Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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José Ricardo Nunes Ribeiro Brasil 7K

Recebi correspondência com a frase "entre mim e o causídico" e acho que devia ser "entre eu e o causídico", mas alegaram que depois de preposição não se usa pronome na forma direta. Isto procede? Está certa a frase usando pronome oblíquo? Ou estou certo?
Obrigado por me responderem.

Magno Fonseca Portugal 42K

Numa pergunta do consulente Fernando Costa Jr. sobre a expressão "estar em dia" no sentido antônimo de "estar em atraso", o senhor J.M.C, em sua resposta, afirma que trata-se de uma locução adverbial. Eu discordo, pois, se bem me lembro, um advérbio não assume a função de predicativo. Ou "em dia" não é predicativo? Caso não seja, o verbo estar é intransitivo? Se sim, gostaria de outros exemplos em que este verbo possuísse a mesma transitividade.
Obrigado e, se for caso, desculpem meu argumento e minha ignorância.

Carlos Cardeira Portugal 33K

Agradeço a resposta à questão que coloquei em relação à expressão "i-las". No texto tenho uma gralha uma vez que escrevi "dificuldades inicias" em vez de "dificuldades iniciais". Se esta gralha puder ser corrigida agradeço. Já em relação ao acento que coloquei em "í-las", reconheço que foi erro meu e a resposta é esclarecedora.
Aproveito para colocar outra questão:
«Sabes, há muito que não vejo o António. Tu tem-lo visto?»
Para além de querer saber se a formulação está correcta, a minha dúvida encontra-se na formação de "tem-lo". Resulta de "tens"+"o" o que faria cair
o "s" de "tens" e o "o" passaria a "lo", mas se assim fosse, em rigor teria que escrever "ten-lo" visto. Como é que o "n" passa a "m"?
E há casos em que o "o" passe a "no" em vez de "lo" ? "Tem-no" visto faz sentido?
Obrigado.

Sílvia M. L. Faim Portugal 3K

Gostaria de saber se as seguintes frases estão correctas:
“O motivo é que eles estavam a preparar a barca.” e “O assunto do diálogo é sobre a preparação da barca.”

Cristina Marques Portugal 20K

O que distingue a antonímia contraditória, da contrária e da conversa?

Luís Filipe Faria Quitas Escócia 4K

A palavra "masculismo" parece ser inexistente na língua portuguesa falada em Portugal, enquanto que, por outro lado, encontra-se no português usado no Brasil. Haverá em Portugal algum outro nome para o conceito?

Obrigado.

Lurdes Hope Inglaterra 4K

Gostaria de saber se a palavra leucoaférese existe no português europeu. Sei que existe no português brasileiro. Significa «a retirada selectiva de glóbulos brancos, sendo os outros elementos reintroduzidos na corrente sanguínea do doador.»

 

N.E. O consulente escreve segundo a Norma de 1945.

Palmira Gomes Portugal 5K

Gostaria de saber qual o plural de habitat.

Pedro Séneca Coimbra, Portugal 7K

Na verdade, à falta de termos de português, para designar tal qualidade, introduzir "planidade" seria ponderável, entre várias possibilidades.
Mas não será escusado (e, portanto, desaconselhável), uma vez que já existe?
Até suponho que deve haver mais alternativas, mas saltaram-me logo palavras que me são muito queridas e que estão em desuso, lamentavelmente: "lhaneza", e, também, "lhanura", de "lhano", perfeitamente adequadas, e que me parecem tão belas, além de terem a particularidade de serem das poucas
palavras portuguesas começadas por "lh".
De qualquer forma, mesmo sem sair da família de "plano", há a palavra "planura", que, embora não comummente usada com essa acepção (mas sim, já a vi assim usada), tem âmbito e formação que podem, perfeitamente, comportá-la.
Daí que sempre condenaria "planidade" (que nem sequer me soa bem...), mas quiçá não possa isto ir além de uma questão de opinião. Ou talvez sim?
Obrigado por um esclarecimento.

Luís Pedro Machado Estudante Braga, Portugal 7K

Li aqui algumas questões e respostas acerca de qual das seguintes expressões é preferível: "ter a ver" ou "ter que ver". Responderam sempre que "ter a ver" é francesismo e que, portanto, "ter que ver" é aconselhável e "ter a ver" não deve ser usado.

Pensei um pouco no assunto e queria saber a vossa opinião sobre as minhas ideias:

Não tenho muitas dúvidas de que a expressão "ter que ver" é semanticamente igual a "ter algo que ver". Este "que" parece-me ser o "mesmo" que é usado em "tenho muito que fazer". Mas olhando para esta última frase, noto que é equivalente a "tenho muito a fazer". Não será então verdade que estes "que" e "a" destas duas últimas frases são de facto equivalentes? Parece-me que sim... Supondo que o meu raciocínio está correcto – não tenho a certeza absoluta – é lícito afirmar que "ter a ver" e "ter que ver" são expressões sintáctica e semanticamente iguais dentro da Língua Portuguesa. Assim, "ter a ver" não é uma expressão estranha à Língua, ainda que possa ser considerada estrangeirismo. Ou doutro modo: "ter a ver" é tão Português quanto "ter a fazer"... (não me enganei!)

Gostava de saber a vossa opinião reflectida acerca disto. Ficaria muito mais contente com uma reflexão filosófica e linguística, por muito técnicas que forem, do que com uma citação de qualquer gramática ou autor literário por muito bons que estes sejam... (cf. Sobre as contrações de preposições com artigos e pronomes)

Muito obrigado e muitos parabéns pelo excelente serviço prestado à lusofonia!