Em resposta à pertinente dúvida sobre a grafia de "antraz/anthrax", os utilizadores do ciberduvidas.com encontram num tom algo irónico (como, aliás, tem vindo a ser hábito) a resposta que passo a transcrever:
"Na língua inglesa optou-se por utilizar uma grafia mais próxima da grega, com o xis no final: «anthrax». No entanto, o termo em português é antraz. Se por algum preciosismo ou por pretensão, o redactor quiser dar a impressão de que conhece o grego e pretender usar a forma em língua estrangeira, deve colocar a palavra entre aspas ou em itálico."
(Amílcar Caffé)
Ora, não só o tom irónico demonstra aqui uma extrema prepotência, como, mais grave, esconde uma grande ignorância sobre a matéria. Sou redactora, não sei grego, mas escrevo "anthrax": não por preciosismo ou pretensão, mas, simplesmente, por uma questão de correcção! Agradecia, pois, que procedessem às devidas alterações:
O antraz é uma infecção estafilocócica que se manifesta por uma acumulação de furúnculos e nada tem a ver com anthrax, provocado pelo Bacillus anthracis. Aliás, a forma correcta de designar a doença que tem vindo a afectar algumas pessoas nos Estados Unidos é, na verdade, "carbúnculo".
Gostaria de saber onde encontrar mais informações a respeito de Amadis de Gaula, como obras e/ou biografia.
Qual é a maneira correta de se escrever a frase:
Demorou vários séculos?
Demoraram vários séculos?
Tenho uma dúvida bastante consistente (que se tem adensado porque encontro opiniões divergentes) sobre o uso do travessão na transcrição do discurso directo. Dou o seguinte exemplo:
"– Há um vilarejo a dez quilómetros daqui – respondeu o funcionário."
A primeira oração, correspondente à fala da personagem, acaba sem qualquer pontuação? A explicação do narrador (de que se tratava da fala do funcionário) começa com minúscula em todos os casos ou apenas quando estamos na presença de um verbo de elocução?
No âmbito da actual discussão sobre o futuro da União Europeia, a Comissão Europeia lançou em Julho um livro branco a que deu o título "Governança Europeia", o qual "incide sobre a forma como a União Europeia utiliza os poderes que lhe foram conferidos pelos cidadãos" (v. www.europa.eu.int).
Será necessário o neologismo "governança"?
a) Por um lado, a utilização desses poderes parece constituir o conteúdo da função de governar ou da governação.
b) Por outro, como encontrei a palavra "governança" nos dicionários consultados para significar, em sentido depreciativo, o mesmo que governo, parece ser um neologismo desnecessário para significar o mesmo que "governance", que em inglês e francês tem a mesma grafia, e que em português será governação.
c) Por último, em trabalho universitário recente (v. www.parlamento.pt/VII/comiss/ae/futuro/index.html), ao citar este estudo, o Professor começou por escrever governação (seguido de governança entre parênteses) e, a partir do meio da obra, passou a utilizar simplesmente governação.
Antes que a "governança" alastre, gostaria de ter a vossa confirmação para este meu entendimento.
Gostaria de saber se o termo “duplo” pode ser usado no sentido de “dobro”. Por exemplo: Maria tem 10 livros; Pedro tem 20 livros. Pedro tem o duplo? Ou Pedro tem o dobro? Ou as duas frases estão certas?
Onde eu posso encontrar informação sobre o uso desses termos?
No caso de expressões como “duplo comando” ou “duplo sentido” não posso usar “dobro”, mas no exemplo anterior tenho dúvidas. Talvez as minhas dúvidas sejam simples, mas sou argentina e estudo português, língua que adoro.
É consensual que a palavra "biombo" provém do japonês ou permanece como meramente conjectural, hipotético? Se Portugal importou o objecto (e até a árvore – a criptoméria – que se utilizava nos biombos Nanban se cultiva há mais de um século nos Açores), terá certamente importado o vocábulo.
Agradecia que a magnífica equipa do Ciberdúvidas me elucidasse.
A oxidação por meio da luz é chamada de fotooxidação ou fotoxidação? No VOLP, em www.academia.org.br, não há nenhuma das duas formas.
Agradeço qualquer colaboração.
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