No caso da frase «Fez dos alhos bugalhos», deverei usar uma vírgula a separar as duas últimas palavras?
Gostaria de saber quais os melhores "truques" para identificar o sujeito de uma frase e qual a sua oração principal.
Nas gramáticas é fácil de percebê-lo, pois os exemplos dados são sempre simples, porém, em frases mais complexas...
Poderiam ajudar-me na análise sintática da frase «Os alunos do 6.º ano estavam muito entusiasmados com Álvaro, o professor de Matemática»?
Qual a função sintática de «com Álvaro»?
No contacto diário com a língua escrita, facilmente constatamos uma certa anarquia na área da pontuação. Sabemos que o emprego dos sinais de pontuação oferece uma considerável margem de liberdade, que a subjetividade desempenha um papel importante; no entanto, sentimos que algo deveria ser feito no sentido de uma maior uniformização de critérios…
As gramáticas portuguesas não concedem ao assunto a importância que ele merece, limitam-se a uma apresentação sumária e superficial, manifestamente insuficiente.
Estes fatores alimentam a indecisão, a dúvida e, mesmo, a ignorância, atingindo, inclusive, aqueles que mais de perto lidam com a língua: os docentes.
É deste âmbito a situação que passo a expor, solicitando o vosso contributo.
Nas atas das reuniões de avaliação, são frequentes as enumerações. Nestas, é mencionado o número do aluno, seguido do respetivo nome (primeiro e último), naturalmente separados pela vírgula. O que, muitas vezes, se passa é que se usa a vírgula para separar os vários alunos entre si…
Não invalidando sumariamente esta opção, parece-me preferível optar pelo uso do ponto e vírgula para separar estes elementos. Isto contribuirá para uma melhor clareza do texto, evitando a excessiva repetição deste sinal de pontuação e eliminará uma certa ambiguidade. Embora a ata, texto normativo, não tenha as preocupações estéticas do texto literário, isso não impede que procuremos construir um texto agradável e, neste aspeto, ele sairá largamente beneficiado.
Tendo manifestado, em contexto escolar, esta minha posição, fui objeto de grande contestação, junto dos colegas de Português (minha área disciplinar). O ponto e vírgula é usado para «separar os diversos itens de enunciados enumerativos» (Cunha e Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, 13.ª ed., Lisboa, Sá da Costa, p. 648). Isto é amplamente corroborado: «Usa-se o ponto e vírgula entre os vários elementos de uma enumeração quando se pretende estabelecer claramente a sua separação» (Bergström e Reis, Prontuário Ortográfico e Guia da Língua Portuguesa, 33.ª ed., Lisboa, Editorial Notícias, Lda., p. 49).
Será, sem dúvida, pertinente incluir neste âmbito a situação que exponho. Os exemplos apresentados são diferentes, mas a gramática não pode, naturalmente, contemplar todos os contextos. A partir da análise de obras que tratam este sinal, ressaltam duas ideias fundamentais: ele é decisivamente “escravo” do contexto (além da intenção), pela sua própria natureza de intermediário entre o ponto e a vírgula; a sua capacidade para colmatar claramente as insuficiências da vírgula é inquestionável.
Gostaria que comentassem esta situação, pois é comum assistir-se a um "interminável desfile" de vírgulas nas atas que mencionei. Creio que isso pode contribuir para esclarecer uma situação recorrente nos nossos estabelecimentos de ensino.
Qual é a origem do topónimo Avelã e do antropónimo Fafes? Passo a citar o seguinte trecho de A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós:
«Embarcou para França com a mulher, a Sra. D. Angelina Fafes (da tão falada casa dos Fafes da Avelã); [...]»
Gostaria de saber qual o significado do meu nome (Luciana) e a sua origem.
Encontro no dicionário: benquerer, benfazer. Não encontro benviver. Como fica bem-viver? Posso escrever com hífen: «A arte de bem-viver»? Muito grata.
«O Rui nem ligou nem deixou recado.»
«Não comi cerejas nem ameixas.»
Estamos perante duas orações coordenadas copulativas, ou disjuntivas?
Gostaria de saber, nas frases seguintes, quais são os pronomes e quais são os determinantes possessivos:
«O meu lápis é grande; o teu é pequeno.»
«Esta é a minha borracha; a tua está no estojo.»
«Nós temos um dicionário; ele é nosso.»
«As nossas réguas medem 30 cm. E as vossas?»
«A Elsa e o Rui têm doze lápis. Eles são seus.»
Agradecia o esclarecimento pertinente sobre esta dúvida:
«Transformar numa outra pessoa.» Determinante indefinido (DI) ou/e demonstrativo (DD)?
DD
«Uma outra» ou «numa outra» indica a qualidade (posição) de um ser em relação a outro: já não é este, é diferente deste.
DI
Um demonstrativo expressa localização no espaço e no tempo. Não é o que acontece nesta frase.
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