Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Paulo Jorge Gomes Jurista Angra do Heroísmo, Portugal 6K

Após pesquisar no Ciberdúvidas, não consegui o desejado efeito cibernético.

Se se pretender atribuir um nome a uma entidade pública administrativa nos Açores, com responsabilidades ao nível da execução de uma matéria nacional (isto é, não regionalizada), pergunto: deve ser utilizada a preposição de, ou em?

Exemplifico:

1) Instituto de Gestão da Reinserção Social «dos» Açores;

ou

2) Instituto de Gestão da Reinserção Social «nos» Açores.

Sei que a prática é o caso 1). Mas não será que o contexto requer o tão necessário quanto espinhoso «distinguo»?

O nome do exemplo é imaginado, mas o caso concreto é real. Trata-se de uma entidade com o mesmo nome da entidade ao nível nacional. O que as distinguirá no futuro será precisamente o complemento «Açores».

Se se seguir o que aqui foi escrito, o complemento «Açores», sendo um substantivo, parece que deveria ser qualificado como «determinante». Neste caso, porém, determinante é o facto de o «Instituto» ser da «Reinserção Social». O facto de estar «nos» Açores é meramente circunstancial.

Isto tem mais importância ao nível semântico: se a Reinserção Social não foi regionalizada, a preposição do caso 1) induz o leitor em erro pela sua ambiguidade, pois tem como significação a Reinserção Social pertencer aos Açores, o que do ponto de vista referencial está errado. Já o caso 2) significa que se trata do organismo que gere a Reinserção Social referente aos Açores, isto é, uma mera circunstância acessória ao nome (quem? o Instituto de Gestão; o quê? da Reinserção social; onde? nos Açores).

Do ponto de vista semântico, trata-se de um acto ilocutório com uma declaração assertiva, pois o legislador estará a dar um nome a uma entidade, incluindo o lugar da sua actuação («nos» Açores)

Em suma: no caso que descrevi, não será mais correcto o uso da preposição em?

Dércio Ernesto Estudante Maputo, Moçambique 10K

Como é que é feita a análise crítica de um texto narrativo?

Manuela Silva Estudante Porto, Portugal 16K

Eu aprendi que existem dois grupos de pontuação: sinais de pontuação que marcam pausa e sinais de pontuação que marcam melodia, entoação. No entanto, vi escrito que os sinais de pontuação se encontram em dois grupos: sinais que marcam ritmo e sinais que marcam melodia, entoação. Está correcta esta divisão em ritmo e melodia, entoação? Não é pausa e melodia, entoação? Afinal em que grupos se divide a pontuação? Muito obrigada pela atenção.

Maria Ferreira Estudante Maia, Portugal 2K

Numa fábula que li aparece a seguinte frase: «A hiena é meu empregado e faz o que lhe mando.»

A minha dúvida prende-se com o género do adjectivo relativamente ao nome que é epiceno.

Luís Amorim Gomes Estudante Funchal, Portugal 7K

Qual a palavra portuguesa para designar o jogo de bilhar pool (jogado com uma bola branca e quinze numeradas)? É comum chamar, em Portugal continental, snooker a este jogo — mas este nome parece-me incorrecto, visto que o snooker é aquele que é praticado com quinze bolas vermelhas e seis coloridas.

Grato pela atenção.

Ana Tubal Professora Faro, Portugal 8K

Qual a origem e significado do apelido Tubal (sem acento, com acento tónico na última sílaba)?

Obrigada.

Manuela Ramalho Tradutora Bona, Alemanha 7K

Gostaria de perguntar à equipa do Ciberdúvidas se o novo Acordo Ortográfico já pode (e deve?) ser aplicado. Tenho vindo a constatar diariamente o seu uso na imprensa portuguesa escrita, no entanto não disponho de nenhuma informação que me leve a concluir que este procedimento é correcto. Para não falar na ausência total de informações a este respeito por parte das associações profissionais.

Muito obrigada e os melhores cumprimentos.

William Prudente Professor Rio de Janeiro, Brasil 6K

Em «O bairro de Copacabana é lindo», «de Copacabana» não pode ser uma locução adjetiva, pois tal locução exerce função sintática de aposto especificativo. Seria uma locução substantiva? Alguma gramática apoia esta terminologia? Ou o de desta locução é expletivo dando a sensação de que se trata de uma locução de valor substantivo quando na verdade é uma falsa locução? Digo isto, pois em «O bairro Copacabana é lindo», percebo que o de é desnecessário semântica e sintaticamente.

Apreciarei seus comentários.

Thiago Pereira Estudante São Luís, Brasil 9K

Gostaria de saber se a construção «A deveria permitir B» tem (ou pelo menos pode ter) o significado de que «A, apesar de que deveria, NÃO permite B».

Pesquisei sobre isso e creio que o verbo dever (no futuro do pretérito) no caso é um verbo (auxiliar) modal que expressa algum tipo de aspecto que quem escreveu quis dar ao verbo principal. Se esse aspecto é o mesmo que expressei no parágrafo anterior é a minha dúvida (ou se existe algum outro possível significado).

Pelo que pesquisei, achei difícil encontrar material sobre esse assunto específico (verbos modais). Na Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Cunha e Cintra, por exemplo, só encontrei uma brevíssima referência a eles na página 478 da 5.ª edição, e ainda como observação (a não ser que, em outro lugar do livro, me tenha passado despercebido).

Se existir material sobre isso (verbos modais, em especial o dever no futuro do pretérito, ou nem tão específico assim mesmo), seria possível me indicar tais?

Aliás, já comentando sobre o site, que é muito bom por sinal, seria interessante ver mais referências e sugestões de leitura sobre os assuntos perguntados (pelo menos eu gosto de ir além das respostas que me são dadas).

Grato pela atenção e parabéns pelo ótimo trabalho que vem sendo feito.

Ana Miranda Estudante Braga, Portugal 28K

Queria saber o significado do provérbio «Não peças a quem pediu nem sirvas a quem serviu».