A resposta é sim. As designações continuam a usar-se, de acordo com o tipo de sujeito.
É muito simples: um sujeito pode ser nulo ou expresso. Quando é nulo, ou seja, omitido, pode ser indeterminado ou (na maior parte dos casos) subentendido. Quando é expresso, pode ser também indeterminado, pleno ou expletivo. Vejamos os vários tipos de sujeito em alguns exemplos (quando omitido, marcamos a sua posição com parêntesis retos vazios; quando é expresso, sublinhamo-lo):
1. Sujeito nulo indeterminado
a) «[ ] Dizem que vai chover.»
b) «[ ] Diz-se que vai chover.»
2. Sujeito nulo subentendido
a) «[ ] Disseste que ia chover.»
b) «[ ] Dissemos que ia chover.»
3. Sujeito expresso (realização plena)
a) «Tu disseste que ia chover.»
b) «Nós dissemos que ia chover.»
4. Sujeito expresso indeterminado
a) «Alguém disse que ia chover.»
5. Sujeito expresso expletivo
a) «Ele chove que se farta.»
Em 1, o sujeito não é expresso nem pode ser determinado. Em 2, apesar de não ser expresso, subentende-se (pela concordância verbal): (a) «Tu disseste...», (b) «Nós dissemos...».
Em 3, 4 e 5, o sujeito é expresso (cf. sublinhados), mas nem sempre com o mesmo valor; em 3, tem realização plena (sintática e semanticamente), em 4, é indeterminado («alguém» – não podendo ser identificado), e em 5, apesar de expresso, «ele», preenche apenas uma posição sintática, não tendo qualquer valor semântico.
Note-se, porém, que o exemplo 2 (a), devidamente inserido num contexto em que se possa identificar o sujeito (por exemplo: «o João e a Maria fizeram uma aposta comigo. Dizem que vai chover. Vamos ver quem ganha...») pode ser interpretado como sujeito nulo subentendido (o João e a Maria). Contudo, a mesma frase, isolada de contexto, tem a leitura que aqui pretendemos dar.
Abaixo indicamos duas respostas em linha no Ciberdúvidas, que podem ser consultadas para um maior esclarecimento.
Esperamos ter ajudado.