Como se faz a análise sintática da frase «Não sei se poderei sair hoje à tarde»?
Veja-se o seguinte passo: «Eles não deixaram seus corpos como pagãos, mas sim quais cristãos de fé vigorosa, um acreditando em Cristo antes de sua vinda, o segundo, depois dela.»
Considerando que o pronome quais está ali com o valor da conjunção como, não deveria estar no singular («qual cristãos»)?
A posição de Epifânio Dias sobre o caso é considerada canônica atualmente?
Obrigado.
Já vi que alguns portugueses parecem preferir a ênclise mesmo em casos em que a próclise é de rigor, como depois de pronomes indefinidos. Isso aceita-se em Portugal como correto, ou trata-se dum erro cometido pelo autor do excerto abaixo?
«Se uns empregam o nome da moeda única com [ó], muitos encaram-no como uma palavra grave e articulam a letra como [u], ou seja, o som que é esperar na posição átona final de uma palavra em português, incluindo a variante do Brasil (cf. porto, canto, debaixo).»
Outros exemplos de ênclise "proibida" que tenho visto entre portugueses, tanto na escrita quanto na fala, ocorre depois da palavra porque. Considera-se correto em Portugal, ou é que de fato os portugueses adoram a ênclise, diferentemente dos brasileiros, que têm uma quedinha pela próclise?
Muito obrigado por considerarem a minha achega.
Gostaria de saber o que é a fressura. Sei que se emprega na gíria como significando envolvimento a nível sexual. Também já li num livro de história da culinária a palavra fressura referindo-se a uma dada parte da galinha que era usada para fazer arroz de "miúdos".
Muito obrigado.
Gostaria de saber como se escreve correctamente a expressão «estar teso como um...»: "birote"? "virote"? "barrote"? Alguém sabe de onde vem esta expressão? Na minha zona as pessoas costumam dizer "birote", mas essa palavra não existe! Obrigada.
Estamos a levar a cabo um pequeno trabalho sobre a pronominalização de complementos directo e indirecto. Temos vindo a verificar um fenómeno interessante: os falantes usam frequentemente -lhe em pronominalizações que deveriam ser -o/a ou -os/as. Exemplo: «Ele viu o João ontem à tarde» — *«Ele viu-lhe ontem à tarde», entre outros. Gostaríamos de saber se também verificou esta ocorrência e quais as possíveis explicações para este facto. Também gostaríamos de questioná-lo sobre a existência de algum artigo relativo a este aspecto que poderíamos consultar. Desde já agradecemos a sua atenção. Saudações linguísticas...
Apesar de já ter lido explicações sobre como diferenciar de uma vez por todas o porque causal do porque explicativo, gostaria de saber se isto que me foi ensinado é fato ou lenda: se vier vírgula antes do porque, este será explicativo; o porque causal não virá antecedido de vírgula.
Agradecido e à espera.
Há alguma razão para preferir uma das formas abaixo em detrimento da outra? Usei a primeira num texto que escrevi recentemente, mas... levantou-se a dúvida!
1. «A que idade começaste a estudar Música?»
2. «Com que idade começaste a estudar Música?»
Muito obrigado pelo esclarecimento.
Quando posso considerar uma variação linguística como um desvio de linguagem?
Tenho conhecimento de gramáticas que fazem a distinção entre recursos expressivos e figuras de estilo, assim como há aquelas em que ambas representam o mesmo. A minha dúvida é se há de facto uma distinção entre ambos os termos e, admitindo que essa diferença existe, quais são afinal os recursos expressivos existentes? Já agora, adjectivação é um recurso expressivo, ou uma figura de estilo?
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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