Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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George Severnini Estudante universitário Sorocaba, Brasil 22K

No meio do ambiente acadêmico no curso de Ciência da Computação, deparo-me intermitentemente com o aportuguesamento da palavra inglesa correctitute para "corretude" e, pesquisado por todos os dicionários e por este fórum, percebo que não é, ao menos ainda, uma palavra oficial da língua portuguesa (nesta concepção). Defendo veementemente o uso de correção/correcção neste contexto, mas minhas preocupações são desdenhadas amiúde. Deparei-me, então, com outra palavra: "corretismo", que me soa um tanto confusa. Seria tal tradução a mais adequada de correctitude? Sei que esta é formada da fusão de correct e rectitude, o que nos levaria à formação da palavra "corretitude", fundindo, pelo mesmo princípio, correto + retitude ou corretidão, de correto + retidão; no entanto, nenhuma destas foi concebida. Deixando isto de lado, não pude deixar de notar uma certa semelhança de "corretismo" e "correctitude", essa, sim, registrada por alguns dicionários. Gostaria de opiniões mais bem fundamentadas a respeito destes três possíveis neologismos.

 

Armando Dias Aduaneiro Lagos, Portugal 11K

A propósito de duas perguntas sobre as maiúsculas e minúsculas o mesmo consultor (Rui Ramos) dá duas respostas contraditórias sobre o P/p de Península/península Ibérica. Assim, numa primeira, diz o sr. Rui Ramos:

« [em minúscula] 2 - Nomes de continentes, mares, rios, países, regiões, acidentes geográficos Antárctida, Ásia, rio Tejo, serra da Estrela, golfo da Guiné, península Ibérica, região de Trás-os-Montes, montes Hermínios, península Antárctica (...)».

Dias depois responde o contrário:

«Os árabes perderam toda a terra que tinham ocupado na Península» (subentendo-se «Ibérica» e, por isso, o "P" maiúsculo de «Península»).

Pelo menos, esta é a regra de estilo consensual hoje na imprensa escrita, em Portugal.».

Em que ficamos? Eu, por mim, ainda fiquei mais baralhado.

Obrigado.

Teresa Oliveira Professora Guimarães, Portugal 6K

Peço imensa desculpa, mas consegui encontrar uma resposta para a minha questão colocada há talvez uma hora. Os advérbios conectivos contrastivos poderão introduzir uma oração coordenada adversativa? Gostaria que me dividissem as orações na frase: «O Filipe estuda, porém não consegue obter bons resultados.»

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 6K

A propósito da resposta sobre o valor da expressão «uma vez que» (assim como do de «uma vez»), gostaria de saber a classificação morfológica da expressão «uma vez» na frase «Uma vez deferido o processo, resolvo a situação», uma vez que a dita expressão pode ser suprimida sem afetar o entendimento: «Deferido o processo...»

Ana Alves Professora Funchal, Portugal 14K

Gostaria de saber o significado dos seguintes provérbios:

«Ano de ameixas, ano de queixas.»

«A campo fraco, lavrador forte.»

«Mais vale lavrar o nosso ao longe que o alheio perto.»

«A boa fazenda nunca fica por vender.»

«Cada um colhe segundo semeia.»

Carlos Almeida Médico Coimbra, Portugal 7K

Como se poderão traduzir em português os termos médicos ingleses intimal thickness e medio-intimal thickness (espessura da íntima, espessura do conjunto da camada média e da íntima), em menos palavras e de maneira mais concisa? Suponho que intimal em português não seja aceitável. Haverá algum vocábulo com esse significado («da íntima», «da média», «da íntimo-média»)?

Pedro Gonçalves Sociólogo Lisboa, Portugal 13K

O novo Acordo Ortográfico recorre frequentemente à expressão «aconselhável ou não aconselhável» em Portugal para suportar a manutenção ou supressão de algumas consoantes. Gostaria de saber qual a posição "oficial" do AO no que diz respeito às variações regionais do português europeu na pronúncia das mesmas consoantes. Na ilha da Madeira, a pronúncia de consoantes que no continente são mudas faz parte do padrão culto. É o caso de sector e de recepção. Como proceder nestes casos? A mesma questão se coloca com algumas variações no Norte de Portugal. No Minho fui criado e educado a dizer "contato", "contatar" etc., tal como no Rio de Janeiro, mas diferentemente de Lisboa. E tenho também dúvidas quanto à acentuação da primeira pessoa do plural dos verbos em -ar, que no Norte de Portugal todo e no Brasil se pronuncia com a fechado ("cantamos"/"cantamos" e não "cantámos"/"cantámos") e indistinguível do presente, como, aliás, nos verbos em -er se faz em todo o lado. No território da República Portuguesa existe uma norma oficial? Ou, como julgo ser o caso (e no espírito do novo AO), permite-se a variação regional?

Luan Côrtes Estudante Feira de Santana, Brasil 6K

Qual é o significado da expressão «à meia pálpebra»? Não me parece usual; em que contextos geralmente é utilizada? Imaginei que talvez se referisse a um estado de sonolência (ou a casos em que é possível haver movimento dos olhos, como em um sorriso ou oscitação), em um sentido mais literal, mas, nos poucos registros que encontrei na Internet, a expressão parece ser mais utilizada em uma acepção conotativa (que, aliás, desconheço) como em «passou os olhos à meia pálpebra no corredor». Seria possível dizer e escrever que alguém está «à meia pálpebra de sono»? Seria coerente dispensar o artigo feminino e escrever «a meia pálpebra»? Além disso, também a encontrei grafada com hífen; esta forma hifenizada tem razão de ser?

Já agora, quero congratular a admirável equipe do Ciberdúvidas pelos excelsos serviços prestados à língua portuguesa e a seus falantes.

Manuel Júlio Saiago Administrativo Luanda, Angola 10K

Gostaria de saber se ambas as sentenças que se seguem — «o João pediu para eu fazer» ou «o João pediu para mim fazer» — estão corretas.

Paulo Duarte Estudante Portimão, Portugal 8K

Como fazer a divisão silábica da palavra Lisboa?