Diz-se "o tamanho da boca é desproporcionado" ou "... desproporcional"?
Pretendo saber se existe a palavra reequacionar.
Muito obrigada.
No domínio da Electrotecnia utiliza-se frequentemente bifásico.
Não encontro dicionarizado. Apenas encontro difásico que nunca é utilizado naquela área.
Agradecia a vossa resposta.
A propósito da palavra ovário-histerectomia precisava de ser esclarecido em alguns pontos: Porque razão o “h” de “histerectomia” não cai e escrevemos a palavra ovário-histerectomia sem hífen? Conhecem mais exemplos do mesmo tipo?
Os termos (principalmente médicos), que apenas são encontrados em dicionários brasileiros devem ser utilizados em Portugal ou deveremos adaptá-los, na medida do possível, às nossas regras? Mesmo em palavras como “otematoma”, que significa hematoma do ouvido?
Gostaria que me esclarecessem sobre a forma correcta de escrever medicina veterinária (curso superior), médico veterinário (o profissional), e médico-veterinários (assuntos, serviços). Em algum caso deveremos utilizar maiúsculas?
Ainda uma última questão: o termo “veterinário” para designar o profissional da saúde animal é correcto? Obrigado.
Li uma resposta aqui no Ciberdúvidas onde se falava sobre os pronomes pessoais no Brasil. Diz-se que esse uso é incorrecto na linguagem formal. O que quero saber é então como é que se pode fazer a diferença entre o ouvinte (você), e uma terceira pessoa (ele/ela). Se estou a falar com um homem a quem chamo de «você», no Brasil ou em Portugal, e, nós dois estamos a falar de outro homem (o Senhor Martin), como se pode especificar de quem se fala se digo algo como: «(No telefone) Você sempre fala do mesmo caso. Já lhe disse que isto é tão importante para si/você quanto para mim. O Senhor Martin estará aí durante umas horas e depois partirá consigo/com você. Apesar de tudo isto, receio que não poderei vê-lo.»
Isto aqui é um texto que inventei neste momento. Talvez não seja tão genuino, mas há muitos casos assim. Agora, como se pode especificar de quem estou a referir-me aí? Sei que poderia dizer «ver o Senhor Martim», mas seria redundante. Tampouco «ver você» estaria correcto. Isto, como se sabe, leva também muita gente do Brasil usarem «te» com o pronome «você», i.e. «Deixe que eu te diga. Você vai ficar surpreendido». Esta trapalhada de pronomes, porém, também acontece em Portugal com «vocês», i.e. «Quero dizer-vos que vocês são muito simpáticos». No complemento indirecto já se diz: «Quero dizer a ele», «Vou mostrar a vocês que não é difícil». Em espanhol, esta diferença faz-se com o chamado «a pessoal», i.e. «Lo veo a usted», «Lo veo a él», «Los llevo (a ellos/a ustedes)».
Então, como se pode dizer isto correctamente?
Seja com «vocês, eles/elas» em Portugal, ou, «você, ele/ela» no Brasil.
Eu sempre soube que estes usos são incorrectos, embora sejam utilizados como a norma. Quando uso «vocês», sempre faço a concordância com «lhes, os/as, seu(s)/sua(s)», mesmo que sempre veja e escute os portugueses fazerem a discordância com «vos, vosso(s)/vossa(s)». Em outra resposta no Ciberdúvidas, leio que este uso de «vos, vosso» em Portugal é mais provinciano, que o que se deve ensinar aos estrangeiros é usarem «lhes, os/as, seu» com «vocês». Mas, muitas das fontes para aprender português (de Portugal) que eu usei, ensinam «vos» como o complemento directo e indirecto que vai com «vocês», junto com «vosso». Por que é isto? Fiquei surpreendido quando o vi. Apenas começava a aprender português, e falando já espanhol, sabia que isso era errado. Até hoje, nego-me a usar «vos, vosso» com «vocês». Prefero usar o pronome «vós» e as suas formas verbais antes do que isso. No principio, tinha medo de que seria eu o «errado» nos olhos (e nos ouvidos) dos portugueses.
Uma última pergunta tendo a ver com este tema, em Portugal, é aceitável o uso de «você» e «com você» em vez de «si» e «consigo»?
Oxalá possam esclarecer as minhas dúvidas.
Muito obrigado.
Será correcto dizer: «estimação da temperatura média anual...» em vez de «estimativa da...»?
Obrigado.
A palavra “longilíneo” é por vezes usada com o significado de «comprido e delgado» como na frase «o gato oriental é um gato longilíneo».
Em todo o caso não vejo essa palavra no meu dicionário de português. Ela existe?
Já agora: existirão também as “mediolíneo” e “curtilíneo”?
Que nome se dá ao acto de "inventar" novas palavras usando as regras da língua? Como n' "Os Maias" em que, por brincadeira, as personagens referiam-se ao acto de irem ter com a Gouvarinho como «gouvarinhar»...
Explicando-me melhor: Assim como quem emprega uma palavra emprestada duma língua estrangeira emprega um estrangeirismo, como quem emprega uma palavra recentemente adoptada emprega um neologismo, quem emprega uma palavra bem formada não dicionarizada emprega um.... qualquer-coisa-ismo.
Lembro-me de no 8.º ano ter usado uma palavra desse género (já não me lembro de qual). A minha professora de Português apontou o facto dessa palavra não existir mas acrescentou «Mas também não faz mal... Isso é só um (...)». Isso já foi há seis anos e entretanto esqueci-me da palavra (acho que era um -ismo...).
Facto e fato são variantes, portuguesa e brasileira respectivamente, para o mesmo conceito. De igual modo, óptimo e ótimo, ruptura e rotura, e muitos outros pares de variantes.
Numa escola, de qualquer nível, em Portugal, por exemplo, nas provas de avaliação, é legítimo assinalar como erradas as segundas variantes? Mesmo a cidadãos brasileiros?!
Com muita frequência, as escolas de qualquer nível integram discentes e docentes de várias origens: se o professor da "turma" for brasileiro, qual é a norma a adoptar pela/na "classe"?
E para um cenário semelhante, mas no Brasil? Em "turmas" com cidadãos de ambos os países, todas as formas são legítimas? E em turmas "puras" de cidadãos de um só país, não há variantes, vigoram os termos nacionais de cada país?!
Posto ainda de outro modo: posso adoptar a forma/variante que mais me agradar, independentemente da nacionalidade (cultural, legal,...)?
Peço que me perdoem se a questão lhes parecer impertinente.
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