DÚVIDAS

Fogo (casa)
Na resposta a uma consulente sobre o tema em epígrafe, permita-me, senhor professor José Neves Henriques, que acrescente um esclarecimento, eventualmente útil. Ao fogo sagrado existente nos lares gregos e romanos, chamavam estes «vesta, ara ou focus». Esse fogo estava sempre aceso, de dia e de noite, como protecção contra os males do destino, cuja protectora era, em Roma, a deusa Vesta (o mesmo acontecia nas casas gregas, onde se dizia «estia», numa transcrição muito aproximativa). Era a esse fogo que correspondia a ideia de «casa« e não ao lume de cozinhar ou aquecer. Embora, etimologicamente, focu(m) seja a origem da palavra, a verdade é que a origem de fogo como casa, é proveniente, de facto, das mitologias (como, de resto, acontece com tantas palavras e realidades da nossa língua e da nossa civilização). Qualquer bom dicionário de mitologia latina o indica, para já não falar em Fustel de Coulanges, na sua obra clássica "A cidade antiga", onde o assunto é abordado com profundidade.  
Cartas comerciais em português
Sou estudante de Sociologia, moro atualmente na Alemanha, sou brasileira. Começarei a escrever cartas em Português, mas para empresas em Portugal através de meu trabalho. Estou com dúvidas sobre as diferenças gramaticais existentes entre as duas variáveis: seriam muito significativas? Gostaria de perguntar sobre uma bibliografia em Português de Portugal para cartas comerciais e gostaria de adiantar algumas dúvidas: – Posso também começar uma carta com «Prezados Senhores»?– E  posso finalizá-la com «Atenciosamente»? – Palavras como produção, contato possuem um "c" a mais: producção, contacto? – Devo deixar sempre o artigo antes do possessivo: o meu cliente, o Sr. ....? Uma simplificação do tipo "meu cliente, Sr. ...." seria menos apreciada? Agradeço antecipadamente sua atenção!
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