Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Celso Rodrigues de Mattos Revisor de publicidade São Paulo, Brasil 2K

Trabalho como revisor de textos publicitários em São Paulo, Brasil, há onze anos. Autodidata e ávido por novos conhecimentos, estou sempre em busca de informações para esclarecer minhas dúvidas e as de meus amigos.

Sei que na Itália denominam um certo tipo de queijo de "mozzarella". Aqui no Brasil, pelo menos em São Paulo e imediações, a maioria dos cardápios de restaurantes e lanchonetes traz grafado o nome desse queijo como sendo "mussarela". Provavelmente chegou-se a essa grafia pela má pronúncia de "mozzarella" pela população em geral.

O dicionário conhecido como "Aurélio" (de autoria do falecido Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira) traz a forma aportuguesada "mozarela", com a qual eu pessoalmente concordo e difundo com a maior naturalidade. Porém, o recém-lançado "Michaelis - Dicionário da Língua da Portuguesa", com mais de 2.600 páginas, traz, além de "mozarela", a estranha forma "muçarela", sem maiores explicações.

E aí, na terrinha de meus antepassados, como se grafa o nome desse queijo?

Grato pela atenção.

Fernando Bueno Brasil 4K

Eis o seguinte período:

"Ele se pôs à frente da rebelião mais prolongada, radical e sangrenta de quantas tinham sido tentadas até então".

A minha dúvida se refere a como se deve classificar "quantas". Como pronome relativo (considerando a elipse de "todas") ou indefinido? E, ainda, por que termo ou expressão podemos substituí-lo na oração?

Obrigado.

Helena Cordeiro Professora Portugal 7K

Vai-se organizar na Escola Secundária de Amares, da qual sou professora, uma semana de estudos relativa ao Latim e à Língua Portuguesa.

O problema é saber se a semana deve ser indicada como Semana Luso-latina ou Semana Lusolatina (sem o uso do hífen).

Carlos Neves Portugal 12K

Vejo muito a palavra rácio/racio nos textos de economia. Qual a forma mais correcta?

Racio, rácio ou ratio?

Numa resposta anterior sugerem razão. Mas razão não "fica bem" nem é usada nos textos que leio.

Obrigado.

Aparecida Fulanete Brasil 6K

No Brasil, sobretudo na área de informática, os estrangeirismos são aceitos e "incorporados" à nossa língua com extrema facilidade.

Gostaria de saber se em Portugal acontece o mesmo e se há alguma regulamentação das instituições nesse sentido.

Obrigada mais uma vez pela atenção.

Clarinda Sousa Batalha, Portugal 4K

Gostaria de saber se existe a palavra "constrangente"; e se se pode considerar como sinónimo da "constringente".

Obrigada.

J.Marques da Cruz 6K

Há muitos anos que leio e que ouço designar os traumatismos de desportistas como "lesão". Referem-se os cronistas desportivos (e não só) que o jogador "a" saiu "lesionado", do verbo "lesionar".

Para mim era "facto consumado" a existência de tais palavras em qualquer dicionário. Engano meu. A verdade é que não encontrei o verbo "lesionar" nos dicionários, nomeadamente no de Cândido de Figueiredo. Aparece, isso sim, o termo "lesar" com a significação de "prejudicar alguém" ou de ferir.

É correcto ou não o uso do verbo "lesionar"?

Maria Isabel Vedor Portugal 4K

A expressão: ...e tal (ex. trinta e tal) significa alguns ou muitos?

A dúvida decorre das expressões ...e muitos, e ...e poucos/...e picos.

Ou seja: quando se diz que um indivíduo tem vinte e tal está-se a dizer que tem vinte e muitos, ou vinte e poucos?

Obrigada.

Karolien van Eck PaísesBaixos 28K

Existe na língua portuguesa a palavra 'benvindo' (em vez de 'bem-vindo', claro)? Parece-me que já a vi, mas não a encontro no dicionário da Porto Editora, nem no Grande Dicionário da Língua Port. e nem no novo Michaelis...

Obrigada pela reacção!

Manuel Ribeiro Bélgica 12K

Gostaria que me ajudassem a analisar as seguintes frases com as conjunções concessivas «por mais que/ por muito que», nos seguintes exemplos:

1. Por mais que eles se tenham fartado de insistir, eu não vou ao teatro.

1'. Por mais que eles tenham insistido...

2. Por mais que a carne seja muito cara, eu continuo a comprá-la.

2'. Por mais cara que a carne seja...

3. Por muito que ele estude muito, não conseguirá.

3'. Por muito que ele estude...

4. Por muito que o tempo esteja muito frio, eles saíram de casa.

4'. Por muito frio que o tempo esteja...

5. Por muito que o quadro seja antiquíssimo, eu compro-o.

5'. Por muito antigo que o quadro seja...

As dúvidas colocam-se-me, por uma lado, dentro do paradigma de funcionamento das conjunções concessivas e, por outro, nas suas relações sintagmáticas e sentidos obtidos, a saber:

a) Será que poderemos isolar o valor de «mais e muito» dentro do funcionamento de cada conjunção, de maneira que se torne redundante em relação a "fartar" (1), "muito cara" (2), "estude muito" (3), "muito frio" (4) e "antiquíssimo" (5)?

b) Ou será que «por mais que, por muito que», devem ser entendidas enquanto uma unidade invariável e inseparável no seu sentido?

c) Até que ponto as frases 2, 3, 4 e 5 são aceitáveis gramaticalmente, pelo facto de colocarem a ênfase/intensidade ao incluirem o advérbio de quantidade muito em "muito cara", "estude muito", "muito frio" e o grau superlativo do adjectivo "antigo"?

d) Há ou não diferenças de sentido entre cada um dos pares das frases apresentadas? Serão as 2', 3', 4' e 5' unicamente as correctas?

Agradeço, de antemão, toda a vossa colaboração

Cordialmente.