Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Pedro F. Múrias Portugal 7K

Penso que seria útil o Ciberdúvidas produzir um texto, porventura com intervenção de vários dos seus colaboradores, sobre o conceito de «correcto», de «dever» ou mesmo de «normatividade» na utilização de uma língua, bem como, porventura, sobre o valor do chamado «vernáculo». A distinção (inclusive histórica) entre filólogos e linguistas também mereceria aqui uma nota.
Numa pesquisa pelo acervo do Ciberdúvidas, encontrei várias entradas relevantes. Por exemplo, as que se referem às gramáticas normativas ou o texto de Margarita Correia sobre os «dicionários de língua» (também têm interesse a sua resposta a um comentário de Carlos Ferreira e este mesmo comentário).
Com reflexos no mesmo tema, encontrei ainda uma entrada de «José Neves Henriques» sobre «o correcto e o uso» e uma outra de «Carlos Marinheiro» sobre o «vernáculo». Estes dois pequenos artigos, porém, pareceram-me algo ambíguos e, suponho, dificilmente aceitáveis por outros dos colaboradores do Ciberdúvidas.
Seja como for, a questão é importante, é verdadeiramente fundamental (no sentido mais forte da palavra) para o Ciberdúvidas e seus consulentes.
Também foi fundamental para Celso Cunha e Lindley Cintra, que lhe dedicaram algumas páginas, embora em termos talvez algo datados. Não valeria a pena tratá-la com atenção?

Nuno Gonçalo Martins Portugal 38K

O prefixo dis- é um alomorfe de des-? E os prefixos de- e di-? Quais os contextos de uso e regras de aplicação? Qual é o derivado? E quais as suas relações entre si?

Obrigado pela atenção.

Paulo Rodrigues Portugal 23K

Qual o feminino de golfinho?

Angelina Pereira Portugal 19K

Qual o significado das palavras alquimista e alquimia?

Alexandre Dias Portugal 3K

Posso dizer que ao proceder de acordo com um manual estou a seguir «um procedimento manualizado»?
Se não, que alternativas tenho para dizer o mesmo de uma forma sintética?
Obrigado.

André G. Lima Advogado Guimarães, Portugal 10K

Gostaria de saber se existe (muito embora creia que não) a expressão «ingerível», proveniente de "gestão", com o significado de algo que não se consegue gerir.

Trata-se de uma expressão comummente utilizada por gestores e economistas, referindo-se, por ex., a uma empresa deficitária cujos gastos superem os proveitos e que se, por ex., não fizerem um determinado negócio, a empresa tornar-se-á «ingerível».

António Ginjeira Portugal 11K

Tenho ultimamente lido e ouvido com alguma (demasiada) frequência a palavra "sudeste" em vez de "sueste". Parece-me mais um estrangeirismo desnecessário, uma vez que em português (pelo menos em linguagem náutica) sempre me lembro de ouvir a palavra sueste. Penso que estamos na presença de uma importação directa do francês e do castelhano, que, esses sim, dizem sudest ou sudeste. Grave é que há um Centro de estudos português do "sudeste" asiático. Ou estarei a ser mais papista que o Papa?

Nuno Álvares Portugal 11K

Agradecia que me esclarecesse do seguinte:
No dicionário, o verbo "resignar" tem a seguinte explicação: "v. tr., renunciar a; demitir-se de; abdicar de; exonerar-se; v. refl., conformar-se; ter resignação". (in Dicionário da Porto Editora)
Assim sendo, "resignar-se do cargo" deve ser interpretado com a primeira ou segunda explicação? (i.e. "resignar-se" aqui é um verbo transitivo ou verbo reflexo?)
Na minha opinião, deve ser entendido como a conjugação do verbo com o pronome reflexo -se (isto é: conjugação reflexiva do verbo "resignar").
Todavia, se for v. refl. como se explica que "resignar-se de um cargo" tem o sentido de "conformar-se"?

Andréia Stroher revisora Brasil 82K

Sou revisora de texto e tenho uma questão que me perturba há muito... Ao escrevermos os símbolos de medidas devemos pôr um espaço entre o número e o símbolo ou não?

O correto é 23km ou 23 km, por exemplo?

Por favor, me dêem endereços em que posso encontrar algo sobre o assunto.

Obrigada.

Gonçalo Elias Engenheiro electrotécnico Loures, Portugal 7K

O nome "Estremadura" designa uma antiga província, que compreende uma grande parte do litoral português, desde a zona da Marinha Grande até à Península de Setúbal. Relativamente a este nome, gostaria de colocar as seguintes questões:

1 – Qual a origem do nome? Terá a ver com "extremo" devido à sua localização costeira?

2 – Na parte ocidental de Espanha (Cáceres / Badajoz) existe uma província designada por Extremadura; alguns portugueses consideram que este nome não deve ser adaptado para a nossa língua e que, quando haja necessidade de fazer referência a esta província num texto em português, se deve manter a grafia espanhola (com xis) para evitar confusões com a "nossa" Estremadura; contudo, dado que traduzimos Castilla por Castela, León por Leão e Galicia por Galiza, julgo que Extremadura deveria ser traduzida para Estremadura. O que vos parece?

Grato pela atenção.