O Dicionário de Expressões Correntes, de Orlando Neves, edição da Editorial Notícias, regista a expressão «andar nos trinques», e diz que «Na telenovela brasileira Tieta do Agreste, baseada no romance de Jorge Amado, esta expressão era usada a cada passo e andou em moda. Supôs-se ser um brasileirismo, característico ou inventado nas terras de Vera Cruz. "Andava nos trinques" aquele que se apresentava bem vestido, bem arranjado, de vestuário novo. A expressão tinha outros alvos, por analogia: "nos trinques" designava, na telenovela, tudo o que estava em boas condições, devidamente preparado. E, no entanto, a frase é portuguesíssima e antiga (surge, pelo menos, em documentos do século XVII). Caiu em desuso entre nós, o que não aconteceu no Brasil.
«A palavra trinque (talvez do francês tringle) vem em todos os dicionários como sinónimo de "cabide de alfaiate". O que estava nos trinques eram, obviamente, os fatos novos, impecáveis, à espera dos clientes.»
O Dicionário Prático de Locuções e Expressões Correntes, de Emanuel de Moura Correia e Persília de Melim Teixeira, edição da Papiro Editora, acolhe a expressão «andar no trinque», com o significado de «andar muito bem vestido; vestir com elegância».
A Infopédia define trinque (do francês tringle, "varão de cortinado") como «cabide em que os alfaiates põem o fato feito», e diz que «andar no trinque» é «vestir com elegância».