Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Paulo Aimoré Oliveira Barros Servidor federal Garanhuns, Brasil 12K

Com relação à resposta 31 196, posso dizer que pequei ao não citar alguns exemplos. De qualquer maneira, poderei mencioná-los agora para confirmar que tenho razão nas ponderações que escrevi.

A) «Não, senhorita, Dile respondeu.» (O certo é: «respondeu Dile.»)

B) «Professora, ele disse aqui está o celular de Dile.» (O certo é: «disse ele.»)

C) «Professora, Dile falou com voz trêmula.» (O certo é: «falou Dile com voz trêmula.»)

O pior é que esse modismo já se está espalhando...

Muito grato!

António Pedro Lourenço Bibliotecário Braga, Portugal 16K

Sou um amante de música clássica e gostaria que me esclarecessem qual o seu respetivo adjetivo. Poderei dizer: «Sou musicófilo classicense» ou sou «melómano classicista»? Estará correto? Se não está, qual seria a alternativa correta?

Muito obrigado pela vossa resposta.

Matilde Duarte Silva Estudante universitária Lisboa, Portugal 28K

Estou a escrever a tese de mestrado com o novo acordo ortográfico e tenho tido dificuldade nos termos científicos que normalmente tinham hífen, como:

Extra-oral

Extra-embrionário

Micro-organismo

Pelo que li, o hífen não se suprime quando as duas letras antes e após o hífen são iguais, ou seja, micro-organismo permanece com hífen. No entanto, faz-me muita confusão escrever extraoral ou extraembrionário, e tenho medo que constituam exceções por serem de origem científica.

Agradecia que me ajudassem a esclarecer este caso, pois não podem existir quaisquer incorreções na escrita da tese de mestrado.

Obrigada.

Ana Maria Rocha Tradutora Lisboa, Portugal 13K

Gostaria de saber se há uma explicação para o fato de dizermos:

«O comboio passou pelo Porto», e não dizermos «O comboio passou pela Lisboa», mas, sim, «... por Lisboa». E, então por que não dizemos também «... por Porto»? Precisava de explicar esta diferença a uma aluna chinesa e não consegui encontrar uma justificação clara.

José Moreira Aposentado Porto, Portugal 20K

Ainda acerca da polémica causada por Dilma Roussef, que exigiu que a tratassem por "presidenta", julgo ter lido, algures, que as palavras terminadas em e se mantêm inalteradas em função do género. Assim, «o doente»/«a doente», «o tenente»/«a tenente», «o docente»/«a docente». No entanto, sou confrontado, muitas vezes, com «a infanta». Trata-se de uma excepção, ou de uma situação diferente?

Alberto Manuel Sebastião Educando em Letras Luanda, Angola 25K

José Maria Relvas escreve: «Para mais facilmente conhecermos se uma palavra é um substantivo, basta pôr antes dela algumas dessas palavras: um, uma, uns, umas, o, a, os, as. Qualquer palavra pode ser um substantivo, desde que essa palavra esteja substantivada por alguma das palavras um, uma, uns, umas, o, a, os, as. Assim: não, sim, são advérbios, mas, se dissermos: «o não», «o sim», já são substantivos; comer, cantar, são verbos, mas se dissermos: «o comer», «o cantar», já são substantivos; etc.» (Gramática Portuguesa – 2.ª Edição revista, actualizada e aumentada, Europress, 2001, pág. 21).

Realmente, quando acrescentamos os artigos, quaisquer que sejam, a uma palavra, independentemente do grupo ou classe gramatical, passa a substantivo. Por isso, os grandes linguistas aconselham que não se deve dizer o seguinte: «O peixe é para o almoço» (diferente de: «O peixe é para almoço»). Naquela, está contida a ideia de «o peixe» ser dado para o «almoço», como se este fosse um (ou uma) personagem, o que não corresponde à verdade, ao passo que, nesta, há a ideia de finalidade para a qual se destina o peixe.

Gostaria, entretanto, de saber se «o sim», «o não», «o comer», «o cantar» são substantivos comuns, ou concretos. Creio que sejam comuns, porque se escrevem em minúscula.

Marli Carmen da Silva Professora Gravataí, Brasil 10K

Qual o significado da palavra Morungava (nome de um distrito do município de Gravataí)?

Virgínia Caldeira Editora Lisboa, Portugal 9K

Pretendo saber se existe a palavra criminogénos, pois li em um texto de natureza jurídica inserida na frase «novas mutabilidades imprimidas pelos fenómenos criminógenos».

Dina Moniz Professora Caniço, Portugal 16K

O verbo diligenciar é seguido de preposição, ou é transitivo direto?

Podemos dizer «diligenciar pelo gozo de férias»?

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Campo Grande, Brasil 19K

A palavra ria designa um tipo de acidente geográfico comum no litoral do norte de Portugal, na Galiza e em outras partes do norte da Península Ibérica. Os dicionários da língua portuguesa a definem de modo díspar, o que me deixa na dúvida sobre qual seria a sua definição correta, exata, razão pela qual peço que o Ciberdúvidas, usando da sua tradicional competência incomum, apresente a significação científica, exata e completa do vocábulo em apreço.

Indago ainda se no plural o termo supramencionado adquiriria outro sentido, como sugere o Dicionário Aurélio.

Muito obrigado.