Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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José de Almeida Padilha Brasil 7K

Permito-me oferecer minha contribuição ao tema relacionado ao emprego da palavra tênis para denominar indiscriminadamente qualquer calçado desportivo. Verifico pela resposta de Ciberdúvidas que esse uso é recente em Portugal.

No entanto, é velho no Brasil. Desde a minha infância – lá se vão mais de quatro décadas... – é assim que chamamos qualquer par de sapatos com sola de borracha, coberto de lona ou, mais modernamente, de material sintético. Antigamente, havia uma pequena diferenciação: os calçados desse tipo que cobrem apenas o calcanhar eram chamados de "tênis", e os que avançam pela canela, como botinhas, eram conhecidos como "basquete" (de "basketball"). Essa distinção caiu de moda: hoje, no Brasil, qualquer sapato desportivo é "tênis" – com exceção das chuteiras do futebol.

Portanto, só me resta concluir que, neste particular, Portugal sofreu influência do Brasil.

Por outro lado, "sapatilha", também no Brasil, tem a conotação generalizada de sapato para "ballet" (exceção feita, talvez, às sapatilhas para a prática do atletismo, mas aqui se trata de um termo um tanto restrito ao jargão da imprensa desportiva).

Sérgio Augusto de Brito Brasil 30K

Gostaria que me esclarecessem uma curiosidade.

Apesar dos nomes próprios também serem acentuados, é prática no Brasil não utilizar acento e nem c de cedilha nos nomes próprios em vários documentos como: CPF, carteira de identidade, certidão de nascimento, etc.

Em Portugal também é assim?

Os países europeus que utilizam acentos também os omitem em documentos?

Obrigado.

Filipe Dâmaso Saraiva Portugal 4K

Escrevo esta carta para lhes pedir informações sobre referências de consulta acerca desta nossa bela língua, que em tempos de atentados linguísticos vigentes e enfileirados no porvir, tem de ser defendida do niilismo linguístico e peçonhento conformismo, com unhas, garras, dentes, e excelentes referências encadernadas com o legado no seu ventre.

Sei que enunciar exaustivamente e qualitativamente um sortido de dicionários e tratados da língua portuguesa, pode ser uma tarefa morosa e provavelmente desenquadrada em relação a uma pessoa desconhecida, que, fazendo assim sumariamente um tal pedido, aparentemente não faz ideia do trabalho envolvido na dita tarefa.

Calculo bem no entanto o peso deste pedido, e se os importuno com estas questões é porque todas as tentativas de recolha de informação neste âmbito se me provaram totalmente infrutíferas. Detenho a maior consideração pelo projecto Ciberdúvidas, e foi daí que surgiu a possibilidade de os contactar. Peço que não levem a mal esta minha liberdade intromissora, mas espero que compreendam a minha falta de opções.

Passando a explicar um pouco melhor, e da forma mais sucinta possível, gostaria de saber quais são os dicionários de referência da língua portuguesa.

E por língua portuguesa entenda-se português europeu... a minha jovem intransigência não dá sequer lugar à consideração das monstruosidades que se propagam nas terras brasileiras. Prefiro esquecer esse tipo de barbaridades linguísticas institucionalizadas, senão vejo-me francamente encolerizado de forma talvez demasiado célere. Pouco me interessam portanto referências a dicionários prolíficos em palavras inventadas ou mutadas do outro lado do Atlântico.

Para pontuar a minha posição acerca destas diferenças, faço ainda o reparo pessoal da minha total estupefacção face a algumas posições mais liberais de um dos membros do corpo do Ciberdúvidas, o Sr. D´ Silvas Filho.

