Uma vez que o tema priorizar/prioritizar já foi abordado no Ciberdúvidas, tomo a liberdade de partilhar convosco a seguinte curiosidade: na Resolução do Conselho de Ministros n.º 53/2004, de 21 de Abril (que operacionaliza a reforma da Administração Pública), publicada na I Série-B do “Diário da República”, são utilizados várias vezes os termos "prioritário/a" e "prioritização". Na página 2408, por exemplo, aparece o título "Critérios a considerar para a prioritização de processos associados ao utente" e a frase «Esta reflexão deverá ser orientada de acordo com as vertentes de prioritização anteriormente referidas.»
Confesso que o termo "prioritização" me fere um pouco os ouvidos, mas parece-me que será rapidamente "disseminado", por via da influência que este diploma terá na elaboração de planos e relatórios de actividades em toda a Administração Pública.
Desculpem o tempo que lhes tomo, especialmente porque a questão já foi devidamente esclarecida pelo Ciberdúvidas.
Muito obrigada pelo excelente apoio que diariamente disponibilizam.
Na época em que realizaram as obras na igreja da Colegiada, obras idênticas realizavam-se noutras igrejas para as adaptar às novas correntes estéticas: assim, os administradores das capelas dos absidíolos de S. Francisco não teriam tido dificuldade em adquirir e reaproveitar duas capelas góticas fora de moda, vítimas do processo de "barroquização" das igrejas então em curso".
É aceitável o uso da palavra "barroquização" neste contexto?
Tenho dúvidas em classificar as seguintes palavras, indicando a classe e a subclasse:
quentes – classe: adjectivo – subclasse: ?
receberam – classe: verbo – subclasse: ?
lindas – classe: adjectivo – subclasse: ?
Apesar da resposta circunstanciada e atenciosa da Professora Edite Prada, em 3/5/2004, não estou convencido ainda da incorreção da frase seguinte: «A arte abstrai da morte, desconhece-a, com esse obstinado acreditar em si mesmo, que é o estigma de seu orgulho e de sua força».
A propósito, apresento outras frases análogas que me ocorreram:
"O falar consigo mesmo é característica dos filósofos";
"É próprio dos bons alunos o ser atento";
"O aprender sozinho revela o espírito dos perseverantes".
Se, em cada frase, se fizer alteração de gênero, dever-se-iam de alterar também os adjetivos componentes das frases substantivadas?
Ou seja:
"O falar consigo mesmas é característica das filósofas";
"É próprio das boas alunas o ser atentas";
"O aprender sozinhas revela o espírito das pessoas perseverantes".
A questão se prende ao fato de, segundo penso, ao se substantivar uma expressão, ela deveria cristalizar-se com a característica genérica do masculino neutro, inclusive seus termos internos variáveis.
Na verdade, não estou afastando a hipótese de se fazer a concordância atrativa, como propôs a nobre professora, mas querendo saber se estaria afastada, por definitivamente incorreta, a concordância que propus.
Gostaria de nova intervenção da Professora Edite Prada e, se não for o caso de ela se sentir melindrada, a opinião de outro consultor, para propor ou não uma ratificação.
Muito obrigado.
Como se conjuga o presente do indicativo do verbo sorrir, designadamente na 2.ª pessoa do plural?
Gostaria que me indicassem qual é o significado de "sémica". Não encontrei esta palavra no dicionário mas penso que esteja ligado à comunicação de mensagens. Prefiro no entanto ter a certeza e, como tal, pergunto a quem tem sabedoria neste assunto.
Grata pela vossa atenção.
A propósito de uma anterior pergunta sobre o nome do coleccionador de borbolelas, recebemos o seguinte aditamento da consulente Rita Caré, do Centro de Conservação das Borboletas de Portugal, que muito agradecemos. Aproveitamos, entretanto, para acrescentar uma nota suplementar sobre o tema.
Existem várias entidades que utilizam a palavra cinotécnica, como, por exemplo, Companhia Cinotécnica da GNR, Clube Cinotécnico da Amadora ... mas não a encontro nos dicionários portugueses. Penso que significa técnica de treino de cães. Será verdade?
No concurso do Canal 1, da RTP, uma pergunta sobre Língua Portuguesa dizia o seguinte: «O que é um pidgin?»
Hipóteses de resposta:
a) Uma raça de pinguins
b) Um instrumento de laboratório
c) Uma língua franca
Sou licenciada em Letras e considero-me uma pessoa com sólida cultura geral, mas nunca tinha ouvido tal expressão. Pareceu-me inclusivamente estranho que uma palavra aparentemente inglesa fosse alvo de uma pergunta sobre língua portuguesa Tal como o concorrente, a minha resposta (apenas por instinto) inclinava-se para a opção b). Com grande surpresa, verifiquei tratar-se da c). Nesse caso, a pergunta não está muito mal formulada? Não deveria ser «Qual o significado da palavra...» ou «O que significa...»?
A utilização do artigo indefinido não sugere que a resposta é um objecto (ou animal...).
Parece-me que ninguém pergunta o que é um francês, inglês, espanhol... referindo-se a um idioma. E que língua franca é essa, podem ajudar-me?
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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