A propósito da consulta feita por Alexander Meurer em 27/10/2011, pergunto:
Na frase objeto da consulta («Trabalhar no Tribunal de Justiça é um grande sonho meu»), por que se afirma que «um grande sonho meu» é o sujeito? E se a frase fosse esta: «Trabalhar no Tribunal de Justiça é bom»? O sujeito nesse caso já é «trabalhar no Tribunal de Justiça», apesar de se tratar de estrutura gramatical idêntica à da frase anterior.
Penso que a dúvida apresentada pelo nobre Alexander seja justamente essa.
Gostaria de uma nova abordagem da questão pela competente consultora Eunice Marta, a quem desde já agradeço.
Obrigada pelo vosso bom serviço.
Gostaria que me esclarecessem se existem duas formas de pronunciar a palavra prestação. Isto porque, quando se diz que se paga uma porção de dinheiro de uma dívida, ouço dizer "prestàção", mas quando se diz, erradamente, como sinónimo de desempenho, ouço: "prestação".
Segundo o novo acordo, os ditongos ei e oi deixam de ser acentuados nas palavras paroxítonas. Assim sendo, esta regra aplicar-se-á à palavra opioide. No entanto, o corretor ortográfico assinala esta opção como erro, corrigindo-a para a versão acentuada.
Ficou então a dúvida sobre se haverá aqui alguma exceção...
Primeiramente, parabéns pelo excelente site que já me ajudou em inúmeras dúvidas. Não obstante, não consegui ainda achar uma solução para o seguinte:
Em formas verbais terminadas em r, s ou z, têm-se:
fá-lo-ia (faria isso)
qui-lo (quis isso)
etc.
Porém, quando se adiciona -se, o complemento do objeto direto -lo se distancia do verbo, o que retira o motivo pelo qual a partícula r, s ou z, é omitida.
A mesóclise faz-se-lo é, portanto, correta? O -lo deve continuar referenciando a forma verbal, mesmo estando distanciado da mesma?
Pergunto: qual o aumentativo da palavra cacho?
Recentemente, uma pessoa escreveu, num blogue, as seguintes frases:
«Parece-me que vai sendo tempo de os últimos defensores da forma brasileira "por que" em Portugal acatarem a lei, ou então emigrarem para o Brasil. Que pena não haverem multas para estas infracções!»
Várias outras pessoas, nas quais me incluo, apontaram o «haverem» da última frase como um erro; sendo que o verbo haver tem ali o significado de «existir», deveria ser conjugado no singular e não no plural: «Que pena não haver multas para estas infracções!» seria, portanto, a frase correcta.
A pessoa em causa veio depois contrapor com os seguintes argumentos, que passo a citar:
«Se forem ao Dicionário Houaiss (versão electrónica), verão que a primeira acepção de haver é "t. d. ant. ter ou obter comunicação de; receber", e é dado o exemplo: "Logo os Noronhas houveram notícia da sua prisão."
«Mais adiante, encontra-se a acepção "t. d. bit. frm. ser aquele sobre quem incide ou a quem se dirige a ação; receber" e são dados os exemplos: "Os sitiantes houveram dos mouros as suas cicatrizes"; "Não haverão favores de ninguém."
«Aquele "haverem" está por "receberem", e refere-se aos «últimos defensores da forma brasileira "por que" em Portugal» que estavam na frase anterior e que desempenham na última frase a função sintáctica de sujeito.» (Fim de citação.)
Por último, de forma a explicar o uso de para na última frase, a justificação apresentada foi (passo a citar): «Vão de novo ao Dicionário Houaiss e atentem na acepção de para como "adequada(s) a".» (Fim de citação.)
Estas explicações não foram aceites pela maioria das pessoas que frequentam o blogue, que simplesmente as ignoraram ou não acreditaram na sua honestidade.
Embora os argumentos anteriores pareçam rebuscados e algo ardilosos, limitei-me a analisá-los objectivamente e pareceram-me totalmente correctos. Tendo em conta que as frases faziam parte, segundo a pessoa que as escreveu, de uma cilada preparada por ela para os demais intervenientes no blogue, poder-se-á entender o raciocínio rebuscado.
Ficaria muito agradecido se me dessem a vossa opinião imparcial sobre este assunto, que gerou alguma polémica.
Tenho uma dúvida e, se possível, gostaria que me ajudassem. Sei que, em passivas pronominais (como «vendem-se casas»), o verbo deve aparecer flexionado para concordar com o sujeito paciente plural. No entanto, deparei-me com duas frases que me deixaram em dúvida:
«Confeccionam-se: roupinhas de tricô para cachorros.»
As duas frases estariam de acordo com a gramática tradicional? A presença dos dois-pontos modifica alguma coisa?
Gostaria de saber qual a regência correta do verbo cumprimentar.
Nas frases seguintes, nele pode ser substituído por lhe?
1 – «Toquei nele.»
2 – «Não mexi nele.»
Tromelgo, ou Tremelgo (Parque do Tromelgo – Marinha Grande)?
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações