Vi o programa "Cuidado com a Língua!" transmitido na RTP-1 na sexta-feira 13 de Outubro, o qual tento não perder, pois acho que este é um verdadeiro programa de serviço público, pois é didáctico.
Na rubrica do programa que tratou da forma mais correcta de dizer «Dezenas de milhar/milhares», não pude deixar de pedir esclarecimentos sobre a seguinte dúvida:
O exemplos dados foram todos da seguinte forma: «Dezena/centenas de 'nome/substantivo'». No entanto, a expressão «dezenas de milhar/milhar» tem origem na matemática, sendo «dezena de milhar/milhares de 'quantidade elementar'». Exemplo: «3 dezenas de milhar/milhares» matematicamente escrito é: «30*(vezes)1000». Assim, uma vez que 1000, um milhar é singular, deve dizer-se 3 dezenas de milhar, porque 1000 (um milhar) é singular. Da mesma forma «3 décimas de milhar» (3/(dividir)10*1000) ou «2 centésimas de unidade» (2/100*1).
Gostaria que fosse possível esclarecer esta dúvida.
Gostaria de saber qual o processo de formação da palavra “imexível”. Prefixação, pois deriva de “mexível” (palavra existente no Dicionário Houaiss)? Ou parassíntese (derivada de “mexer”)? Ou uma palavra que não é reconhecida por não ter sido incorporada pelo uso à língua portuguesa?
Como é que se chama a um habitante da Atlântida (ilha imaginária descrita por Platão)? “Atlante”? “Atlântida”? Ou será “atlântico”? Obrigado.
Gostaria que me informassem se "workshop" deve ser usado no feminino ou masculino.
Palavras como muito e pouco podem pertencer à classe dos pronomes/quantificadores indefinidos e à classe dos advérbios de intensidade.
Gostaria de saber se a palavra nada também poderá ser incluída na classe dos advérbios de intensidade.
Nos exemplos que se seguem como se classifica morfologicamente a palavra nada?
a) Não sei nada.
b) Hoje não fiz nada.
Gostaria de saber por que razão os anglo-saxónicos utilizam a expressão latina ‘quid pro quo’ com o significado de «troca igual», «substituição», enquanto nós utilizamos a expressão ‘qui pro quo’, com o sentido de «equívoco», «confusão».
Muito obrigada.
No programa Bom Português da RTP 1, a forma "mal-estar" é considerada correcta, em detrimento da expressão "mau estar".
Se considerarmos "estar" como um substantivo, talvez encaremos esta forma de dizer igualmente correcta. A não ser que, semanticamente, as expressões sejam diferentes. Gostava de saber a vossa opinião.
Obrigado.
Desejava focar assunto diferente do das traduções do inglês: ainda no caso dos canais de televisão [em Portugal] ditos temáticos como o Biography.
Acerca do programa dedicado a Buster Keaton (actor do cinema mudo) pôde ouvir-se estas pérolas:
«No papel de capitão de barco machista.»
«Após deixar o vício do álcool no sanatório.»
Estão erradas as frases, para mais sem quaisquer pausas logo após “barco” e “álcool”. Não terei eu o direito, como consumidor pagante, de fazer força para que o que me impingem passe a ser minimamente tragável? Ou será que a exigência de qualidade se deve limitar apenas aos bens de consumo materiais?
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