Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Funções sintáticas
Maria Martins Professora PLE Portugal 1K

O pronome pessoal se pode ter vários valores. Relativamente ao valor reflexo, sabemos que a ação cai sobre quem a praticou, por isso, verbos como vestiu-se, lava-se, deitar-se, etc., são fáceis de identificar. Sei também que a expressão «a si mesmo/próprio» é uma boa maneira de identificação.

A minha questão é sobre o que se passa em outros verbos, por exemplo, cruzar-se, intromete-se ou apercebeu-se.

A frase «Ele intromete-se (a si próprio) na vidas das outras pessoas» não me parece descabida de todo, no entanto, num livro de exercícios de gramática que estou a usar indicam que este se não tem valor reflexo, assim como nos outros verbos que mencionei.

Há alguma outra maneira de identificar mais facilmente o valor do pronome pessoal se?

Guilherme Roda de Miranda Escrevente técnico Santos, Brasil 6K

Qual(is) a(s) regência(s) do verbo intimar?

É aceita a forma «intimar alguém algo», ou sempre há o objeto indireto quando esse verbo apresenta transitividade?

Vocês podem me informar em quais livros tenho acesso a regências verbais?

Maria da Graça Mendes Professora Coimbra, Portugal 6K

Diz-se «alguém tomou da palavra» no sentido de «intervir», ou «alguém tomou de palavra» ou «alguém tomou a palavra»?

Manoel Victor da Silva Rodrigues Autônomo Itajaí, Brasil 2K

Lendo um poema de Paulo Leminski, o título chamou minha atenção e causou dúvida.

Segue o título e o questionamento: «O assassino era o escriba.»

Como fica uma análise sintática desse período? E se invertemos os termos: «O escriba era o assassino»?

Como ficaria a análise?

Obrigado.

Joana Rocha Estudante Porto, Portugal 1K

Nas frases:

«O 25 de Abril, que todos conhecemos como a revolução dos cravos, é um dia memorável.»

«Os sismos, abalos telúricos, causam tremendos prejuízos.»

«As cartas Magic, uma invenção japonesa, entretêm as crianças com muita imaginação.»

os constituintes «dos cravos», «telúricos», «japonesa» desempenham a função sintática de modificadores ou complementos do nome?

Tenho alguma dificuldade em distinguir estas duas funções sintáticas.

Agradeço, desde já, o esclarecimento.

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 2K

Em relação ao verbo opinar, é possível dizer-se «todas as pessoas podem opinar para uma melhor sociedade»?

Muito obrigado.

Sónia Neco Professora Luanda, Angola 1K

No segmento «Destinada a alargar a um maior número de leitores a fruição destes tesouros da cultura medieval portuguesa…», o verbo alargar exige um completo oblíquo e um completo direto ou um complemento indireto e um complemento direto?

Muito obrigada!

Flávio Gomes Instrutor de Inglês Belo Horizonte, Brasil 4K

Preciso entender a sintaxe do verbo evadir, pois os dicionários que consultei me deixaram com mais dúvidas do que já tinha.

O Dicionário Online de Português mostra que esse verbo é transitivo direto e pronominal quando a definição for «afastar-se de uma resposta direta». Porém, logo em seguida, cita uma frase com preposição: «evadir-se a uma crítica». Se o verbo é transitivo direto, a frase correta não seria «evadir-se uma crítica»? Porém, admito que ficaria estranho. Portanto, o mais correto não seria dizer que o verbo é transitivo indireto, citando a referida frase como exemplo (evadir-se a uma crítica)?

A minha dúvida vem da frase que pretendo escrever em que um filho faz uma pergunta a que a mãe não sabe como responder. A frase é: «Pega de surpresa, ela sorri desconcertadamente e tenta se evadir da resposta.»

Fico grato se puderem me elucidar esse enigma!

Alberto Sousa Estudante Porto, Portugal 3K

Ao ler a frase "Proteja-se a si e aos outros" fiquei com uma dúvida. Qual a razão para usar "a si" e "aos outros"?

Na frase "Proteja-se a si e aos outros" usamos "a si" porque o pronome pessoal reflexo "si" vem acompanhado da preposição "a". Logo, dizemos "Proteja-se a si" tal como dizemos "Convido-o a si". Mas qual é a lógica da segunda parte, "proteja aos outros"? Qual é o papel da preposição "a" contraída com "os outros" neste exemplo, sabendo que "proteger" não é regido pela preposição "a"?

Compreendo que digamos "Vi-o a si ontem", para reforçar o interlocutor, mas não percebo o sentido na frase que agora aparece em muitos cartazes. É que julgo que a frase "Proteja aos outros" não faz sentido.

Parece-me mais correto dizer: "Proteja-se e proteja os outros" ou talvez "Proteja-se a si e proteja os outros". Julgo que é a mesma em "Encontrei-te a ti e aos outros", pelo que deduzo que "a mim/ti/si e aos outros" seja uma fórmula que não depende do verbo que a antecede.

Obrigado pelo esclarecimento!

Maria João Carvalho Professora Lisboa, Portugal 1K

Começo por vos parabenizar pelo vosso 25.º aniversário! Efetivamente, é um site de referência.

Quanto à minha questão, é muito simples. Num exercício de um manual, pergunta-se, de entre as 5 frases que de seguida apresentarei, uma não tem complemento do nome:

1. A beleza da Ana é inigualável.

2. A certeza de que ia vencer levou-o a persistir.

3. O regresso do João foi efusivo.

4.O edifício da empresa vai entrar em obras.

5. O grupo de turistas estava entusiasmado.

Tenho dúvidas na 4 e 5. A solução remete para a 4, mas não consigo incluir a 5 no grupo de palavras que pedem complemento do nome, enquanto na 5, parece-me que podemos ver o edifício como parte de um todo.

Grata pela V. atenção,