Procurou-se, com o novo acordo ortográfico, promover o desaparecimento das letras supérfluas. Mas houve uma que escapou: o u a seguir ao q. Quando não pronunciado, este u não faz falta nenhuma. A minha dúvida é: porquê mantê-lo?
Como se designa o processo fonológico que dá conta da distorção do fonema /r/ substituído pelo fonema /R/, ficando deste modo a pronúncia do fonema /r/ indevidamente "carregada"?
Na gramática tradicional, ainda ensinada aos alunos de 8.º e 9.º anos, torna-se difícil encontrar uma explicação cabal para a definição de verbos transitivos indiretos. Nalgumas publicações é dito que são aqueles que são seguidos por complemento indireto, noutras afirma-se que são os que são seguidos de complemento indireto ou outro complemento iniciado por preposição, e noutras, ainda, diz-se que são os que são seguidos de complemento indireto ou complemento circunstancial.
Gostaria que, se possível, me ajudassem nas seguintes dúvidas:
Nas frases «Ele dormiu bem», «Ele dormiu no sofá» e «Entreguei o livro na biblioteca», que tipo de verbo temos? Estará correto dizer que nas duas primeiras é um verbo transitivo indireto e, na última, um verbo transitivo direto e indireto, pois têm à frente um complemento circunstancial?
Enfrento algumas dificuldades desde a reforma ortográfica, sobretudo no uso do hífen com os compostos, e mais ainda quando me deparo com jargões específicos, que fatalmente envolverão palavras ausentes dos dicionários. Gostaria de perguntar, se possível, como se escrevem as seguintes construções (a primeira é de uso geral, as outras são eventualmente encontradas no ensino musical):
– "Página-título", ou "Página título"?
– "Retórico-musical", ou "Retórico musical"?
–"nota-contra-nota", ou "nota contra nota"?
– "nota-eixo", ou "nota eixo" (no sentido de uma nota de uma melodia que lhe serve de eixo)?
– "motivo-cabeça", ou "motivo cabeça" (no sentido de um grupo principal de notas)?
– "Estrutura-ritornelo", ou "Estrutura ritornelo" (no sentido de um tipo de estrutura)?
– "Quinta mais-que-diminuta", ou "Quinta mais que diminuta" (aqui me parece um caso complexo: pela nova ortografia temos mais-que-perfeito, mas não sei se se resolve uma dúvida dessas "por analogia").
Gostaria de saber se está correcto o uso do vocábulo comunzíssimo para nos referirmos a algo bastante comum.
«Faz dez horas», ou «fazem dez horas»?
Gostaria de saber como funciona a concordância quando usamos «talvez um dos».
Ex.: «Traçar e redesenhar a vida cotidiana, a esfera pública e novos modos de usar a cidade é talvez um dos maiores desafios colocados.» Nesse caso, o verbo concorda com «um dos», ou não?
Gostaria de saber, se possível, qual a origem da palavra sirigaita.
Tenho dificuldade em entender o critério de derivação prefixal, composição e recomposição. Um pseudoprefixo pode ser prefixo ou radical, dependendo da palavra que integra?
Por exemplo: é lícito dizer que em retroceder tenho uma derivação prefixal (porque se manteve a noção de movimento/advérbio), mas em retrovisor ocorre recomposição (e aí ele é pseudoprefixo)? Ou que autodidata seria um processo normal de composição, mas em autoestrada há recomposição, já que ocorreu mudança de sentido em relação ao radical grego?
Vocês me recomendariam alguma leitura a este respeito?
«Alerta | EPM-CELP interrompe atividades letivas em 16 e 17 de fevereiro.»
Gostaria de saber se a frase está correta. Não seria mais correto dizer: «EPM-CELP interrompe atividades letivas a 16 e 17 de fevereiro»?
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