DÚVIDAS

Orações subordinadas finais
Antes de colocar a minha dúvida, uma palavra de apreço e de gratidão a todos os que contribuem para este interessante e útil espaço de reflexão sobre a Língua Portuguesa. Já consultei várias gramáticas e permaneço com a dúvida, pois não me apresentam respostas conclusivas quanto a esta questão: Quando é que «para» seguido de verbo no infinitivo pode constituir uma oração subordinada final? É que há gramáticas que indicam que estas orações têm sempre o verbo no modo conjuntivo (mas, paradoxalmente, apresentam, como conjunção subordinativa final, a palavra «para»!). Gostava, por conseguinte, que me apresentassem a divisão e classificação das orações na seguinte frase: «Santo Agostinho, que pregava aos homens, para encarecer a fealdade deste escândalo, mostrou-lho nos peixes.» Obrigada pela atenção dispensada.
«Os “vês” pelos “bês”» (Portugal)
O concerto de Rui Veloso no Coliseu do Porto foi anunciado assim – "os vês pelos bês". Estará isto bem? Ou seria precisamente o contrário – «os bês pelos vês»? Porque, autonomizada como foi, a frase não poderá ser lida como se acaso fosse precedida do verbo “trocar” – «trocar os vês pelos bês». E então deveria ser a de «os bês pelos vês» – usar os “bês” pelos “vês”.
Uso do futuro do conjuntivo/subjuntivo
O filho de uma amiga fez numa prova de Língua Portuguesa a seguinte questão: «Passe para o Tempo futuro a seguinte frase: "Uma boa festa de aniversário deve terminar sempre após a meia-noite, quando o último pai sai carregando a última criança."» O estudante reescreveu a frase assim: «Uma boa festa de aniversário deverá terminar sempre após a meia-noite, quando o último pai sair carregando a última criança.» A questão foi considerada errada, porque o estudante deveria escrever «sairá carregando». A correção do professor tem fundamento? Obrigada.
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