Em relação às palavras de origem latina e suas evoluções, quais os nomes desses processos evolutivos da língua portuguesa e de que forma evoluíram?
Gostaria que me esclarecessem quanto à palavra: selo (de correio). Ou seja, diz-se "selo" ou "sêlo"??
Aguardo a v/ resposta que agradeço desde já.
De acordo com o ponto n.º 2 da anterior resposta do consultor F. V. P. da Fonseca, a preferência dada à proparoxitonia de "clépsidra" justifica-se por esta acentuação provir do latim, e não do grego, seu étimo base. Também assim o consideram José Pedro Machado, Antônio Geraldo da Cunha e o Dicionário Houaiss, os quais, embora apenas divirjam na datação precisa da entrada do vocábulo no léxico português, são unânimes em que foi no decurso do século XIX que o seu registo foi feito. Disto é exemplo o «Grande Diccionario Portuguez» de Frei Domingos Vieira. Todavia, segundo este autor, "clepsydra" deriva directamente do grego "klepsydra", não dando, por isso, qualquer indicação sobre a presuntiva mediação do latim. Assim sendo, em que lei da história da língua poderemos ancorar o argumento de que o termo em causa foi recebido, não pelo grego, mas por via latina? E se tal fenómeno ocorreu no século XIX, não estaria mais autorizada a voz do Dr. Frei Domingos Vieira?
Muito obrigado, uma vez mais, pelo parecer que houverem por bem dar.
Qual é a forma correcta, Euroregião ou Eurorregião?
N.E. O consulente escreve segundo a Norma de 1945.
Qual a origem da expressão «Ah... Mas são verdes»?
Gostaria de saber se conhecem palavras que traduzam a importância ou o interesse que possa existir entre significado e significante.
Sempre usei "rápido" como adjectivo, mas reparo que o mesmo "rápido" se usa agora muito como advérbio. Eu diria «o comboio rápido» e «o comboio move-se rapidamente» e NUNCA «o comboio move-se rápido». Estou errada?
Ao tema referido, colocado pela consulente Edite Vieira em 12/10/05, a professora Edite Prada responde que num registro formal a frase «Preciso saber» não é correta. Entende-se que o verbo no caso deve admitir regência indireta, com preposição. A minha pergunta é se isto é válido mesmo com o complemento no infinitivo, como é o caso.
Grato,
Li as respostas anteriores, mas surgiram-me ainda algumas dúvidas. Devido ao traço semântico [+locativo], a frase «X na obra Y em que fala de» não estará mais correcta do que a seguinte: «X na obra Y onde fala de». Enquanto me parece mais correcto dizer. «A editora X onde foi impressa a obra Y», por considerar que se pode aplicar o traço locativo à editora e não à obra.Será que estou errada?
Nas conversas e, mais grave ainda, nos noticiários na rádio e televisão, há uma nova praga: a do som x. É certo e sabido: quando alguém pronuncia uma palavra (ou sílaba) que acaba em/no som "s" e a seguinte por som "s" começa, a ligação das duas transforma-se em "x". Vejamos: «Quando soube que o filho naxeu, Manuel do Xantos vinha da pixina. A sua felicidade crexeu. Pegou no telemóvel e ligou aos pais: dôi xinco cinco nove sete dôi xeis nove nove...". Ainda vamos ouvir: "se tens dúvidas de Português, vais à net e consulta Xiberdúvidas...». Será que podem sensibilizar para terminar esta epidemia?
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