Gostaria de saber a razão de se dizer «Os quatro cantos do mundo» se a Terra é redonda. Poderia ser um canto por cada continente, mas eles são cinco...
Obrigada pela informação.
Deve dizer-se (escrever-se) «eu perdoei-o», ou «eu perdoei-lhe»?
Tendo em conta o Dicionário Terminológico, como classificar, quanto à formação, a palavra hipertensão?
Segundo Cândido de Figueiredo, excelente autor português, cujas lições ainda são bastante proveitosas, o verbo das orações interrogativas diretas tem sempre de anteceder o sujeito. Exemplo: «Como pode o homem sublimar a força da libido?» A construção «Como o homem pode sublimar a força da libido?» não teria nenhum apoio nos ensinos do conspícuo mestre lusitano. Se não estou equivocado, ele afirmava que constituía erro colocar o verbo depois do sujeito nas interrogativas diretas. Em minha humílima condição de estudioso da língua portuguesa, concordo com a doutrina dele. Creio que essa é a melhor posição para o verbo nessas construções. Qual é a opinião do Ciberdúvidas? Nas interrogativas diretas, é errado deixar o verbo depois do sujeito?
Muito grato!
«O João ligou-me (telefonicamente)» equivale a «O João ligou para mim»? Suspeito que, em termos linguísticos europeus, «ligou-me» está correto! E «ligou para mim» também?
«Fique o mundo sabendo que Colombo foi feliz não quando descobriu a América, mas sim quando a estava por descobrir. Em verdade afirmo que o trecho mais alto da sua felicidade foram aqueles três dias antes da descoberta do Novo Mundo, quando a equipagem amotinada e desiludida esteve a ponto de aproar de volta para a Europa. Não era o Novo Mundo que importava, mesmo que, de tão real, lhe caísse ombros abaixo» (Excerto de O Idiota).
No final desse trecho, há um período cuja análise sintática me traz dúvidas. Veja-se:
«Não era o Novo Mundo que importava, mesmo que, de tão real, lhe caísse ombros abaixo.»
Oração principal: «Não era o Novo Mundo que importava»
Oração subordinada adverbial concessiva: «mesmo que lhe caísse ombros abaixo»
E quanto a «de tão real», que, na verdade, é «de tão real(que era)»? O que dizer dela? Parece-me que tal oração funciona como principal em relação a «mesmo que lhe caísse ombros abaixo», o que levaria esta a ser simultaneamente concessiva e consecutiva. Para ilustrar dou um exemplo de oração consecutiva semelhante: «A cena era tão real, que ela se quedou emocionada.»
Pergunto: é possível tal análise?
Outra possibilidade que me ocorre é tratar-se de oração explicativa: «mesmo que lhe caísse ombros abaixo, de tão real que era» («tão real ela era», «pois tão real ela era»).
Obrigado.
Como classifico o sujeito de uma frase quando este é um verbo, como, por exemplo, «Errar é humano»? É sujeito simples, ou nulo?
Qual dessas duas frases está correta?
«Não gosto do jeito dele falar.»
«Não gosto do jeito de ele falar.»
Grata.
Nenhum dos dicionários de língua portuguesa que consultei (Porto Editora, Houaiss, Texto Universal, Lello, Aurélio, Academia das Ciências) inclui o vocábulo "titularização", apesar de este ser muito utilizado nos domínios financeiro e económico, referindo-se a títulos e/ou valores mobiliários. Surge em expressões como: «titularização de créditos»; «veículos de titularização»; «operação de titularização». Será que existe tal termo, ou tratar-se-á de um neologismo (ainda não dicionarizado) específico da área económico-financeira?
Gostaria de saber se é mais correto dizer «bolas de sabão», ou «bolhas de sabão», ou se não há um especial rigor no uso desta expressão.
Obrigado.
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