Pretendia saber se existe alguma diferença entre cantina e refeitório...
Disseram-me qualquer coisa do género: «o que as distingue é a confeção, ou não, dos alimentos.»
Obrigado.
No trecho: «Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa.»
O emprego do pronome demonstrativo esta justifica-se porque o pronome está em referência a um:
a) lugar em que o falante está.
b) tempo futuro, mas bem próximo.
c) pensamento que se vai anunciar.
d) ser que se encontra perto do falante.
e) termo imediatamente anterior, mencionado no discurso.
Tenho reparado que agora muita gente, especialmente a classe política, deixou de «reavaliar, reexaminar, reanalisar, rever, reconsiderar, repensar, reinterpretar, debruçar-se novamente» sobre acordos, matérias, decisões. Não, agora essas coisas são «revisitadas», aparentemente, à boa maneira inglesa — revisit.
Dos vários dicionários da língua portuguesa que consultei, o verbo visitar tem, entre outros, o significado de «passar revista a/inspecionar/percorrer fiscalizando/vistoriar», aplicando-se a instalações fabris ou locais de trabalho, e não propriamente a acordos ou decisões. Curiosamente, o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora nem sequer regista o termo revisitar. No entanto, o dicionário de inglês-português desta editora dá como tradução de revisit: «revisitar, voltar a visitar, visitar de novo.»
O verbo inglês revisit admite apenas dois significados — (1) «voltar a visitar alguém ou algum lugar (come back to, return to)»; e (2) «reexaminar/reavaliar uma decisão, acordo ou matéria após algum tempo» (re-examine, make a fresh appraisal, reconsider, review, rethink).
Admito que, figurativamente, talvez possamos «revisitar», por exemplo, a obra literária de algum escritor, mas será que também podemos fazê-lo em relação a decisões, acordos, assuntos, tal como no inglês?
Qual a forma correcta?
«A criança está no Sol», ou «A criança está ao Sol»?
«Que se farta» é português correcto?
«O Zé disse asneiras que se farta contra os colegas», ou «O Zé disse asneiras com fartura contra os colegas»?
E já agora: «contra»/«aos»: «O Zé disse asneiras que se farta contra os colegas», ou «O Zé disse asneiras que se farta aos colegas»?
Estão ambas as frases correctas («contra»/«aos»)?
Será indefensível, ou indefensável?
Qual a abreviatura de Dona?
«Preparação prévia» é redundância?
Gostaria de saber se o nome próprio Deborah, que sei que é de origem hebraica e que assume na língua portuguesa a forma Débora, é acentuado. A forma portuguesa, como é cediço, é uma palavra proparoxítona e, portanto, recebe acento agudo; entretanto, a forma estrangeira, adotada por muitos pais ao registrarem seus filhos, também segue a mesma regra, ou não?
Agradecerei muito se puderem me ajudar.
Em consulta à pergunta Orações adversativas vs. orações concessivas, tive dificuldade de entender a relação de sentido que foi registrada em relação às orações abaixo (reproduzo a numeração que as acompanhava, pois ela será retomada em seguida:
«(6) «Ela era bela, mas, principalmente, rara.» In Nova Gramática do Português Contemporâneo.
[...] há muitas frases em que ocorre, preferencialmente, a adversativa, e outras em que é, mesmo, a única possibilidade, como creio ser o caso em (5), (6) e (7).»
No meu entendimento, mas estabelece uma relação de adição. Sei que devo estar equivocada, por isso gostaria de obter uma explicação que me auxiliasse a perceber essa adversidade registrada como «a única possibilidade».
Antes de encerrar, gostaria de agradecer pela enorme contribuição que vêm dando a pessoas que, como eu, estudam a língua portuguesa e a utilizam como ferramenta de trabalho.
Obrigada.
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