O pronome pessoal se pode ter vários valores. Relativamente ao valor reflexo, sabemos que a ação cai sobre quem a praticou, por isso, verbos como vestiu-se, lava-se, deitar-se, etc., são fáceis de identificar. Sei também que a expressão «a si mesmo/próprio» é uma boa maneira de identificação.
A minha questão é sobre o que se passa em outros verbos, por exemplo, cruzar-se, intromete-se ou apercebeu-se.
A frase «Ele intromete-se (a si próprio) na vidas das outras pessoas» não me parece descabida de todo, no entanto, num livro de exercícios de gramática que estou a usar indicam que este se não tem valor reflexo, assim como nos outros verbos que mencionei.
Há alguma outra maneira de identificar mais facilmente o valor do pronome pessoal se?
Qual(is) a(s) regência(s) do verbo intimar?
É aceita a forma «intimar alguém algo», ou sempre há o objeto indireto quando esse verbo apresenta transitividade?
Vocês podem me informar em quais livros tenho acesso a regências verbais?
Diz-se «alguém tomou da palavra» no sentido de «intervir», ou «alguém tomou de palavra» ou «alguém tomou a palavra»?
Lendo um poema de Paulo Leminski, o título chamou minha atenção e causou dúvida.
Segue o título e o questionamento: «O assassino era o escriba.»
Como fica uma análise sintática desse período? E se invertemos os termos: «O escriba era o assassino»?
Como ficaria a análise?
Obrigado.
Nas frases:
«O 25 de Abril, que todos conhecemos como a revolução dos cravos, é um dia memorável.»
«Os sismos, abalos telúricos, causam tremendos prejuízos.»
«As cartas Magic, uma invenção japonesa, entretêm as crianças com muita imaginação.»
os constituintes «dos cravos», «telúricos», «japonesa» desempenham a função sintática de modificadores ou complementos do nome?
Tenho alguma dificuldade em distinguir estas duas funções sintáticas.
Agradeço, desde já, o esclarecimento.
Em relação ao verbo opinar, é possível dizer-se «todas as pessoas podem opinar para uma melhor sociedade»?
Muito obrigado.
No segmento «Destinada a alargar a um maior número de leitores a fruição destes tesouros da cultura medieval portuguesa…», o verbo alargar exige um completo oblíquo e um completo direto ou um complemento indireto e um complemento direto?
Muito obrigada!
Preciso entender a sintaxe do verbo evadir, pois os dicionários que consultei me deixaram com mais dúvidas do que já tinha.
O Dicionário Online de Português mostra que esse verbo é transitivo direto e pronominal quando a definição for «afastar-se de uma resposta direta». Porém, logo em seguida, cita uma frase com preposição: «evadir-se a uma crítica». Se o verbo é transitivo direto, a frase correta não seria «evadir-se uma crítica»? Porém, admito que ficaria estranho. Portanto, o mais correto não seria dizer que o verbo é transitivo indireto, citando a referida frase como exemplo (evadir-se a uma crítica)?
A minha dúvida vem da frase que pretendo escrever em que um filho faz uma pergunta a que a mãe não sabe como responder. A frase é: «Pega de surpresa, ela sorri desconcertadamente e tenta se evadir da resposta.»
Fico grato se puderem me elucidar esse enigma!
Ao ler a frase "Proteja-se a si e aos outros" fiquei com uma dúvida. Qual a razão para usar "a si" e "aos outros"?
Na frase "Proteja-se a si e aos outros" usamos "a si" porque o pronome pessoal reflexo "si" vem acompanhado da preposição "a". Logo, dizemos "Proteja-se a si" tal como dizemos "Convido-o a si". Mas qual é a lógica da segunda parte, "proteja aos outros"? Qual é o papel da preposição "a" contraída com "os outros" neste exemplo, sabendo que "proteger" não é regido pela preposição "a"?
Compreendo que digamos "Vi-o a si ontem", para reforçar o interlocutor, mas não percebo o sentido na frase que agora aparece em muitos cartazes. É que julgo que a frase "Proteja aos outros" não faz sentido.
Parece-me mais correto dizer: "Proteja-se e proteja os outros" ou talvez "Proteja-se a si e proteja os outros". Julgo que é a mesma em "Encontrei-te a ti e aos outros", pelo que deduzo que "a mim/ti/si e aos outros" seja uma fórmula que não depende do verbo que a antecede.
Obrigado pelo esclarecimento!
Começo por vos parabenizar pelo vosso 25.º aniversário! Efetivamente, é um site de referência.
Quanto à minha questão, é muito simples. Num exercício de um manual, pergunta-se, de entre as 5 frases que de seguida apresentarei, uma não tem complemento do nome:
1. A beleza da Ana é inigualável.
2. A certeza de que ia vencer levou-o a persistir.
3. O regresso do João foi efusivo.
4.O edifício da empresa vai entrar em obras.
5. O grupo de turistas estava entusiasmado.
Tenho dúvidas na 4 e 5. A solução remete para a 4, mas não consigo incluir a 5 no grupo de palavras que pedem complemento do nome, enquanto na 5, parece-me que podemos ver o edifício como parte de um todo.
Grata pela V. atenção,
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações