Por que se diz a expressão «boa esperança»? Dessa forma, como «Nossa Senhora da Boa Esperança», «fazenda Boa Esperança», etc.?
O uso do adjetivo se dá por ênfase, já que se espera que toda esperança seja boa, sendo estranho ter-se uma «má esperança»?
Muito obrigado, desde já.
Por que o i e o j possuem pinguinhos?
Muitíssimo obrigado.
Estive lendo estes dois artigos em O Globo e na agência de notícias Alma Preta.
Em ambos, foi levantada a questão de o sentido original de algumas palavras não ser mais respeitado. Daí, a dúvida: devemos levar isso a sério realmente, se a maior parte das palavras troca de sentido com o passar dos tempos?
É porque, em um artigo, dizem que foram deturpados os sentidos originais das palavras aniversário e obra-prima. Já no outro, dizem que foi deturpado o sentido original da palavra índio! Mas não é bem comum que palavras passem por mudanças um tanto quanto radicais e extremas, sejam para o bem, sejam para o mal? Vejam o caso da palavra desaforo, por exemplo, na página Origem da Palavra!
Pois muito bem, que palpites vocês próprios têm disso tudo aí de verdade?
Por favor, muitíssimo obrigado e um grande abraço!
P.S.: por falar em aniversário, percebi que vocês fizeram 25 anos de existência enquanto site. E eu também faço anos no dia 29 de janeiro. Bem legal poder fazer anos! Não é verdade isso?
Há a possibilidade de, na evolução de totu- para todo, aceitar a dissimilação como hipótese de processo fonológico? Ou apenas a sonorização é válida?
Obrigada.
Há pouco tempo li alguns excertos do Regulamento para a policia e exploração dos caminhos de ferro... (Lisboa, 1868).
Aqui é utilizada a palavra trem e existe o chefe de trem. Mas no mesmo manual, que estava distribuído a todos os trabalhadores ferroviários, também aparece a palavra comboio, aparentemente com um significado ligeiramente diferente. Portanto houve um período em que se utilizou em Portugal a palavra trem.
Por exemplo, aparecem os dois termos nesta frase:
«Na testa do trem, e a seguir ao tender, irão tantos wagons que não transportem passageiros quantas as locomotivas que rebocarem o comboio […]; as carruagens e wagons que entrarem na composição de um trem de passageiros serão ligados de maneira que as almofadas de choque estejam em contacto.»
Como estudiosos da língua portuguesa saberiam indicar a diferença(s) que neste período era atribuída à definição de trem e comboio em Portugal?
Obrigado.
A forma lengalenga provém da forma antiga popular "lenga", que deu língua?
Muito obrigado!
Qual é a palavra dentro da língua portuguesa que representa o termo inglês eggcorn?
Parece que às vezes eles usam a palavra oronyms no lugar, mas oronyms em português é outra coisa.
Um exemplo deles para explicar esse fenômeno:
ex. 1: It seemed to happen all over sudden. (errado) ex. 2: It seemed to happen all of a sudden. (correto) [= «parece ter acontecido de repente»]
Um da nossa língua:
ex. 1: «Batatinha quando nasce esparrama pelo chão.» (errado) ex. 2: «Batatinha quando nasce espalha a rama pelo chão.» (correto)
Podemos considerar a forma fadigado já como um arcaísmo, dada a prevalência do uso de fatigado?
Aliás, qual dos termos é mais antigo: fadiga ou fatiga?
Obrigado.
Gostaria de saber qual/quais (o) processo(s) fonológico(s) que se verificaram na evolução do latim REGNU- para reino.
Tenho dúvidas sobre se terá havido apenas uma vocalização do g ou, pelo contrário, uma síncope do g e uma ditongação do e por influência de rei.
Agradecia muito que me esclarecessem.
Desejava saber se determinadas construções que têm baixa ocorrência na língua do povo, como, por exemplo, a mesóclise, continuam a fazer parte da língua materna desse mesmo povo.
[...] Precisava de uma bibliografia, no caso de haver linguistas que se contraponham à opinião de David Crystal presente no seu dicionário A Dictionary of Linguistics and Phonetics quanto à língua materna.
A meu ver, é uma loucura considerar-se como língua materna o repertório de usos e construções de uma criança de 5/6 anos.
Muito obrigado!
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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