Em relação às abreviaturas P. e E. D., diz-nos a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira que, tendo em conta o contexto sugerido, P. pode significar «para» ou «por», e que E. D. se utiliza para «espera deferimento».
No que diz respeito à questão colocada quanto à legitimidade dos termos "bilhão" e "milhar de milhão" e seus sucedâneos, devo dizer que o Senhor Pereira tem toda a razão. De facto, como se designará então um trilião segundo o princípio do "milhar de milhão"? Um milhar de milhar de milhão?
O que a mim, enquanto português, me mete realmente impressão é o vício de complicar o que é simples por natureza, a mania de seguir os estrangeiros e a teimosia em contrariar os princípios da essência da Lei. É certo que o desrespeito pela Lei é um dos motivos da decadência das civilizações, sem ele não há ordem, mas não será igualmente causa de decadência quando os governantes trocam a sabedoria pela insensatez? Não é verdade que "a Lei é igual para todos e para o bem de todos"? Ora, se a Lei não cumpre este requisito, então é porque não é Lei. Consequentemente, não há legitimidade nela para que haja a exigência do seu cumprimento. Como esta tal norma tem tanta lógica quanto uma açorda sem pão, é óbvio que a única coisa que merece é ser ignorada e considerada extravagância de políticos. Sejamos racionais, meus caros, por amor de Deus!
Hoje é uma questão de linguística, e não de português; estará no âmbito de Ciberdúvidas? Desde já grato por qualquer resposta. Há anos que me surge este problema: Porque palavras em castelhano iniciadas por H têm, em português, a correspondente iniciada por F? V. g. “Hidalgo” – Fidalgo “Huelga” – Folga “Humo” – Fumo “Ahorro” – Aforro “Hacer” – Fazer etc., etc.
Tenho tentado encontrar, mas sem sucesso, uma palavra/expressão em português que traduza a palavra inglesa "royalty". Será correcto utilizar «direito de propriedade»?
Na frase «No início de todos os anos lectivos, no momento de começo de mais um ano de convivência e confronto entre jovens e adultos, o que os primeiros esperam dos segundos, ainda que não o verbalizem, é que eles exijam, que incitem, que provoquem a actividade necessária à aprendizagem...», a palavra «o» em «ainda que não o verbalizem» é um pronome pessoal ou demonstrativo?
Obrigada.
Existem orações relativas que não sejam explicativas ou restritivas, i. e., só relativas?
Obrigada.
Sinto alguma confusão entre complemento preposicional e adverbial: Na TLEBS vejo o exemplo: «O João foi [a Nova Iorque]», e «a Nova Iorque» é complemento preposicional; no manual (Das Palavras aos Actos, 10.º ano, da Asa) vejo o exemplo: «Os alunos vão a Lisboa», sendo aqui apresentado «a Lisboa» como complemento adverbial, tal como «na rua paralela» em «O João mora na rua paralela». Na Gramática da Língua Portuguesa (Mira Mateus e...) da Editorial Caminho, também não encontro uma explicação clara (pág. 425, por exemplo). Sinto a mesma dúvida a nível de modificadores: «Os alunos construíram um poema na semana passada.» «Na semana passada» é um modificador (adjunto ou circunstante) preposicional? Reconheço que, numa estrutura profunda, certos advérbios se identificam com sintagmas preposicionais («com doçura» = «docemente»; «nesse lugar» = «aí»), mas continuo a sentir dificuldade em orientar inequivocamente os alunos.
Grata pelo apoio.
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