Sobre a expressão «a vácuo»
Apesar de ter sempre ouvido, visto e utilizado a expressão «a vácuo» e, portanto, considerá-la como correcta e consagrada pela língua portuguesa, ultimamente encontro, principalmente no ambiente da Internet, as expressões «em vácuo» e «sob vácuo». Os grandes dicionários (Houaiss, Aurélio, Porto Editora) não incluem a expressão no verbete vácuo e, assim, gostava de saber se é só uma questão de escolha, ou se realmente «a vácuo» é a expressão certa.
Muito obrigada e longa vida ao Ciberdúvidas!
Sobre o verbo queixar-se
Na frase «O aluno queixou-se do professor ao diretor», temos dois objetos indiretos («do professor» e «ao diretor»)? É correto?
Obrigado por esclarecer-me.
A origem da expressão «Encanar a perna à rã»
No vosso item 14 714, «Encanar a perna à rã», têm o significado da expressão. Gostaria de saber se me sabem indicar a origem desta expressão.
Obrigada.
O significado de «pescador de coca e troviscada»
O que significa «pescador de coca e troviscada»? É um método antigo de pesca? Ou uma expressão idiomática? Ou, ainda, uma expressão de gíria?
Agradeço antecipadamente.
A origem da expressão «roubo de igreja»
Qual a origem da expressão «roubo de igreja», quando, num jogo de futebol, uma das equipas é claramente favorecida?
O significado do provérbio «O que se poupa no farelo gasta-se na farinha»
Gostaria de saber o significado do seguinte provérbio: «O que se poupa no farelo gasta-se na farinha.»
O significado do provérbio «Estão matando cachorro a grito»
Há muito que eu gostaria de saber o significado do provérbio «Estão matando cachorro a grito».
O plural (mais usado) de ancião
O plural de ancião é: anciãos, anciães e anciões. Qual é a forma mais usada em Portugal? Eu pessoalmente costumo usar anciãos, um amigo diz que esta forma é abrasileirada, por isso ele prefere usar anciões. Se me pudessem esclarecer este assunto, agradecia.
Muito obrigada pela atenção.
A regência do substantivo dependência
António Serôdio, presidente da Associação Portuguesa dos Gestores do Desporto (Apogesd), em entrevista ao jornal [português] A Bola, de 21 de Abril, afirma o seguinte: «Há ligas mais expostas... Mas o sobreendividamento e a excessiva dependência à banca e a outras instituições financeiras...»
1. «Dependência à banca e a outras instituições financeiras...» ou «Dependência da banca e de outras instituições financeiras...»?
2. Entendendo-se o que o entrevistado queria dizer, não deveria o entrevistador (jornalista de um jornal de referência, com milhares de leitores) ter modificado a redacção do texto?
Obrigado.
Fatalidade, lazúli, plataforma, medíocre, Ormuz
Ouvido no História (15/4/2009) versão portuguesa (?) Santa Claus, Pim Pam Pum (Audiovisuais):
1. «Houve 30 fatalidades [ing. fatalities] num desastre ocorrido, anos atrás, no estádio do Liverpool.»
E ainda:
«... o salão serviu de sala de morte temporária» (formidável! afinal, ela não é definitiva…)
Quem ensina [a estas pessoas], de uma vez para sempre, que difere de: «sala temporária de morte» (de acolhimento dos cadáveres)?
2. /lazulí/ acentuada na última sílaba em vez do correcto lazúli, grave.
3. «armada… de navios»!
Eu explico aos neófitos: não há qualquer redundância, a especificação é indispensável, pois por aqui é vulgar encontrarmos army traduzido por armada.
4. "Plantaformas".
5. «"A luxuriosa" cabine do Capitão»: o [...] tradutor queria dizer apenas luxuosa. É o falar difícil: luxuriosa, que tem acepção muito diferente, é sempre escolhida, pois fica muito mais pirotécnica, para embasbacamento dos ignorantes.
6. /mediúcres/ por medíocres.
7. "Reino Médio", em vez do normal Império do Meio (China).
8. /Ormuze/ por Ormuz.
Agora, peço a Ciberdúvidas, um favor: insisti, junto dos teimosos exterminadores do verbo pôr, até a voz ficar rouca, que a mais das vezes não é substituível por colocar. Essa prestimosa gente dos meios de comunicação convenceu-se de que pôr constitui trabalho exclusivo das galinhas (e de outras aves).
E assim se vai ensinando o povo, por estas boas almas.
