Atualmente, utiliza-se frequentemente a palavra racional no mesmo sentido que se atribui em inglês a rationale. Ou seja, como um conjunto de razões ou argumentos que constituem a base lógica de uma ação ou convicção (exemplo: «não entendo o racional da tua decisão»).
No entanto, esta utilização de racional como nome (e não como adjetivo) não parece ser legitimada por nenhum dicionário. Com efeito, racional, como nome, apenas se encontra dicionarizado no sentido de «ser pensante».
Podemos admitir a utilização de racional daquela forma, ou trata-se de uma importação abusiva do Inglês?
Sei que, diversamente do pronome ne do italiano ou en do francês, o pronome português lhe usualmente não pode empregar-se no lugar de um complemento introduzido pela preposição de, mas gostava de saber, especificamente, se é correto dizer «o uso que se lhe faça», em que o pronome lhe se substitui ao complemento introduzido pela preposição de («de alguma coisa»).
A frase soa-me correta, mas não sei se estou a contaminar a nossa língua com um italianismo (em italiano dir-se-á perfeitamente «l'uso che se ne faccia»).
Muito obrigado pelo excelente trabalho que já tanto me ajudou e ainda ajuda!
O uso das conjunções coordenativas em final de período é gramatical?
P. ex., em construções como «Ontem choveu; não levei guarda-chuva, porém», ou «Não estudei para o exame, não fui aprovado, portanto?.
Se for, qual seria a pontuação correta para essas orações?
Grato.
De novo venho incomodar-vos, por permanecer com a seguinte dúvida: "radiações ultravioleta" ou "ultravioletas"?
São aceitáveis as duas formulações, ou existe uma que seja preferível?)
Muito obrigada.
Na frase «Brasília é a capital» e na frase «meu amigo é o padrinho»:
1) Qual o predicativo de cada frase?
2) Qual o critério para que eu saiba que o predicativo é permutado por o?
3) O pronome o equivale a qual pronome demonstrativo?
Agradece Evandro.
«Hoje ele é consultor de leitura rápida e memorização, e acredita que o número de livros que lemos é, SIM, importante.»
Gramaticalmente, o uso da vírgula para isolar o sim no meio de frases é obrigatório?
«Eu gosto, sim, de você.» Correto?
Grato!
–
Em D. Casmurro, Machado de Assis escreve:
«Vi-lhe fechar o cofre.»
em vez de «vi-o», por conta da transitividade direta.
Achei a seguinte explicação em um site:
«Orações subordinadas objetivas diretas reduzidas de infinitivo permitem o lhe quando seguidas por um verbo que possui regência direta. Exemplo: "Vi-o fechar o cofre." "Vi-lhe fechar o cofre."»
Qual é a razão para tal uso? Encontra-se respaldo na norma culta?
Grato!
Gostaria de saber se pode ser usado o termo "presunteria" ou "presuntaria" para definir produtos da classe de presuntos, tal como existe o termo charcutaria para outros do género. Este conceito linguístico existe? Pode ser utilizado?
Aguardo as vossas recomendações, que muito agradeço, desde já.
Devo dizer «Há um monte de pessoas que não são...» ou «Há um monte de pessoas que não é...»?
O termo inglês gig, introduzido no meio musical, em português é considerado um nome do género masculino ou feminino?
Se traduzirmos como «concerto/ espetáculo musical» dizemos «o gig»?
E se traduzirmos como «atuação/ apresentação musical», dizemos «a gig»?
Será indiferente usarmos o masculino ou feminino?
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