Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Atestação/Significado de palavras
Patrícia Costa Assistente administrativa Lisboa, Portugal 14K

Um colega de trabalho insiste que «adquirir conhecimento sobre» (por exemplo, «adquirir conhecimento sobre matemática») está errado e que, nestes casos, é necessário utilizar o plural: «adquirir conhecimentos sobre».

No entanto, uma pesquisa no Google mostra o dobro das entradas para a opção no singular. Além disso, pesquisei nos dicionários mais populares e não vejo motivo para considerar errada a construção no singular.

Na vossa opinião, «adquirir conhecimento sobre» está errado ou causaria alguma estranheza a um falante de português de Portugal?

Muito obrigada.

Elsa Guimarães Professora Lisboa, Portugal 1K

Podem dizer-me se a palavra "geodestino" existe em português?

Grata de antemão.

Sandro Pandolpho da Costa Assessor Vitória, Brasil 15K

[Pergunto] se a expressão «condição sine qua non» (ou seu plural «condições sine quibus non»), cuja tradução (não literal) seria «condição indispensável», [será] um pleonasmo chique, pois uma CONDIÇÃO para algo acontecer seria, por natureza, uma circunstância indispensável a tal acontecimento.

[...] Eu não [poderei] classificar a expressão em referência (aprioristicamente) como pleonasmo, pois a palavra condição possui diversas acepções que não remetem à circunstância de indispensável. Perfeito.

A dúvida que persiste é que, numa das acepções, abaixo transcrita, a palavra condição teria o sentido de «indispensáve»l, no dicionário da Infopédia, [...]: «3 – situação ou facto indispensável; cláusula; imposição; exigência.»

Portanto, [...] pergunto: o uso da expressão «condição sine qua non» especificamente no sentido supracitado, no qual a circunstância de indispensável aparece subjacente tanto à palavra condição, quanto ao restante daquela expressão (o trecho sine qua non), configuraria, portanto, pleonasmo?

Pela própria razão ora esboçada, entendo que sim. Estaria certo?

Agradeço a atenção, reiterando os parabéns ao Ciberdúvidas, pelos relevantes serviços prestados ao debate científico!

João Nogueira da Costa Almada, Portugal 9K

Segundo todos os dicionários, a palavra alcateia tem origem árabe, com o significado de «rebanho, bando»1.

Será possível saber-se quando, como e por que razão é que este significado, por extensão semântica, evoluiu para «bando ou grupo de lobos»?

Muito obrigado. 

1 No Dicionário Houaiss, lê-se: «ár. al-qaṭīḤ ‘manada, rebanho’, der. do v. qaṭaḤ ‘dividir, separar parte do todo’.» O Dicionário de Arabismos da Língua Portuguesa, de Adalberto Alves, regista: de الـقـطـيـع (al-qaṭîʿ), «o bando», «o rebanho». O Dicionário Infopédia em linha diz-nos: «Do árabe al-qatai'â, «"ebanho".»

Luís Costa Correia. Lisboa, Portugal 2K

Na introdução da vossa página inicial refere-se que este serviço é gracioso.

Creio contudo que deveria ser dito gratuito em vez de gracioso.



Maria Martins Reformada Lisboa, Portugal 4K

Atualmente, utiliza-se frequentemente a palavra racional no mesmo sentido que se atribui em inglês a rationale. Ou seja, como um conjunto de razões ou argumentos que constituem a base lógica de uma ação ou convicção (exemplo: «não entendo o racional da tua decisão»).

No entanto, esta utilização de racional como nome (e não como adjetivo) não parece ser legitimada por nenhum dicionário. Com efeito, racional, como nome, apenas se encontra dicionarizado no sentido de «ser pensante».

Podemos admitir a utilização de racional daquela forma, ou trata-se de uma importação abusiva do Inglês?

Mário-Miguel Couto Engenheiro civil Ílhavo, Portugal 2K

Ouvia, por vezes, o meu avô Alcino dizer que estava "esgalfo". Pensei sempre que quisesse dizer que estava esfomeado.

A verdade é que agora não encontro o significado da palavra "esgalfo", como se não existisse...

Será que de facto não existe e eu ouvia-a sendo outra a palavra proferida pelo meu avô? Será que me podem esclarecer?

Bem hajam.

Ricardo Pereira Médico Portugal 3K

Na região do Minho, é comum dizer-se «falar à taxi» (penso ser assim que se escreve) como sinónimo de «falar à toa».

Gostaria de saber qual a origem desta expressão e se se trata, efetivamente, de um regionalismo.

Ana Salgueiro Consultoria de comunicação Lisboa, Portugal 2K

Gostaria de saber se pode ser usado o termo "presunteria" ou "presuntaria" para definir produtos da classe de presuntos, tal como existe o termo charcutaria para outros do género. Este conceito linguístico existe? Pode ser utilizado?

Aguardo as vossas recomendações, que muito agradeço, desde já.

Dália Conceição Professora Évora, Portugal 5K

O termo inglês gig, introduzido no meio musical, em português é considerado um nome do género masculino ou feminino?

Se traduzirmos como «concerto/ espetáculo musical» dizemos «o gig»?

E se traduzirmos como «atuação/ apresentação musical», dizemos «a gig»?

Será indiferente usarmos o masculino ou feminino?