É possível perspetivar a frase em questão de diferentes formas.
Por um lado, a frase pode ser analisada como uma construção elítica, equivalente a:
(1) «Dou-lhe a minha palavra que vi o moço.» (= «Asseguro que vi o moço.»)
Nesta situação, a oração «que vi o moço» funciona como uma oração subordinada completiva de nome.
Por outro lado, é também possível analisar a frase em questão como sendo uma oração nominal composta por uma interjeição («Palavra!»), acompanhada de uma oração. Diz-nos Bechara que, no caso das interjeições, «podem aparecer unidades mais longas resultantes de respostas ou comentários a diálogos reais ou imaginários com o interlocutor. São frases elípticas, quase sempre de valor nominal, resíduos de orações sintaticamente incompletas ou truncadas, que devem ser tratadas no rol dos enunciados independentes sem núcleo verbal, ao largo de qualquer restituição corretiva do ponto de vista sintático»1.
Disponha sempre!
1. Moderna Gramática Portuguesa, Ed. Lucerna, p. 440.