Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório
María Lemos Estudante Madrid, Espanha 1K

Antes de mais, gostaria de agradecer a vossa dedicação.

A minha dúvida tem a ver com os verbos alargar/ alongar, quer dizer, com os contextos em que se usa cada um deles.

Depois de ler diferentes definições, parece-me que nalguns contextos poderiam ser sinónimos, mas não sei se estou certa. É por isso que gostaria que me resolvessem a dúvida.

Muito obrigada pelo tempo e pela atenção dispensada.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 1K

Numa resposta dada pelo consultório de Ciberdúvidas, está a seguinte frase:

«Se erradicar se aproxima do exagero, irradiar pode também não satisfazer os mais ciosos da integridade semântica das palavras.»

Pergunto, então: a oração iniciada por se é uma oração subordinada condicional típica?

Desde já agradeço a resposta.

Domingos Simão Manuel João Professor Namibe, Angola 15K

Gostava que me esclarecessem a diferença em termos de sentido (gradação ou intensidade) entre os graus superlativo absoluto sintético e o analítico.

Tenho pensado que a relação entre estes é análoga à diferença entre o pretérito mais-que-perfeito composto e o simples, ou seja, que a diferença seja apenas no plano gráfico e de uso literário e corrente e não em termos de sentido.

Agradecimentos antecipados!

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 1K

Sabendo de antemão que o uso do infinitivo é um terreno pantanoso que requer cuidado para trilhar, atrevo-me a concordar com a posição da consulente Inês Pantaleão, em 17/5/2022.

Em primeiro lugar, não creio que a frase apresentada por ela seja o caso típico de orações com sujeitos diferentes, a exemplo de «O professor mudou o método de ensino para os alunos aprenderem melhor».

A referida oração («os antibióticos perderam eficácia devido à capacidade que as bactérias têm de lhes resistirem...») é um pouco diferente, devendo-se verificar a necessidade de flexão do infinitivo no âmbito somente da oração subordinada («as bactérias têm a capacidade de resistir aos antibióticos»). Para que flexioná-lo, se o sujeito é o mesmo?

É frase semelhante a estas: «Todos tinham receio de enfrentar o tirano», «Nós vivemos da esperança de ver um mundo mais justo», «Não cobiçavam a glória de ficar em posição de destaque».

Outras de estrutura diferente, mas com sujeito único, também não exigem flexão do infinitivo: "Eles quiseram estar presentes à cerimônia", "Esperamos construir a casa em seis meses".

Nesse caso, vale a máxima de "Por que dizer com muito aquilo que pode ser dito com pouco?".

Luiz Hygino Cunha Lima Reformado Aveiro , Portugal 3K

Cada vez mais ouço/leio a utilização do verbo haver, mais no Brasil, menos em Portugal, quando representando um período de tempo, flexionado a acompanhar o outro verbo duma frase.

Por exemplo: «O preso cumpria pena havia dois anos.»

Sempre soube que não se devia flexioná-lo e dizer: «O preso cumpria pena há dois anos.»

Agradeço que me seja esclarecida esta dúvida.

Ana Lucia Rodrigues Empresária Jundiai, Brasil 3K

Como substituir a expressão «nada pessoal»? Existe a palavra "apessoal"?

Patrícia Moreira Desempregada Faro, Portugal 5K

Gostaria de saber se o comparativo de inferioridade de grande é «menos grande do que».

Confesso que nunca usaria esta construção. Diria «menor do que» ou substituiria o grande por pequeno. Gostaria que me dissessem se é correto. Apesar de ter encontrado esta construção num livro de gramática, parece-me pouco ou nada usual.

Obrigada

Tiago Crisostomo Servidor público São Paulo, Brasil 1K

No trecho abaixo retirado de Sonhos D'Ouro, de José de Alencar, como ficaria a análise sintática de "Palavra que vi o moço"? Fiquei em dúvida.

«É sério, Mrs. Trowshy. Palavra que vi o moço. E a senhora também; não disfarce.»

David F. Tradutor Barcelona, Espanha 1K

A ortografia portuguesa contempla a possibilidade de que se sucedam mais do que um prefixo hifenizado em palavras compostas sem elementos de ligação (p. ex. vice-diretor-executivo ou ex-vice-diretor-executivo).

Não obstante (e por nunca me ter deparado com um caso desta natureza), ter-se-ia também de hifenizar a junção de uma unidade lexical autónoma (um nome) a uma palavra composta (sem elemento de ligação)?

Por exemplo, temos coleção-cápsula (uma pequena coleção especial de vestuário dentro da coleção mais geral da loja) e, consequentemente, teríamos “guarda-roupa-cápsula” ou “guarda-roupa cápsula” (esta última, talvez, porque poderia tornar mais claro que cápsula modifica restritivamente a unidade completa guarda-roupa” e evitaria outras possibilidades de relações de modificação entre os seus elementos?!)?

Agradeço, desde já, a vossa resposta!

João Saavedra Estudante Lisboa, Portugal 2K

Gostaria de saber como traduzir para português os seguintes termos de genética/bioinformática[*]:

– reads.

Exemplo: «In next-generation sequencing, a read refers to the DNA sequence from one fragment (a small section of DNA)» (Genomics Education Programme).

– contigs.

Exemplo: «A contig (as related to genomic studies; derived from the word “contiguous”) is a set of DNA segments or sequences that overlap in a way that provides a contiguous representation of a genomic region» (ibidem);

– assembly.

Por exemplo: «In bioinformatics, sequence assembly refers to aligning and merging fragments from a longer DNA sequence in order to reconstruct the original sequence» (retirado de "Sequence assembly", Wikipedia).

Desde já muito obrigado pela vossa ajuda.

 

[* N. E. – Traduções livres, pela mesma ordem: «Na sequnciação da geração seguinte, uma leitura refere-se à sequência de ADN proveniente de um fragmento (uma pequena porção de ADN)»; «Um contig (relacionado com estudos genómicos e formado da palavra contíguo) é um conjunto de segmentos ou sequências de ADN que se sobrepõem de tal maneira que permitem fazer uma representação contígua de uma região genómica»; «Em bioinformática, o termo «alinhamento de sequências refere-se ao alinhamento e à combinação de fragmentos a partir de uma sequência de ADN mais longa de modo a reconstruir a sequência original».]