Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Maria Cármen García Tradutora Sintra, Portugal 10K

Perante a dificuldade em encontrar a informação que pretendo nos dicionários a que habitualmente recorro, aqui estou eu de novo a solicitar a vossa preciosa ajuda.

Como se designa o profissional da logopedia que, de acordo com a Infopédia, é «parte da foniatria que se dedica ao estudo e tratamento dos distúrbios da fala».

Muito obrigada.

Carlos Martínez Sánchez Tradutor e intérprete Múrcia, Espanha 6K

Gostava de saber donde vem a pronúncia plosiva do som [t] no fim de palavra que articulam muitos apresentadores da televisão e da rádio, não sei se vem duma influência do inglês ou se é feita por afectação para soarem mais chiques.

Vítor Guimarães Magistrado do Ministério Público Santa Maria da Feira, Portugal 5K

Vi escrita pela pena de insignes escritores a seguinte frase: «... estar amarrados a um modo de vida que se tornou um silício e uma frustração» [citados por Miguel Sousa Tavares, in semanário Expresso de 15-02-2104, página 9, 2.ª coluna, in fine].

Onde se escreve silício, não deverá ser cilício?

Isadora Lúcia Gomes Administrativa São Paulo, Brasil 9K

Nas frases «Quanta alegria...»/«Que horror», posso classificar quanta e que como pronomes interrogativos, mesmo que não sejam seguidos de interrogação ou exclamação?

Filomena David Professora Lisboa, Portugal 6K

Surgiu uma dúvida que gostaria de ver esclarecida: quando num texto aparece referência à quantidade expressa em número, por ex.: «20 dias», «5 de maio», consideramos a unidade "20"/"5" como quantificador?

Agradeço, desde já, a vossa disponibilidade e atenção.

Miguel Moreira Estudante Porto, Portugal 8K

Tenho tido dificuldade em fazer a distinção entre o complemento oblíquo e o modificador do grupo verbal ao nível das frases. O critério que aprendi baseia-se na (a)gramaticalidade da frase. No entanto, nem sempre consigo fazer essa distinção, já que, por exemplo, na frase «Guardei os livros na mochila», classificaria «mochila» como sendo um modificador, e não o complemento oblíquo. No entanto, foi-me explicado que «quem guarda... guarda em algum lugar», pelo que «a mochila» é indispensável à frase. Gostaria que, se fosse possível, me auxiliassem nesta distinção.

Obrigado.

Reto Monico Historiador reformado Carouge, Suíça 40K

Quando se faz a paginação dum livro, há palavras que nunca se separam no fim duma linha: as que têm menos do que cinco letras, os nomes próprios, etc.

O que é que se faz com o nome dum jornal? Por exemplo: Journal de Genève.

Tem de ficar tudo na mesma linha? The Guardian também?

Vi separado The Guard-ian e achei pouco estético.

Muito obrigado.

Veridiana Dattein Analista de sistemas Porto Alegre, Brasil 5K

Tenho uma dúvida sobre a  próclise. Estou lendo um romance de Camilo Castelo Branco e me deparei com a seguinte frase: «Bem sabia ele que Luís de Camões morrera sem lençol em que amortalhar-se (...).»

De acordo com meu atual conhecimento, o pronome relativo faz o uso da próclise ser obrigatório. Por que razão, então, o romancista não a utilizou no caso acima citado?

Desde já, agradeço a atenção.

Rui Carvalho Estudante universitário Lisboa, Portugal 10K

Em ementas de muitos restaurantes aparece erradamente a palavra "á" em detrimento da palavra à, como por exemplo no tão famoso prato amêijoas "á" Bulhão Pato. Se "á" não consta do vocabulário, porque é tão vulgarmente substituído por à?

Numa pesquisa deparei-me com uma antiga propaganda ao queijo de Azeitão, do ano de 1885, que passo a citar:

«Queijo de Azeitão. Acaba de chegar á mercearia de José Alves de Carvalho, rua dos Ourives números 46 e 48 a primeira remessa do magnífico queijo de entorna fabricado em Azeitão.»

Já em 1885 se escrevia agramaticalmente, ou antigamente a palavra "á" existiu na língua portuguesa e por essa mesma razão actualmente ainda existe quem pense que está a escrever de forma correcta?

Obrigado.

Marcos Helena Estudante Lisboa, Portugal 43K

Nunca pensei que o imperativo latino salve me causasse tantas interrogações. Trata-se de uma forma verbal que funciona sintáctica e semanticamente como uma interjeição portuguesa de saudação inicial (exemplo-tipo: olá), o seu valor optativo emergindo notoriamente. Para meu grande espanto, o dicionário propõe as seguintes traduções salve, saúde e adeus. A meu ver, salve é uma interjeição de saudação inicial, enquanto saúde e adeus são interjeições de saudação final. Pois bem, como podem estas duas últimas servir como versão a um vocábulo que se utilizava como cumprimento em início de conversa?

N.B. – Não estando alheado das mutações linguísticas populares, devo confessar que tenho, recorrentemente, ouvido, da parte de falantes de meios mais rurais e/ou menos escolarizados, a interjeição adeus como cumprimento inicial, sobretudo quando se saúda uma pessoa de passagem, muito rapidamente, possivelmente sem contacto corporal (beijo, abraço, aperto de mão).

P.S. – Este tema faz-me referir ainda mais um aspecto, que já vi em discussões na Internet. São peculiares os títulos das duas orações «Ave Maria» e «Salve Rainha», quando ambas servem para invocar, cumprimentar…