Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Rita Sequeira Portugal 56K

Lendo a resposta à pergunta de uma consulente sobre o emprego de maiúsculas nas unidades de peso, capacidade, etc., fiquei surpreendida com o facto de as regras terem mudado. Quando ocorreu essa mudança e qual o documento/convenção/acordo em que ficou consignada? Gostaria de vos pedir que me facultassem as referências necessárias.

Espero que não se trate de mais um fenómeno de seguidismo ortográfico/linguístico típico, resultante de um decalque das regras da literatura técnica de origem anglo-saxónica (esses, sim, sempre utilizaram «L» como abreviatura de litro).

Normalmente, o Sistema Internacional de Unidades tem algo a dizer na matéria. Não me alongo, porém, uma vez que não estou bem informada sobre estes problemas.

Parabéns pelo vosso trabalho!

João Bernardo Estudante Portugal 3K

Escrevi uma vez mais para esclarecer as minhas mais recentes dúvidas:

   a) Testes-diagnóstico é escrito com hífen?
   b) Qual a grafia correcta: testes-diagnóstico ou testes-diagnósticos (com ou sem hífen).

Desde já os meus agradecimentos.

Isabel Guerreiro Administrativa Portugal 4K

Como se deve dizer: gravata ou grevata?

José Manuel Nicolau Oliveira 4K

No programa 'Jogo Falado' de 2/10/00, o treinador do Belenenses, Marinho Peres, utilizou a palavra 'prófugo' a propósito das suas aventuras com a tropa: tinha-se naturalizado espanhol e foi mobilizado para o exército; como já teria feito a tropa no Brasil, foi-se embora na dita condição de 'prófugo'.

Achei a expressão curiosa e confirmei-a no 'Novo Michaëlis" português-inglês: prófugo adj. fugitive; deserter; vagrant, vagabond.

Será, então, 'desertor' ou 'refractário'.

José Silva Professor Braga, Portugal 4K

Tendo lido a dúvida sobre o significado da expressão "pedra na funda", indaguei sobre o seu significado que segundo me disseram significa que alguém tem segundas intenções, as quais não revela.

É claro que necessitaria de uma confirmação melhor (tirada v.g. de um dicionário de expressões).

Bruna Brasil 13K

O plural de cartão de visita é cartões de visita ou cartões de visitas?

Gastão da Rocha Pinto Pereira Portugal 4K

Qual é o plural de "papel"? Será "papeis" ou "papéis"?

Daniela 14K

Sou estudante e estou com uma dúvida em relação ao verbo trazer.

Como devo falar:

"Não sabia que você havia (tinha) trazido o material" ou "Não sabia que você havia (tinha) trago o material"?

Por favor, responda-me.

Obrigada.

Pedro Pinto Portugal 4K

Qual a forma mais correcta de enunciar a seguinte frase:

Devem ler-se e analisar-se os seguintes poemas

ou

Devem ler e analisar-se os seguintes poemas?

Ricardo Defeo de Castro Brasil 10K

Como não encontrei um espaço reservado para comentários dentro deste "site", estou utilizando esta caixa de perguntas para tentar fazer uma contribuição a uma pergunta de outubro que considero ter sido respondida de forma incompleta pelos consultores do Ciberdúvidas. Esta pergunta foi formulada por Márcia Regina (Argentina). Ela queria saber da origem do sotaque carioca e suas diferenças com o sotaque paulista.

Como foi respondido, o sotaque paulista teve forte influência da imigração italiana naquele estado, especialmente na capital. O que eu estranhei foi a ausência da explicação para o sotaque carioca. Isto porque a maior característica de sonoridade deste sotaque, o chiado do "s" que assume o som de "x", vem exatamente da influência da grande colônia portuguesa que ali habita. Esta influência é muito mais intensa do que no interior do país, visto que, como capital do Brasil durante os tempos em que o país era colônia de Portugal, a cidade do Rio de Janeiro detinha a maior proporção de funcionários portugueses em terras brasileiras. Houve uma intensificação desta influência com o refúgio da família real portuguesa que, em 1808, trouxe mais de 15 mil cortesãos portugueses para o Rio. Ainda na primeira metade do século XX esta cidade recebeu uma grande leva de imigrantes portugueses que hoje dominam o ramo de padarias neste lugar. É muito comum encontrar portugueses também na atividade de carros de aluguel ou de praça (os "táxis").

Em suma, enquanto o "paulistês" é fortemente influenciado pela entonação do italiano, o "carioquês", por sua vez, tem sua sonoridade ligada ao sotaque português europeu mais antigo.

Uma forte característica do sotaque português europeu atual, que ressalta aos ouvidos dos brasileiros, é a freqüente atenuação ou quase supressão da vogal que precede a sílaba tônica (ou tónica). Esta foi uma diferenciação posterior à vinda da família real portuguesa para o Brasil, e por isso não está registrada no jeito de falar do carioca.