Mas voltando portanto ao cerne, a quantidade final de volumes pouco me importa... um investimento para a vida não deve ter limites de formulação. Assim, tenho procurado no Ciberdúvidas referências a dicionários que sejam utilizados para elucidar as várias questões que se põe diariamente. Por um agregado de algumas referências cruzadas, cheguei à seguinte curta lista:

– «Dicionário de José Pedro Machado»
– «Elucidário das Palavras, Termos e Frases...» (1798) de Joaquim de Santa Rosa de Viterbo / «Elucidário Viterbo»
– «Grande Dicionário de Dificuldades e Subtilezas do Idioma Português» de Vasco Botelho do Amaral

Em relação a esta pequena lista, além de duvidar que seja devidamente completa para o filólogo amador, também me faltam os dados em relação às devidas editoras, à diferença de conteúdos/detalhe dos mesmos e meios para os arranjar, pois não me parece que possa encontrar estas e outras referências de peso do género nas livrarias comuns.

Mas só agora, após a introdução prévia, passarei a expor o busílis do meu pedido e subsequente dificuldade e extensão... é que além de procurar excelentes dicionários gerais não especializados da língua portuguesa, gostaria também de saber do paradeiro de outros mais específicos: dicionários etimológicos no topo desta segunda sede, seguidos de dicionários de sinónimos, rimas, antónimos, vocabulários ortográficos (detenho um de 1912 por A. Xavier Rodrigues, cuja qualidade desconheço), e outros demais que possam guarnecer uma pessoa do mais completo legado linguístico português possível.

Provavelmente vão achar esta demanda megalómana, mas sinto uma degeneração da língua a desenhar-se de forma quase "Orwelliana"... o dicionário de consumo geral parece-me que anda a ficar cada vez mais pequeno de ano para ano, quando a meu ver, os dicionários deveriam ir crescendo mais e mais conforme as nossas raízes léxicas se desnudam pela pesquisa filológica. Esta perspectiva de displicência em relação à nossa cultura assusta-me: desejo portanto deter os meios para que nem eu nem os que me estão próximos sejamos afectados por este fenómeno mórbido... ou que se houver uma afecção, que haja também o antídoto.

Não sei bem como lhes começar a agradecer, nem que seja o tempo e disponibilidade para ter lido este meu pedido, quanto mais se de facto o levar a cabo. Não haja pressa alguma, este é um pedido para a vida... simplesmente lhes peço que conforme o seu declínio ou aceitação, assim me avisem por ‘e-mail’ para eu poder esperar ou esquecer em paz.

Vasco Ribeiro Lisboa, Portugal 61K

No Norte e Centro, sempre conheci o calçado próprio para praticar desporto com a designação de sapatilha. No entanto, no Sul de Portugal, sapatilha é entendido como calçado para "ballet".

Pelo contrário, o calçado para desporto é conhecido por ténis.

Qual é a designação correcta?

Obrigado.

António Garcia Barreto Portugal 5K

Será correcto usar o termo "banda desenhistas" para nos referirmos aos autores (desenhadores) de banda desenhada?

Obrigado.

Rosangela Ramos Professora Brasil 125K

Onde está a diferença entre as duas frases seguintes: "Colocamos as nossas vidas em suas mãos" e "Colocamos a nossa vida em suas mãos"?

Claudia Argentina 6K

Estou fazendo uma monografia sobre este autor e gostaria saber se vocês possuem algum comentário sobre "Nem Tudo é História" de Os Amantes e Outros Contos. Agradeço todo tipo de informação o mais rápido possível. Muito obrigada.

Sílvia Portugal 6K

Gostava de entender este sermão, mas não consigo. Por isso gostava que me dissessem qual é o tema, do que fala, quais os aspectos mais importantes, qual o objectivo deste sermão! Obrigada.

Fernando Bueno Brasil 6K

Por que a palavra "diesel" não se acentua?

Obrigado.

Michael Peressin Brasil 6K

Por que ocorre próclise nas seguintes orações? Poderia usar-se ênclise ou mesóclise em alguma delas?

Estava a me dizer a verdade.

Algumas notas chegaram a se ligar.

Não o chamarei porque o esperarei.

Obrigado.