Para Carla Viana.
«Ambas as formas estão correctas. A diferença parece residir antes no grau de cristalização das expressões: em "vou a tua casa", com contracção da preposição com o artigo (no Brasil, a chamada crase), nota-se uma tendência para a expressão fixa (idiomatização), como sucede com "em meu nome", que é a locução consagrada, em lugar da que estaria mais conforme ao uso do português europeu — "no meu nome".»
Muito obrigada pela sua resposta. Daí pode inferir-se que quem escreve «vou a tua casa» entende claramente que a é uma preposição?
Qual é a proveniência da palavra "xiça"?
Considero esta palavra muito grosseira e de mau gosto, no entanto, é muitas vezes utilizada.
Obrigada.
Gostaria de saber a origem das palavras crédito e compensação.
Obrigada.
Porque se escreve portuguÊS e lucidEZ se os sons finais são iguais? A forma português foi fixada na reforma portuguesa de 1911, antes se usava quase sempre "portuguez". Me disseram que foi para aproximar a ortografia portuguesa da castelhana, que já usava portugués e lucidez. Isso é verdade?
Podemos designar as pessoas que actuam em concertação como «concertantes»?
Quando é que devemos/podemos dizer/escrever agir e quando é que devemos/podemos dizer/escrever actuar?
Surgiu-me uma dúvida em relação às palavras da mesma família de, por exemplo, caminho. Será que posso considerar correcto quando um aluno coloca como palavras da mesma família de caminho: caminho-de-ferro ou outras palavras com hífen? Será que palavras com hífen fazem parte do grupo de palavras da mesma família, ou depende das palavras? E nas palavras da mesma família de máquina, posso considerar correcto máquina de escrever, máquina calculadora...?
Tenho visto em vários artigos de jornal e, sobretudo, em legendagem de documentários e filmes a palavra polícia grafada com maiúscula.
Devo dizer que em nada me choca, mas sei que o assunto não será pacífico.
Eu próprio grafo com maiúscula nas situações em que se trata da instituição. Exemplos: «A contenda foi resolvida graças à pronta intervenção da Polícia»; «O porta-voz da Polícia disse que não havia razão para alarme.» Por outro lado, grafo com minúscula, quando me refiro a um elemento da Polícia: «Perguntei ao polícia se podia ajudar-me»; «Os polícias queixam-se de falta de meios.» Ou, ainda, dos dois modos na seguinte situação: «Os polícias envolveram-se numa acesa contenda com os civis, e o seu comandante já veio dizer que a Polícia repudia tais comportamentos.»
Gostaria, portanto, que me dessem a vossa opinião quanto à legitimidade de se grafar o vocábulo em questão com maiúscula nas situações que referi.
Cordialmente, um vosso consulente.
Após uma consulta no vosso site sobre os prefixos in-, il-, i-, encontrei uma entrada que dizia:
«O prefixo in- antes de l ou m adopta a forma i por assimilação:
in- legível < il- legível < ilegível
in- migrar < im - migrar < imigrar»
Por esta lógica, diz-se ilocalizável, e não inlocalizável?
Porventura existiria "Borbão" como aportuguesamento de Bourbon, nome de uma casa real que reinou na França, Espanha, Luxemburgo, Navarra, Duas Sicílias e Sardenha. Em italiano, é Borbone; em espanhol, é Borbón.
Dom Pedro I do Brasil (IV de Portugal) tinha como sobrenomes «Bragança e Bourbon». Curioso que ele não aportuguesou Bourbon, como seria de se esperar de um príncipe de um país de língua portuguesa.
Muito obrigado.
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