Os verbos viver e morar
Existe alguma diferença semântica entre os verbos viver e morar no sentido de residir em determinado lugar ou região?
Considere-se, a título de exemplo, a seguinte frase: «Nos primeiros anos da década de 1990, vivia/morava em Jerusalém por períodos de vários meses.»
Neste caso, será indiferente o emprego de qualquer um dos verbos?
Aposto e predicativo do sujeito
Considere-se a frase «O homem, orgulhoso, se considera feliz».
A oração tem dois predicativos: «orgulhoso» e «feliz»?
No caso «orgulhoso» é predicativo do sujeito?
«Feliz» é predicativo do objeto direto?
Obrigado.
Vírgulas com a locução «ou antes»
Nas construções:
«A psiquiatria, ou antes, a psicanálise...»
«É essa a nossa, ou antes, a minha hipótese...»
«Tudo isso será o passado, ou antes, já é o passado.»
a virgulação está correta?
Ou não deveria grafar-se, ao invés:
«A psiquiatria, ou, antes, a psicanálise...»
«É essa a nossa, ou, antes, a minha hipótese...»
«Tudo isso será o passado, ou, antes, já é o passado.»
Muito obrigado.
O verbo dever nos textos jurídicos
Tenho acompanhado na jurisprudência e na doutrina do Direito utilizarem-se expressões como «não deve ser permitido», «não deve ser exercido» e «não deve sacrificar». Em todas estas situações eu vejo o «deve» a ser utilizado no lugar do «pode», entretanto, venho verificando recorrentemente a utilização de expressões como aquelas tanto em Angola como em Portugal.
A mim incomoda porque aquelas frases ficariam muito melhor construídas com o «pode» («não pode ser permitido», «não pode ser exercido», e «não pode sacrificar»). Aquelas expressões são correctas?
Obrigado.
Escada e escadas
Qual a forma correta?
«Ele subiu dois lanços de escadas.»
ou
«Ele subiu dois lanços de escada.»
ou
«Ele subiu dois lanços das escadas.»
Locuções adverbiais de meio e instrumento
Há alguma diferença entre as locuções adverbiais de meio e instrumento? Ao meu ver, não! Porém...
Há alguns gramáticos que usam as duas classificações separadamente. Mas... percebi também que existem gramáticos que usam apenas uma ou outra e outros colocam as duas locuções como sinônimas.
Desde já, agradeço aos Senhores pela enorme atenção que sempre tiveram comigo e com todos que procuram saber sobre a Língua Portuguesa.
«Comprar coleção» e «comprar uma peça»
Gostaria que me esclarecessem a seguinte dúvida:
Anexa a um texto, que anuncia uma nova coleção de algo, vem uma hiperligação que leva o/a cliente para a página de compra. Essa hiperligação costuma apresentar habitualmente fórmulas como «Comprar a coleção» ou, de forma mais sintética, «Comprar coleção».
Como o que realmente se espera é que o/a cliente compre um ou alguns artigos de toda a coleção (e não a coleção inteira!), seriam essas fórmulas aceitáveis ou estaria mais correto usar uma preposição como, por exemplo, de, do que resultaria uma fórmula como «Comprar da coleção» (ou seja, «comprar parte dum todo»)?
Agradeço, desde já, a vossa resposta!
Afro-portenho e afro-montevideano
O elemento de composição afro leva sempre hífen?
"Afro-portenho" ou "afroportenho"? "Afro-montevideano" ou "afromontevideano"?
Obrigado.
A sintaxe do nome vizinho
Na frase «O vizinho do segundo andar é médico» do segundo andar é modificador do nome restritivo ou complemento do nome? Podem explicar o porquê?
Muito obrigada.
A regência de vontade
Sempre usei «ter vontade de», mas tenho visto escrito (e dito) «ter vontade em», o que me soa estranho e até errado.
Tenho razão?
