pé».
Surpreendi este sentido na Infopédia.
Estará correto? Ou será uma corruptela de «regressar a penates», no sentido de regressar a casa, que acabou por ser dicionarizada?
Obrigado.
Tanto quanto pude averiguar, os dicionários de verbos da língua portuguesa, como, por exemplo, o da Infopédia (Porto Editora), registam impactado como a única forma possível do particípio passado do verbo impactar.
É, pois, com alguma perplexidade, que me deparo recorrentemente com formulações como «o dardo tinha impacto o alvo».
Neste exemplo, parece-me que o adjectivo impacto está a ser utilizado em vez do particípio passado impactado, cujo emprego seria mais correcto.
Estará a escapar-me alguma coisa?
Muito obrigado!
Outro dia, numa conversa casual, certa pessoa disse a seguinte frase:
«A Atena (nome de um cão) anda cheia de quereres!»
Outra pessoa comentou que a frase estaria errada, e que o certo seria «cheia de querer», no singular.
De fato, a expressão conhecida, até onde me lembro, aparece no singular.
Achei exagerada essa acusação de erro, primeiro, porque a língua é viva e pode naturalmente se inflexionar; e, segundo, de nenhuma maneira me parece que o sentido da frase foi perdido no plural; e, finamente, é possível justificá-lo, acredito, argumentando que a pessoa que usou a expressão tratou a palavra querer como um substantivo.
Consigo imaginar perfeitamente uma situação em que quereres sejam contáveis: 1 querer, 2 quereres, 3...
Bom, estou longe ser um entendido da língua e gostaria de saber como se pode elucidar essa questão.
«Cheia de quereres» a mim é totalmente inteligível, mas o que podem me dizer os estudiosos? Como a gramática funciona neste caso?
Desde já agradecido abraço
Qual frase está correta ou ambas estão?
«Ganhei como prêmio um cheque de um mil reais.»
«Ganhei como prêmio um cheque de mil reais.»
Aprendi que o pronome quem concorda com a terceira pessoa do singular.
Por que então há exceções?
Exemplo 1: «Quem são vocês?»
Exemplo 2: «Foram eles quem fizeram essa bagunça?»
Muitíssimo obrigado e um grande abraço!
Não logrei encontrar a expressão “barba-cara” (com ou sem hífen) em nenhum dicionário.
Contudo, a expressão aparece, no sentido de «com desfaçatez», em diversas passagens de livros e artigos. Porém, todos os textos que pude encontrar, incluindo esta expressão, são cabo-verdianos, pelo que gostaria de perguntar se tem, efetivamente, origem cabo-verdiana ou se a posso utilizar numa tradução para português europeu, nestes moldes:
«Estás a dizer isso na minha barba cara?», i.e., «tens o descaramento de me dizeres isso»?
Antes de mais, parabéns pelo vosso excelente trabalho. Recorro frequentemente ao Ciberdúvidas desde há muitos anos e fico sempre esclarecido.
Quanto à pergunta que me levou a contactar-vos: à luz do Acordo Ortográfico de 1990, o termo "cabeça-de-cartaz" redige-se com ou sem hífens?
Já vi diversas fontes defenderem que os hífens se mantêm, enquanto outras defendem o contrário. Ou seja, não consigo chegar a uma conclusão.
Podem esclarecer-me?
Obrigado e bom trabalho.
Das estruturas abaixo, em relação às formas verbais, qual é a correta?
«Era seca» ou «era secada»?
«A roupa era seca ao sol.»
«A roupa era secada ao sol.»
Obrigada.
Qual a construção mais correta?
– «Lembrarmo-nos daqueles a quem servimos.»
– «Lembrarmo-nos daqueles que servimos.»
Grato.
A frase exata «E caminhão demora mais a frear» deve ser interpretada como?
Num primeiro momento, pode-se interpretar como uma generalização de todos os caminhões, mas também se pode interpretar como um caminhão específico que está demorando para frear?
A ausência do artigo definido dá um caráter generalista à frase, ou isso não é algo absoluto?
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