Trabalho como revisor de textos publicitários em São Paulo, Brasil, há onze anos. Autodidata e ávido por novos conhecimentos, estou sempre em busca de informações para esclarecer minhas dúvidas e as de meus amigos.
Sei que na Itália denominam um certo tipo de queijo de "mozzarella". Aqui no Brasil, pelo menos em São Paulo e imediações, a maioria dos cardápios de restaurantes e lanchonetes traz grafado o nome desse queijo como sendo "mussarela". Provavelmente chegou-se a essa grafia pela má pronúncia de "mozzarella" pela população em geral.
O dicionário conhecido como "Aurélio" (de autoria do falecido Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira) traz a forma aportuguesada "mozarela", com a qual eu pessoalmente concordo e difundo com a maior naturalidade. Porém, o recém-lançado "Michaelis - Dicionário da Língua da Portuguesa", com mais de 2.600 páginas, traz, além de "mozarela", a estranha forma "muçarela", sem maiores explicações.
E aí, na terrinha de meus antepassados, como se grafa o nome desse queijo?
Grato pela atenção.
Eis o seguinte período:
"Ele se pôs à frente da rebelião mais prolongada, radical e sangrenta de quantas tinham sido tentadas até então".
A minha dúvida se refere a como se deve classificar "quantas". Como pronome relativo (considerando a elipse de "todas") ou indefinido? E, ainda, por que termo ou expressão podemos substituí-lo na oração?
Obrigado.
Vai-se organizar na Escola Secundária de Amares, da qual sou professora, uma semana de estudos relativa ao Latim e à Língua Portuguesa.
O problema é saber se a semana deve ser indicada como Semana Luso-latina ou Semana Lusolatina (sem o uso do hífen).
Vejo muito a palavra rácio/racio nos textos de economia. Qual a forma mais correcta?
Racio, rácio ou ratio?
Numa resposta anterior sugerem razão. Mas razão não "fica bem" nem é usada nos textos que leio.
Obrigado.
No Brasil, sobretudo na área de informática, os estrangeirismos são aceitos e "incorporados" à nossa língua com extrema facilidade.
Gostaria de saber se em Portugal acontece o mesmo e se há alguma regulamentação das instituições nesse sentido.
Obrigada mais uma vez pela atenção.
Gostaria de saber se existe a palavra "constrangente"; e se se pode considerar como sinónimo da "constringente".
Obrigada.
Há muitos anos que leio e que ouço designar os traumatismos de desportistas como "lesão". Referem-se os cronistas desportivos (e não só) que o jogador "a" saiu "lesionado", do verbo "lesionar".
Para mim era "facto consumado" a existência de tais palavras em qualquer dicionário. Engano meu. A verdade é que não encontrei o verbo "lesionar" nos dicionários, nomeadamente no de Cândido de Figueiredo. Aparece, isso sim, o termo "lesar" com a significação de "prejudicar alguém" ou de ferir.
É correcto ou não o uso do verbo "lesionar"?
A expressão: ...e tal (ex. trinta e tal) significa alguns ou muitos?
A dúvida decorre das expressões ...e muitos, e ...e poucos/...e picos.
Ou seja: quando se diz que um indivíduo tem vinte e tal está-se a dizer que tem vinte e muitos, ou vinte e poucos?
Obrigada.
Existe na língua portuguesa a palavra 'benvindo' (em vez de 'bem-vindo', claro)? Parece-me que já a vi, mas não a encontro no dicionário da Porto Editora, nem no Grande Dicionário da Língua Port. e nem no novo Michaelis...
Obrigada pela reacção!
Gostaria que me ajudassem a analisar as seguintes frases com as conjunções concessivas «por mais que/ por muito que», nos seguintes exemplos:
1. Por mais que eles se tenham fartado de insistir, eu não vou ao teatro.
1'. Por mais que eles tenham insistido...
2. Por mais que a carne seja muito cara, eu continuo a comprá-la.
2'. Por mais cara que a carne seja...
3. Por muito que ele estude muito, não conseguirá.
3'. Por muito que ele estude...
4. Por muito que o tempo esteja muito frio, eles saíram de casa.
4'. Por muito frio que o tempo esteja...
5. Por muito que o quadro seja antiquíssimo, eu compro-o.
5'. Por muito antigo que o quadro seja...
As dúvidas colocam-se-me, por uma lado, dentro do paradigma de funcionamento das conjunções concessivas e, por outro, nas suas relações sintagmáticas e sentidos obtidos, a saber:
a) Será que poderemos isolar o valor de «mais e muito» dentro do funcionamento de cada conjunção, de maneira que se torne redundante em relação a "fartar" (1), "muito cara" (2), "estude muito" (3), "muito frio" (4) e "antiquíssimo" (5)?
b) Ou será que «por mais que, por muito que», devem ser entendidas enquanto uma unidade invariável e inseparável no seu sentido?
c) Até que ponto as frases 2, 3, 4 e 5 são aceitáveis gramaticalmente, pelo facto de colocarem a ênfase/intensidade ao incluirem o advérbio de quantidade muito em "muito cara", "estude muito", "muito frio" e o grau superlativo do adjectivo "antigo"?
d) Há ou não diferenças de sentido entre cada um dos pares das frases apresentadas? Serão as 2', 3', 4' e 5' unicamente as correctas?
Agradeço, de antemão, toda a vossa colaboração
Cordialmente.
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