Dever e ter de em normas oficiais
Consulto frequentemente o vosso sítio e desde já vos felicito pelo excelente trabalho.
Tenho um problema com a utilização do deve (opcional) ou tem de (obrigatório).
Uma norma (conjunto de regras a seguir) é (ou devia ser) escrita utilizando o princípio da clareza (linguagem clara e compreensível para todas as pessoas).
Sendo a frase:
«A entidade X deve escolher o método A ou o método B e deve aplicar o método escolhido no quadro 1.»
Neste caso, o «deve aplicar» está correcto, ou utiliza-se tem de ou mesmo o verbo na forma activa?
Outro caso:
«A entidade X deve garantir os items x, y e z.»
Se é uma norma (regra a seguir) obrigatória, o deve na frase torna a acção opcional.
Neste caso, penso que deveria ser «A entidade X têm de garantir...» ou «garante» de forma a a acção ou situação ser obrigatória.
Quando uma norma é transposta a aviso na legislação portuguesa através do princípio da legalidade (onde a norma fica submetida à lei), contendo o mesmo texto (com deve), como deve ser interpretada?
Este problema é claro na língua inglesa, onde shall e must são claramente opcional e obrigatório, respectivamente.
Mas a tradução de normas EN para PT origina muitas situações idênticas às referidas.
Como fica: deve, ou tem de?
Grato pela atenção.
Os contextos de preferentemente, preferivelmente e preferencialmente
Gostaria, se possível, que dessem exemplos de utilização dos advérbios preferentemente, preferivelmente e preferencialmente, pois, nas consultas que fiz ao sítio, consta apenas que há uma sutil diferença que, por vezes, não consigo perceber. Por exemplo, nesta notícia do sítio terra.com.br: «O jogador argentino Defederico, contratado recentemente pelo Corinthians, preferencialmente (ou preferentemente, ou preferivelmente), atua pelos lados do campo.»
Obrigado!
Avesso e adverso
Na frase «Ele é avesso à vida agitada», seria correcto, neste contexto, substituir a palavra avesso por adverso? São sinónimos?
Obrigado!
Um s protético
Estava estudando as influências africanas na formação de nosso idioma e fiquei em dúvida ao ler em um livro que houve a criação de um s prostético na ligação de frases com em «os olhos» = "zóios", «vamos embora» = "simbora". Em geral entendi o efeito do s prostético, mas gostaria de saber com mais clareza o que este termo, prostético, significa.
Obrigada.
«O uivo do vento abafava as ordens»: aliteração e animismo
Qual o recurso estilístico presente em «o uivo do vento abafava as ordens»?
«Tenho dito»
Gostaria de perguntar se a expressão «tenho dito» utilizada para expressar a conclusão de uma fala ou frase é correcta. Não será mais apropriado «tenho-o dito»? Isto porque me parece um decalque da expressão castelhana «lo he dicho» e porque faz mais sentido com artigo, referindo-se ao objecto em questão, ou seja, à fala/frase que se acabou de dizer.
Obrigado desde já pela resposta e por me ajudarem tanto no meu trabalho.
O aportuguesamento de Serengeti (Tanzânia)
Gostaria que me esclarecessem sobre a forma correcta da palavra Serengeti em português. "Serengeti", ou "Serengueti"?
Obrigada!
«Humor de cão»
Porquê a expressão «humor de cão»? Não consigo encontrar em lado nenhum a explicação para esta expressão. Significando «mau humor», o que a originou, se os cães não têm habitualmente mau humor, a não ser que alguém os aborreça bastante?
A origem da palavra prontuário
Origem da palavra prontuário ou a razão por que assim se chama aquele livro espécie de tira-teimas ou dificuldades.
A pronúncia da palavra tramitação
Tenho ouvido frequentemente a palavra tramitação, sendo o a na primeira sílaba pronunciado com um som nasal. Isso está correto?
