A consulta do Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, permite concluir que Parsifal, Perseval, Persival e Pessival são variantes do mesmo nome, o de um dos heróis da Távola Redonda. Existe também uma variante com -c-, Percival. A origem destas formas encontra-se no francês Perceval ou Perseval, «usado no séc. XIII por Chestien de Troyes, que o tirou do galês Peredur [...] ou, menos provavelmente, do fr[rancês] perce-val ("atravessa vales") [...]» (idem).
Em relação ao português europeu, as formas admitidas por Rebelo Gonçalves, no Vocabulário da Língua Portuguesa, são as formas com -s-: Persival, Perseval e Pessival. No entanto, o lexicógrafo parece dar a primazia a Persival, uma vez que classifica as outras duas como variantes. Parsifal está também consignado por ele, como «forma afim» de Persival. Esta é, por conseguinte, a forma preferencial.
Sobre as formas Quirino e Cirino, também me limito a transmitir as indicações de Machado (op. cit.). Quirino vem do «lat[im] Quirinu-, o nome dado a Rómulo após a sua morte» (idem); é também epíteto do deus Jano e de Augusto. A palavra designava inicialmente um deus dos Sabinos, antigo povo do Lácio; Machado sugere uma relação com Quirītes, isto é, «os Sabinos que viviam integrados na população romana». A forma Cirino está também ligada ao latim Quirinu-, mas através de uma forma grega, Kyrinos, que é nome de dois santos (idem). Rebelo Gonçalves (op.cit.) regista ambas as formas, sem estabelecer relação entre elas. Pode-se, portanto, concluir que se trata de nomes diferentes, apesar da etimologia.