Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Maria Beatriz Professora Belo Horizonte, Brasil 3K

Gostaria que me esclarecessem uma dúvida. O correto é dizer «Paulo é gémeo de Pedro», ou «Paulo é gémeo com Pedro»?

Muito obrigada pela costumeira atenção.

Luís Sousa Informático Porto, Portugal 6K

Estava para ser aprovado pelo governo no final de 2007, mas mais uma vez foi adiado.

A língua portuguesa escrita tem muitas regras pouco claras.

Como português, desconhecia que no Brasil se escrevia lingüiça, tendo uma leitura de acordo com o que dizemos, e que o acordo quer abolir.

Gostaria de saber porque é que:

freqüência, que se diz "frecuência", se deve escrever frequência.

lingüiça, que se diz "lingu-iça", se tem de escrever linguiça.

Gostaria de aprofundar o tema, mas penso que este Acordo Ortográfico de 1990 deve ser revisto.

Edward Gonçalves Pinto Estudante Lisboa, Portugal 7K

«O sentido da regra é a simplificação [Iluminou-me!]. Pára tem tido acento para não se confundir com a preposição para, mas a verdade é que o contexto normalmente evita a confusão.

Tem de aceitar que as frases que apresenta são todas agramaticais, se considerarmos a grafia para sempre uma preposição [Tenho de aceitar? Que com a nova ortografia o texto perca coesão e gramaticalidade? Aliás, onde disse eu que era para tomar "para" sempre como preposição? Como disse, o texto resultou deu um jogo caricato entre as duas formas. Falha na interpretação lógica do texto!?]

a) Escrever duas preposições iguais seguidas contraria as regras, a não ser quando usadas enfaticamente [Aí é que está o problema. Não tenho nenhum caso desses no meu texto — nem quero ter!]

b) A vírgula no fim da terceira frase deixa a ideia em suspenso se quisermos considerar o segundo para como uma preposição [Desisto...]

c) A última frase está igualmente incompleta se considerarmos a grafia para sempre uma preposição (para isto, para aquilo e para mais aquilo… o quê?...) [Já percebi a ideia — e já percebi que não percebeu ou lhe não interessou perceber a questão em causa...]

O treino no uso da língua permite normalmente avaliar se o conjunto escrito tem coesão. Se aparentemente não o tem, o cérebro humano tende a corrigir o defeito em busca dum sentido coerente, para entender a mensagem (é essa ainda a sua grande vantagem em relação às máquinas, que ficam penduradas quando lhes aparece uma novidade no programa) [Genial!].

Por outro lado, o escritor que verdadeiramente se preocupa com os seus leitores usa as suas palavras por forma a que no contexto não haja ambiguidades (ex.: "Interrompe o que está a fazer, para que possas reflectir!") [Parece que para este Sr. uma língua se resume à prosa jornalística... Em outros registos, a ideia de se preocupar com o leitor é, no mínimo, questionável e debilitadora do que é a arte e a criação literária... Renegaremos centenas de séculos de poesia? O texto que escrevi não é legítimo? Só pode sobreviver mutilado, com o acordo? Ridículo!]

No caso de o escritor pretender a ambiguidade e não se preocupar muito com a perfeição do texto [Perfeição? Que perfeição? Poética? Musical? Gráfica? Retórica? Gramatical? Léxica? Conceptual? De conteúdo? Jornalística?], então até convém que a riqueza da língua o permita [Sem comentários...] Exemplo: "Para a decisão Alcochete, para o projecto Ota, de quem são os interesses beneficiados?” A segunda grafia de para pode dar vários sentidos à ideia: para sempre preposição permite pensar que havia interesses beneficiados quer numa solução quer na outra; com o segundo para forma verbal, o
interesse seria de todos nós, nacional… ou muito o dos defensores da margem sul?...»

Já agora, para que não restem dúvidas:

«Pára para que possas reflectir,
pára para que possas sonhar calmamente,
para que o teu trabalho seja frutuoso, pára,
pára para olhar o teu redor
com a placidez dos sábios.
Pára com as soluções gratuitas,
pára com o facilitismo imprudente
para com a melhor das intenções
singrares depois num áureo caminho.»

Alexandra Mendes Estudante Mação, Portugal 5K

Estou de momento a realizar um trabalho sobre azeite, nomeadamente sobre o seu processamento. Ao consultar diversa bibliografia deparo-me com uma dúvida: sempre pensei que as águas residuais resultantes da extracção de azeite se denominavam "águas-ruças", mas o facto é que em vários documentos/artigos encontro referências a "águas-russas".

Ivete Juliana Moraes Krug Professora Brusque, Brasil 26K

Gostaria de saber qual a opção correta para o plural dos seguintes substantivos compostos:

a) vagão-leito

b) manga-rosa

c) banana-maçã

d) porco-espinho

Hugo Gouveia Trabalhador-estudante Santo Tirso, Portugal 7K

Obrigado pela disponibilização do feed em RSS, que acompanho desde a sua implementação.

Assim surge uma questão que me assombra desde que implemento algoritmos: se não houvéssemos absorvido to implement na nossa língua, qual seria o termo mais apropriado para designar a efectivação de um algoritmo numa linguagem de programação? Encontrei execução e efectivação no dicionário, mas a primeira é ambígua, uma vez que a execução de um algoritmo diz respeito ao processo de transição de estado implícito na sua descrição, enquanto efectivação peca por falta de conotação.

Rosa Maria Silva de Araújo Rocha Estudante União dos Palmares, Brasil 6K

Gostaria de saber a origem do sobrenome Lima.

Cristina Pereira Desenhadora Braga, Portugal 4K

O que é que quer dizer «aumento do abono de família para as famílias monoparentais»?

Filipe Dias Estudante Lisboa, Portugal 7K

Não consigo encontrar uma palavra no dicionário que diga que algo está «espaçado de forma idêntica»: uma palavra parecida com "equiespaçado". Não sei como se escreve a palavra que tem sensivelmente este som. Não sei se é uma só palavra "equiespaçado", ou "equispaçado", ou se são duas palavras separadas por hífen "equi-espaçado". Será que a palavra existe, até?

Obrigado.

Edivan Ferreira Instrutor de informática Crateús, Brasil 10K

Aqui no Ceará o termo "banquista" é muito utilizado, mas há divergência acerca do termo. Uns dizem que o certo é banqueiro, no sentido de ter muita regalia, escolher muito, ser cheio de querer.

Agradeço se responderem, pois estamos ansiosos para saber qual é o certo.

Obrigados!