O léxico científico de bioquímica contempla, na língua inglesa, a palavra chylomicron, que designa uma partícula de lipoproteína de muito grandes dimensões.
Gostaria de saber qual seria o aportuguesamento mais adequado para esta palavra. A solução mais imediata parece-me ser quilomicrão, mas já li numa página sobre história da medicina que palavras provenientes do grego antigo com terminação em -on podem ser incorporadas para a língua portuguesa com terminações em -o, -ão, -one e -onte (portanto, quilomicro, quilomicrão, quilomicrone e quilomicronte), de acordo com vários critérios gramaticais.
Como se pronuncia a palavra acuidade no Brasil?
Tenho dúvidas no uso do hífen na palavra infra-som/infrassom. No site da Porto Editora, dizem que se escreve infrassom, e no Ciberdúvidas, infra-som.
Podem esclarecer-me?
Gostaria da explicação da diferença entre «filho da mãe» e «filho da puta».
(Não é gozo!)
O que significa herói épico?
O que significa herói mítico?
Quais as diferenças entre os dois?
Relacionado com Os Lusíadas e Mensagem.
Mais uma vez os parabenizo pela riqueza que é esse site.
Segundo a gramática normativa, verbos dicendi são aqueles que aparecem nos discursos diretos e têm a função declarativa (ou «sensitiva», segundo alguns linguistas). Os dicendi tradicionais são transitivos diretos como dizer, afirmar, exclamar, perguntar, responder, redarguir.
Porém, encontramos na literatura brasileira verbos intransitivos e transitivos indiretos atuando como dicendi. Exemplos retirados de Dom Casmurro, de Machado de Assis:
«– Tem razão, Capitu – concordou o agregado» (página 160).
«– Mas eu tinha pedido primeiro – aventurou Pádua» (página 44).
«– Coitado de Manduca! – soluçava a mãe» (página 122).
E, por último, a que mais me impressionou:
«Depois de lhe responder que sim, emendei-me: – Deus fará o que o senhor quiser» (página 41).
Gozam os autores do direito de «licença poética», sabemos bem. Mas existe algum padrão do que é certo ou errado nesses casos?
«Vou tentar informar-me e talvez nos encontraremos num desses campos em Agosto. Seria ótimo, não achas? Havíamos de convencer os nossos pais.»
Está correto o uso do pretérito imperfeito do verbo haver neste trecho de um correio?
Tenho algumas dúvidas na divisão silábica de palavras que contenham ditongos no final da palavra. Se até há pouco tempo essa dúvida não me surgia, com o meu regresso à atividade letiva, comecei a ver duas versões para a divisão silábica da mesma palavra. Por exemplo, na palavra polícia, eu dividia po-lí-ci-a, mas, consultando o Portal da Língua Portuguesa, na divisão silábica aparecia po-lí-cia. Após pesquisar outras palavras semelhantes, acentuadas graficamente e que terminem em ditongo (dúzia, experiência, relógio, secretária...) tomei como certo que a divisão se faria assim.
Entretanto com a entrada em vigor do acordo ortográfico, ao consultar os dicionários da Texto Editora, para os vários ciclos, deparo-me com a divisão como fazia anteriormente (refúgio: re-fú-gi-o). Ora, pergunto, quem tem razão? Será o Portal da Língua Portuguesa de confiança? As gramáticas que consultei são omissas em relação a este tipo de palavras, e os colegas com quem já falei também têm dúvidas.
Uma dúvida sobre mesóclise: como fazer quando há dois pronomes átonos? Por exemplo, quero dizer que nós poderíamos declarar tal fato uma calamidade. Devo dizer «poder-se-a-ia declarar», «podê-la-se-ia» talvez?
Por favor, pergunto: Se a palavra Jeep é uma marca registrada, porque nosso dicionário registra jipe?
Parece mais uma incoerência de uma língua extremamente desordenada e que muda com o vento. Porque não dizemos Codack, ou picapi (pick-up), ou blequetai (blacktie), ou blequeaut (blackout), ou mesmo Ronda (Honda) ou Quia (Kia), Riundai (Hyundai), aiceberg (iceberg), Boeingui (Boeing) e por aí vai. Me parece lógico que marcas registradas não deveriam ser aportuguesadas e muito menos ensinado desta forma aportuguesada aos alunos. Afinal, é uma marca registrada. Que tal Kaipirhinha, paras os de língua inglesa?
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