DÚVIDAS

«Tarte de noz» e «tarte de nozes»
Tenho vindo a notar que em muitas embalagens e placas informativas, principalmente no ramo da alimentação, têm vindo a usar muito o singular das palavras, como por exemplo: «tarte de noz.». Esta seria talvez, confecionada com mais do que apenas uma noz. Qual seria o mais correto: «tarte de noz» ou tarte de nozes» ou «tarte com aroma a noz»? Porque temos uma outra situação relacionada com os sabores e aromas. Normalmente dizemos: «bolo de laranja», «bolo de maçã», «bolo de banana», e por aí além, mas existe alguma regra no que diz respeito às quantidades, para definir se o nome é no singular ou no plural? Obrigado.
A força do que se argumenta num período composto.
Tenho tido dificuldades para identificar a força do que se argumenta em um período composto. Para identificar, é preciso ter em mente o contexto e também identificar os operadores argumentativos, certo? Duas orações me causaram dúvidas: «De certo modo, nós alugamos o livro digital, não o adquirimos.» «Embora não tenha nascido ontem, a era digital ainda é um mundo todo novo.» Na primeira oração, a força do que se argumenta está no segmento «não o adquirimos»? Na segunda oração, a força do que se argumenta está no segmento «Embora não tenha nascido ontem»? Agradeço a atenção.
O verbo combater
Recentemente estive lendo o Dicionário prático de regência verbal de Celso Pedro Luft (um bom livro!). Lá, deparei-me com um caso curioso: o verbo combater podendo ter dois "objetos indiretos". O autor diz que o verbo é transitivo indireto e cita as preposições com, contra, por e a locução prepositiva «a favor de»... Depois disso, observei uma frase: «Combati contra José pela liberdade.» Temos, na frase citada, dois objetos? «Pela liberdade» não dá uma ideia de locução adverbial de causa? Obs.: A frase [em questão] não foi lida no livro, e sim em um artigo; mas, [apoiado] na visão de Luft, julguei dois objetos indiretos. Desde já agradeço a enorme atenção que os Senhores sempre tiveram.
O verbo ir num verso de Camões: «Vai fermosa e não segura»
No vilancete camoniano “Descalça vai para a fonte”, no verso «vai fermosa e não segura», o constituinte «fermosa e segura» é classificado como predicativo do sujeito, o que confundiu os alunos, dado que o verbo ir seleciona complemento oblíquo, como no 1.º verso: «… vai para a fonte». Agradecia a vossa explicação, porquanto as gramáticas que consultei não foram esclarecedoras.
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