«Declinar os motivos» (termo jurídidco brasileiro)
Estou estudando para concursos públicos e, ao estudar Direito Administrativo, a respeito do assunto Teoria dos Motivos Determinantes, deparei-me com a seguinte oração em uma questão de simulado enviada por colegas:
«Ocorre a aplicação da teoria dos motivos determinantes, quando o administrador declina os motivos que levaram à prática do ato administrativo, vinculando, dessa forma, os motivos à efetiva existência fática dos mesmos.»
Busquei no meu Aurélio de bolso a definição do verbo declinar e encontrei:
«Recusar, baixar, desviar-se do rumo, descer, descair, enunciar as flexões (de nomes e pronomes)» e surgiu a dúvida: Será que o uso nesta frase está correto?
Não, seguramente, como sinônimo de «declarar, mencionar, expressar», que é como se encaixaria na oração.
Possuo um livro que usa o verbo declarar em frase muito semelhante:
«Segundo a Teoria dos Motivos Determinantes, quando a Administração declara o motivo que determinou a prática de um ato discricionário que, em princípio, prescindiria de motivação expressa, fica vinculada à existência do motivo por ela, Administração, declarado.»
(Direito Administrativo Descomplicado).
Esta oração com o verbo declinar é muito comum na web — Achei várias entradas no Google, por isso surgiu a dúvida. Será que estou enganada, ou é possível que um erro de digitação ou ortografia tenha se espalhado mesmo na Internet?
Antecipadamente agradeço pelo esclarecimento.
Citoesqueleto
Deve escrever-se "citoesqueleto", ou "citosqueleto"?
Alteridade e outridade
«Alteridade (ou outridade) é a concepção que parte do pressuposto básico de que todo o homem social interage e é interdependente de outros indivíduos. A existência do “eu-individual” só é permitida mediante contacto com o outro.»
Este é um parágrafo retirado de umas fotocópias que deram a um colega meu para fazer um trabalho sobre isso integrado nos cursos Novas Oportunidades.
Dado que nunca tinha ouvido falar nem numa nem noutra palavra, a despeito de ter consultado o dicionário e só ter encontrado “alteridade”, foi “outridade” que me "despertou" mais desconfiança, e daí a minha pergunta. Mais fiquei, agora, após os senhores me haverem enviado o e-mail com tanto ou mais incredulidade que eu no que respeita ao desconhecimento de tal palavra.
Procurei, entrementes, no Google sobre a palavra e encontrei isto: «A outridade refere-se às figuras do imaginário que pertencem a uma parte do corpo social que não é a nossa (dos leitores), sempre dessemelhantes, sejam menos confiáveis ou mais perigosas, notáveis em suas diferenças, carentes estas de nossa atenção, na medida em que suas atitudes, formas de vida, culturas próprias nos atingem de modos mais ou menos intensos. Chamamos “Outro” às séries de paisagens socioculturais e políticas frente às quais a mídia estabelece distâncias relativas, calculadas, homólogas ao afastamento que seus públicos mantêm. Frente ao Outro é preciso resguardar-se, diz o enunciador mapeador, qualificando-o de exótico, ao exibi-lo para o display, mas, em outros casos, é preciso ocultá-lo do holofote, deixá-lo nas margens; assim, ele pode ser assimilado, admitido ou segregado (LANDOWSKI, 2002); em certos casos, será necessário inscrevê-lo como inimigo, excluindo-o.»
Deixo aqui a ligação.
Agradecida pela atenção.
A expressão «chegar às falas»
Frequentemente ouvimos na comunicação social o uso da expressão «chegar à fala» no sentido de «chegar a falar». Está correcta esta expressão?
A diferença entre «cessação de funções» e «demissão de funções»
Pretendia um esclarecimento/vosso entendimento sobre a diferença entre «cessação de funções» e «demissão de funções». É a mesma coisa?
Obrigado.
As palavras reemissão e reagendamento
É frequente ouvir e ver muitas vezes escrito as palavras reemissão e reagendamento. No entanto, tenho dúvidas se estas existem na língua portuguesa.
Ex.: «Vou proceder à reemissão das facturas» e «Já trataste do reagendamento da reunião?»
Obrigada.
«... os governos são chamados à causa...»
«O ódio só alimenta a divisão, a violência só pode produzir mais violência. Portanto, é preciso romper esse círculo vicioso com iniciativas de diálogo e de confiança mútua. A comunidade internacional, com os Estados Unidos e a União Europeia à frente, é chamada a tomar uma posição mais clara a favor da paz acerca do conflito na Faixa de Gaza, sobretudo, apoiando o esforço da ONU nesse sentido. Não só os governos são chamados à causa, mas também toda a sociedade civil é convidada a mobilizar-se (...).»
Na última oração desse parágrafo, há a locução «à causa». Não seria «em causa»?
Obrigado!
Etimologia e fenómenos fonéticos de atum e mão
Gostaria de colocar dúvidas que considero pertinentes, pois um dos meus discentes ficou confuso e eu também. Lecciono o 9.º ano pela sexta vez e nunca me tinham ocorrido "problemas" com esta matéria. Em constante aprendizagem...
A dúvida surgiu devido à palavra latina thunum, que depois originou atum nos nossos dias. Poderia explicitar os fenómenos que ocorrem com esta palavra?
E no caso da palavra manu, que passou para mão? Sei que sucedeu uma nasalação por influência do n, mas depois esta desaparece e dá-se uma síncope?
Já agora, como sabemos que fenómeno ocorreu primeiro e sucessivamente? Há algum modo de o saber?
Agradeço desde já a sua colaboração.
A origem da designação almeida
Gostaria de saber com mais minúcias a origem da designação de almeida para o varredor de rua em Portugal.
Sobre «quanto mais... tanto mais»
No meu ofício sou frequentemente confrontado com a expressão «quanto (...) tanto», como por exemplo, «quanto maior a casa, tanto mais quartos tem». A utilização de tanto é obrigatória, ou pode suprimir-se e escrever-se «quanto maior a casa, mais quartos tem»?
Obrigado pelo esclarecimento.
