Numa acção de formação que frequentei há dias, o formador afirmou que a frase «O João come muito, contudo não engorda» não seria possível de dividir em orações, uma vez que se tratava de uma frase complexa composta por duas frases simples, situação que muito estranho. Pergunto se não estamos perante uma situação de coordenação assindética, uma vez que o advérbio conectivo contudo pode ser colocado no final da frase ou até omitido, assim como o advérbio de negação não também pode ser suprimido, resultando em: «O João come muito, [não] engorda [contudo]».
Está completamente errado escrever designadamente entre vírgulas?
A minha dúvida consiste no facto de, tendo em conta o nomeadamente, se, no seguinte texto, a procuração é extensível a todos os bancos, ou só à Caixa Geral de Depósitos e Caixa Económica Montepio Geral:
«a quem confere os necessários poderes para representar a sociedade perante quaisquer bancos e/ou instituições de crédito, nomeadamente Caixa Geral de Depósitos e Caixa Económica Montepio Geral, podendo proceder à abertura e ao encerramentos de contas...»
Grato pela atenção.
Sabemos pelos muitos gramáticos que o advérbio não modifica pronomes senão verbos, adjetivos, outros advérbios ou uma oração inteira, mas na frase «Ele tem muito pouco estudo», o muito está modificando o pronome indefinido pouco. Afinal, o advérbio pode, ou não, modificar pronome?
Grato!
Em «Um dia eu vou viver uma vida assim», para mim, o assim é um adjetivo, pois modifica o substantivo vida. Além disso «uma vida assim» é um objeto direto interno, que sempre vem acompanhado de um adjetivo ou locução adjetiva com função de adjunto adnominal, o que reforça ainda mais o fato de que o assim é um adjetivo. Além disso, o antigo gramático José Marques da Cruz considera o assim um adjetivo. Tendo dito tudo isso, espanta-me saber que hoje em dia infelizmente nenhum gramático, tampouco dicionarista, entende que o vocábulo assim pode ser um adjetivo. Afinal, ele é ou não é um adjetivo? Por favor, podem ser objetivos?
Amplexos cordiais!
Incluso e inclusive são equivalentes?
Queria saber a etimologia destas duas palavras.
Na frase «Compraste pouco material», como classificamos a palavra pouco: advérbio de intensidade/quantidade, ou determinante indefinido?
Por definição dizemos que os determinantes precedem os nomes, mas, nas seguintes frases, como podemos classificar a palavra o que precede o advérbio mais e o pronome teu?
«O João é o mais sábio.»
«O meu carro avariou, e o teu?»
«E o que é a vida, senão o bem maior a que o ser humano pode almejar?»
Há na frase acima a possibilidade de não se colocar o sinal de interrogação?
Obrigado.
O Dicionário Terminológico apresenta entre as diversas classes morfológicas os «Advérbios de frase» e os «Advérbios conectivos», mas dá poucos exemplos para cada uma. Se eu percebi bem, correspondem, respectivamente, a aquilo que gramáticas da língua inglesa chamam de «Disjuncts» e «Conjuncts». Essas gramáticas listam categorias semânticas para cada uma delas ("fact-evaluating", "modal", "subject-evaluating", "addition", "contrast", "adversity", "example", etc.), mas até hoje não encontrei algo similar para o português. Onde é que posso encontrar uma lista completa (na net ou em livros) de advérbios de frase e de advérbios conectivos?
Desde já, obrigado!
Gostaria de uma frase onde a palavra já funcione como palavra denotativa de realce.
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