Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: verbo
Manuel Fernando Ferreira da Silva Professor Covilhã, Portugal 17K

Recentemente, uma pessoa escreveu, num blogue, as seguintes frases:

«Parece-me que vai sendo tempo de os últimos defensores da forma brasileira "por que" em Portugal acatarem a lei, ou então emigrarem para o Brasil. Que pena não haverem multas para estas infracções!»

Várias outras pessoas, nas quais me incluo, apontaram o «haverem» da última frase como um erro; sendo que o verbo haver tem ali o significado de «existir», deveria ser conjugado no singular e não no plural: «Que pena não haver multas para estas infracções!» seria, portanto, a frase correcta.

A pessoa em causa veio depois contrapor com os seguintes argumentos, que passo a citar:

«Se forem ao Dicionário Houaiss (versão electrónica), verão que a primeira acepção de haver é "t. d. ant. ter ou obter comunicação de; receber", e é dado o exemplo: "Logo os Noronhas houveram notícia da sua prisão."

«Mais adiante, encontra-se a acepção "t. d. bit. frm. ser aquele sobre quem incide ou a quem se dirige a ação; receber" e são dados os exemplos: "Os sitiantes houveram dos mouros as suas cicatrizes"; "Não haverão favores de ninguém."

«Aquele "haverem" está por "receberem", e refere-se aos «últimos defensores da forma brasileira "por que" em Portugal» que estavam na frase anterior e que desempenham na última frase a função sintáctica de sujeito.» (Fim de citação.)

Por último, de forma a explicar o uso de para na última frase, a justificação apresentada foi (passo a citar): «Vão de novo ao Dicionário Houaiss e atentem na acepção de para como "adequada(s) a".» (Fim de citação.)

Estas explicações não foram aceites pela maioria das pessoas que frequentam o blogue, que simplesmente as ignoraram ou não acreditaram na sua honestidade.

Embora os argumentos anteriores pareçam rebuscados e algo ardilosos, limitei-me a analisá-los objectivamente e pareceram-me totalmente correctos. Tendo em conta que as frases faziam parte, segundo a pessoa que as escreveu, de uma cilada preparada por ela para os demais intervenientes no blogue, poder-se-á entender o raciocínio rebuscado.

Ficaria muito agradecido se me dessem a vossa opinião imparcial sobre este assunto, que gerou alguma polémica.

Fernando F. Servidor Brasil Novo, Brasil 26K

Gostaria de saber qual a regência correta do verbo cumprimentar.

Ana A. Estudante Aveiro, Portugal 6K

É incorrecto eu dizer «Eu quase que jurava que existem outras marcas de roupa», ou teria de dizer «Eu quase que juro que existem outras marcas de roupa»?

Ana Ferreira Estudante Lisboa, Portugal 11K

Gostava de saber se, na frase «Interessa-nos ainda o modo como certas pessoas com dificuldades de relacionamento interpessoal se reinventam na rede como outro eu…», o verbo interessa é um verbo transitivo directo e indirecto.

Maria Lima Estudante Amadora, Portugal 7K

Consulto frequentemente o Ciberdúvidas, que considero de grande utilidade. Por isso, antes de colocar a minha questão, agradeço e felicito-vos pelo trabalho.

Agora a dúvida: o que distingue renegar de relegar?

Andrea Assunção Formadora Aveiro, Portugal 29K

Gostaria de saber se existe outro verbo para massajar. Recentemente ouvi massagear e perguntei-me se seria a versão do PB.

Wagner da Penha Militar Rio de Janeiro, Brasil 34K

O que é verbo causativo?

Matilde Fernandes Estudante Lisboa, Portugal 7K

Gostaria de saber se, no excerto que a seguir apresento, posso considerar os verbos assentiu e indicou deíticos pessoais, mesmo pertencendo à 3.ª pessoa, e porquê.

Ao aproximarmo-nos dos guichés, reparei que, entre a multidão aparentemente informe, se discerniam perfeitamente três filas.

– É esta a fila para a bilheteira?

O homem no fim da fila mais curta assentiu entusiasticamente.

– Sim, sim, por aqui, por favor.

Indicou com um gesto uma outra fila. Muito mais comprida.

Edson Sousa Funcionário público Camocim de São Félix, Brasil 82K

Qual a regência do verbos requisitar e solicitar? Deve-se dizer «requisitar a V. S.ª que...», ou «requisitar de V. S.ª que...»?

Da mesma forma, quanto ao verbo solicitar, deve-se dizer «solicitar a V. S.ª que...», ou «solicitar de V. S.ª que...»?

Bruno Costa Técnico de marketing Lisboa, Portugal 7K

Em 2004, Tavares Louro defendeu que se deve preferir o verbo portagear e que portajar não se encontra registado nos dicionários da língua portuguesa. Porém, em 2011, num dicionário da Porto Editora, encontrei portajar, e não portagear.